Diante de tantos questionamentos, Fernanda resolveu acionar o Telessaúde para esclarecer as principais dúvidas:
a) Quais os sinais de alerta no desenvolvimento de Sofia? E quais as hipóteses prováveis para o diagnóstico? Existe algum instrumento de rastreio para auxiliar no diagnóstico?
b) Como funciona o fluxo para diagnóstico e cuidado especializado para a reabilitação, identificando a construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) desde a Atenção Primária à Saúde até a equipe de Reabilitação da pessoa com TEA na rede SUS.
Supondo que você é o profissional consultor do Telessaúde, responda estas dúvidas de Fernanda.
a) O consultor do Telessaúde deverá ajudar a profissional auxiliando no desenvolvimento do raciocínio clínico para atuar no caso, identificando os sinais de alerta no desenvolvimento de Sofia e os comportamentos relatados: atraso de fala, fazendo uso de comunicação gestual, contato visual reduzido, pouco interesse pela interação social, preferindo brincar sozinha. Apresenta agitação motora, movimentos estereotipados (balanço nos braços e movimentos giratórios nas mãos), dificuldade na execução de ordens verbais complexas, irritação na mudança de rotina, dificuldade de aceitar novos alimentos, rejeitando as texturas pastosas e alimentos com cheiros fortes. Sobre os aspectos gerais de saúde adoece com frequência e tem sono agitado. Sugere-se aplicar um instrumento de rastreio para problemas no desenvolvimento (IRDI) e outro instrumento para rastreio de autismo (M-CHAT). A partir dos sinais identificados é possível levantar as seguintes hipóteses diagnósticas:
- - Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- - Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) ou Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL);
- - Deficiência Auditiva.
b) A partir disto, pode-se encaminhar a paciente para avaliação diagnóstica diferencial em um serviço de Atenção Especializada: Centro Especializado em Reabilitação (CER); Serviços de Reabilitação Intelectual e Autismo; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Considerando que o diagnóstico do TEA é clínico e interdisciplinar, será necessária uma entrevista com os pais ou cuidadores, observação direta do comportamento e da interação social.
A construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) deve ser feita pela equipe interdisciplinar do serviço especializado, visando inclusão do sujeito nas ações de habilitação e reabilitação, ganho funcional e qualidade de vida da pessoa com TEA e sua família. O PTS deve incluir as ações de matriciamento, acompanhamento, orientação e apoio pelas equipes de Atenção Primária à Saúde.
Após a confirmação do diagnóstico, a comunicação à família deve seguir os protocolos de comunicação de notícias difíceis, apoiando e acolhendo a família em todo o processo, articulando outros equipamentos sociais e de apoio.
Diante das diferentes possibilidades diagnósticas, a utilização de instrumentos de rastreamento e monitoramento dos indicadores de desenvolvimento infantil é ferramenta valiosa no diagnóstico diferencial. Considerando o contexto vivenciado pela profissional Fernanda, identifique os instrumentos de uso livre para rastreamento que podem ser aplicados aos transtornos do desenvolvimento e TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), respectivamente:
A avaliação diagnóstica do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) tem sido modificada nos últimos anos, incorporando novos profissionais e recursos. A recomendação do Ministério da Saúde para avaliação diagnóstica da equipe interdisciplinar do TEA é:
A comunicação do diagnóstico do TEA à família é um momento importante no planejamento terapêutico, devido ao impacto sobre a família e sua futura adesão ao tratamento. Neste aspecto, é imprescindível para o planejamento do momento:
O acesso ao tratamento precoce é um dos elementos que impactam o cuidado no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Neste processo, a construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS) para habilitação e reabilitação da pessoa com TEA requer:
A resposta correta é a opção C.
Feedback:
O planejamento terapêutico deve ser construído com base nas diferenças individuais dos sujeitos com TEA, com base nas avaliações interdisciplinares, de forma adequada às demandas do paciente e da família;
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