Sobre a Difteria é possível afirmar:
I. É causada por um bacilo toxigênico do gênero Corynebacterium , principalmente, as espécies C. Diphtheriae e, mais raramente, por C. Ulcerans. II. Seu nome vem do grego Diphthera , literalmente traduzido como "par de fitas em couro (cabedal)", uma alusão à pseudomembrana formada sobre a mucosa da faringe e vista no fundo da boca dos doentes. III. Apresenta um período de incubação médio de seis dias.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente a afirmativa III está correta.
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) A afirmativa III está incorreta.
e) Todas as três afirmativas estão corretas.
2-
São sintomas típicos da Difteria, exceto:
a) Presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes, que se instalam, somente, nas amigdalas.
b) Comprometimento do estado geral do paciente, que pode se apresentar prostrado e pálido.
c) Dor de garganta.
d) Febre.
e) Se a doença não for tratada, as placas poderão se estender pelas amígdalas e estruturas subjacentes, como pilares anteriores, úvula, palato mole e retro faringe, em alguns casos as placas invadirão a traqueia, os brônquios e os bronquíolos.
3-
Em relação ao diagnóstico da Difteria, pode-se afirmar:
a) O diagnóstico é exclusivamente clínico.
b) O diagnóstico é exclusivamente laboratorial, por meio da identificação do C. Diphtheriae em amostras biológicas.
c) Para confirmação do diagnóstico deve-se remover a pseudomembrana para a coleta de amostra biológica.
d) Embora os exames laboratoriais sejam imprescindíveis para a confirmação de casos, devido à letalidade da doença, os resultados não devem ser aguardados para o início do tratamento e das medidas de controle.
e) As amostras biológicas para confirmação diagnóstica devem ser coletadas após o início do tratamento com antibióticos.
4-
Em relação ao Soro Antidiftérico (SAD) todas as alternativas estão corretas, exceto:
a) O SAD tem origem heteróloga, ou seja, solução contendo Imunoglobulinas Purificadas, obtidas a partir de plasma de animais hiperimunizados contra a toxina produzida pelo Corynebacterium Diphtheriae.
b) As doses do SAD independem do peso e da idade do paciente, os parâmetros que devem ser considerados são a gravidade e o tempo da doença.
c) Quando o Serviço de Saúde não dispuser de condições para o atendimento das emergências relacionadas a aplicação do SAD, o tratamento deverá ser feito, exclusivamente, com antibióticos.
d) As reações anafiláticas ocorrem, geralmente, nas primeiras 2 horas, após a administração do SAD, apresentando como principais sintomas: palidez, cianose, urticária, laringoespasmo, edema de face, hipotensão, choque, entre outros.
e) A dose recomendada para administração de SAD, em casos graves, é de 80.000 UI a 100.000UI, de forma endovenosa.
5-
O Ministério da Saúde, por meio do Guia de Vigilância em Saúde (2021), afirma que a vacinação com o Toxoide Diftérico é a medida de prevenção e controle mais importante da Difteria. Sobre a imunização está incorreto afirmar que:
a) Está adequadamente vacinado quem já recebeu três doses de vacina DTP (contra Difteria, Tétano e Coqueluche) ou Tetravalente (DTP + Hib), ou Penta (DTP + Hib + Hepatite B) contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Infecções Graves, causadas pelo Haemophilus Influenzae e Hepatite B, ou Dupla Infantil (DT), a partir de 2 meses de vida, com intervalo de, pelo menos, 30 dias entre as doses (o ideal é o intervalo de 2 meses), com 1º reforço aplicado no prazo de 6 a 12 meses, após a 3ª dose, e o 2º reforço de 4 a 6 anos de idade. O reforço com a dT (Dupla Adulto) deve ser realizado a cada dez anos.
b) Para maiores de 7 anos, está adequadamente imunizado quem recebeu três doses da vacina dT (Dupla Adulto), com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses (o ideal é o intervalo de dois meses), e reforço de 10 em 10 anos.
c) A vacina está indicada nas situações de ocorrência de hipersensibilidade (Reação Anafilática), confirmada após a administração de doses anteriores, e, também, quando houver história de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos.
d) O emprego sistemático da vacina, com altas coberturas vacinais, ao longo do tempo, além de diminuir a incidência de casos clínicos, determina uma importante redução do número de portadores, induzindo a denominada imunidade coletiva.
e) A vacina deve ser conservada entre +2ºC e +8ºC (sendo o ideal +5ºC), não podendo ser congelada, pois o congelamento provoca a perda de potência e/ou forma agregados, aumentando o risco de reações.
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