NÚMERO DE DENTES
A dentição decídua se compõe de 20
dentes, 10 superiores e 10 inferiores, distintos em incisivos, caninos e
molares. Destes dentes somente os molares decíduos não tem substitutos
permanentes homólogos, pois eles são substituídos pelos pré-molares. (PICOSE, 1979)
Possuindo menor número de peças
dentárias, a dentição decídua ocupa um arco de comprimento bem menor que o da
dentição permanente. (PICOSE, 1979)
MORFOLOGIA GERAL DAS COROAS
As coroas dos dentes decíduos são
bastante semelhantes às dos permanentes, especialmente no grupo dos incisivos e
caninos. Quanto aos molares, observa-se que o primeiro molar de leite de ambas
as arcadas não tem correspondentes na dentadura permanente; são os únicos
dentes decíduos que possuem características próprias e inconfundíveis. Os segundos molares
de leite mostram uma semelhança muito grande com os primeiros molares
permanentes, os quais
irrompem imediatamente atrás dos decíduos, aos 6 anos. (PICOSE, 1979)
MORFOLOGIA GERAL DAS RAIZES
A raiz do dente de leite é mais
delgada do que a do dente permanente e, relativamente, é maior.
As raízes variam muito de aspecto, à
medida que se processa a evolução. No início, isto é, imediatamente após a sua
calcificação, elas se apresentam com o ápice truncado e terminam por um
orifício largo, em forma de funil. Mais tarde, quando se apresentam completamente
calcificadas, ficam com a forma definitiva na qual se percebe a agudeza dos
ápices. Esta forma definitiva demora pouco tempo, pois alguns meses após a sua
completa formação, a raiz sofre o fenômeno da reabsorção, que se inicia no
terço apical. É a rizólise dos dentes decíduos. Esta reabsorção
radicular vai aumentando aos poucos. O diagnóstico diferencial com o funil de
formação dos dentes jovens, faz-se pelo aspecto bastante irregular das bordas
que se estão reabsorvendo. Quando o dente decíduo está prestes a ser eliminado,
quase toda a raiz encontra-se reabsorvida, restando somente um pequeno segmento
cervical bastante irregular. (PICOSE,
1979)
Nos dentes molares decíduos, as raízes
(três para os superiores e duas para os inferiores) são achatadas e recurvadas.
Esta curvatura, por vezes acentuada, serve para abrigar o germe do dente
permanente em evolução.
As raízes dos dentes anteriores
apresentam – se desviadas para o lado vestibular, a partir do terço médio,
porque os germes dos dentes permanentes correspondentes situam-se lingualmente
em relação a essas raízes. (PICOSE, 1979)
SISTEMA UNIVERSAL
DE NOTAÇÃO DENTAL
Esse sistema é
mais usado nos Estados Unidos para se referir às duas dentições por ser
adaptável à transferência eletrônica de dados. Nesse sistema, os dentes
decíduos são indicados por letras maiúsculas consecutivas, de A a T,
começando no segundo molar superior direito e, seguindo em sentido horário,
terminando no segundo molar inferior direito.
Nesse
sistema, os dentes permanentes são designados por números consecutivos, de 1
a 32, começando no terceiro molar superior direito e, seguindo em
sentido horário, terminando no terceiro molar inferior direito. A convenção do
sentido horário é também usada para registro de condições periodontais e
restaurações presentes na cavidade oral do paciente.
No
entanto, é reconhecida a necessidade de um sistema que possa ser usado
internacionalmente, bem como por transferência eletrônica de dados; desse modo,
o Sistema de Notação Dental da
Organização Internacional de Padronização (Sistema ISO)* foi aprovado pela Organização Mundial da Saúde. Com esse sistema,
baseado na Federação Dentária Internacional (FDI), os dentes são designados
utilizando-se o sistema de dois dígitos. O primeiro dígito indica o quadrante
(discussão sobre termos gerais a seguir), e o segundo indica o dente nesse
quadrante. No sistema ISO, portanto, os dígitos de 1 a 4 são
usados no sentido horário para designar o quadrante da dentição permanente, e
de 5 a 8, do mesmo modo, para a dentição decídua. Para o segundo
dígito, que indica o dente, a partir da linha mediana em direção distal, os
dígitos de 1 a 8 são usados para os dentes permanentes e, para a
dentição decídua, os dígitos de 1 a 5.
Outro
sistema muito usado em ortodontia é o Método
de Notação de Palmer, também conhecido como Sistema
Militar de Numeração de Dentes. É útil para o ortodontista, pois permite
identificar com.
*Nota
da Revisão Científica: No livro original, o autor segue o Sistema Universal de
Notação Dental, por ser o mais utilizado nos Estados Unidos. Nesta
tradução, porém, optamos pelo uso do sistema de dois dígitos (ISO), já que esta
é a notação dental utilizada no Brasil e prevista pela FDI (Fédération
Dentaire Internationale). (Bath-Balogh,
Mary, 2012)
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