O NERVO TRIGÊMEO (V)
É
assim denominado por possuir três ramos calibrosos distribuídos por áreas
extensas da face, tanto superficiais como profundas.
Nervos: Oftálmico
Maxilar=>
forame redondo cai em concurso‼‼‼!
Mandibular=>
forame oval
Gânglio Trigeminal=>
É a maior massa ganglionar do nosso corpo. É o único gânglio localizado no
interior do crânio, protegido por um recesso formado por uma camada dupla de
dura-máter, além de pia-máter e aracnoide.
O gânglio trigeminal=>
Localiza-se na fossa média do crânio, alojado em uma depressão encontrada
próximo ao ápice da parte petrosa do osso temporal, chamada impressão
trigeminal.
No gânglio trigeminal=> Encontram-se
os neurônios responsáveis pela sensibilidade exteroceptiva (dor, temperatura,
tato e pressão) da maioria das estruturas da face e sensibilidade
proprioceptiva, advinda da articulação temporomandibular.
Nevio maxilar y sus ramas(Rs,
Ramas; N, Nervio). (Datos de Liebgott B: The anatomical basis of
dentistry, 2ª. Ed.,
St. Louis, 2001, Mosby.)
Semiologia
Semiologia:
estudo dos sinais e sintomas.
Sintoma:
manifestação subjetiva.
Sinal:
manifestação objetiva.
Sinal
patognomônico: exclusivo de uma doença e indica de maneira
absoluta sua existência, especificando-lhe o diagnóstico.
Quadro
clínico ou sintomatologia: é o conjunto de sinais e sintomas.
Síndrome:
conjunto de sinais e sintomas comuns a uma determinada doença.
Pródromo:
conjunto de sintomas que antecedem o surgimento do quadro clínico de uma
doença.
Semiotécnica
(manobras de diagnóstico): técnica de colheita dos sinais e
sintomas.
Inspeção: visão a olho nu.
Palpação: tato ou compressão.
Percursão: batidas (ato de
percutir).
Auscultação: ouvir sons ou ruídos
produzidos no organismo.
Propedêutica
clínica:
interpretação dos dados da semiotécnica.
Diagnóstico:
identificação e conhecimento da doença através da observação de seus sinais e
sintomas.
Prognóstico:
conhecimento sobre a evolução da doença.
Tratamento ou
terapêutica: conjunto de medidas utilizadas para resolução da
doença ou agravo.
Proservação:
período após o tratamento em que o paciente é acompanhado.
Anamnese
Identificação: nome, idade (data de nascimento), sexo, raça, estado civil,
procedência, endereço, profissão. Documentação!
Queixa principal: razão principal da visita do paciente. Características:
sucinta, com as palavras do paciente. Pode incluir: dor, ferida, queimação,
sangramento, amolecimento de dentes, distúrbios de erupção dos dentes, boca
seca ou excesso de saliva, inchaço, gosto ruim, mau hálito, dormência,
estética, dificuldade para falar, dificuldade para mastigar, e outras.
História
da doença atual: história da queixa principal, desde
seu início, fatos modificadores, tratamentos já realizados, até o momento do
exame. Pode incluir: início, duração, intensidade, alívio ou agravamento, o que
o paciente tentou fazer para tratar, fatos ou situações que o paciente
relaciona ao início da doença.
História
pregressa: toda a história de saúde do paciente. História
médica: doenças agudas ou crônicas, internações, cirurgias, uso de medicação,
alergias, gestação, tabagismo, alcoolismo, e outros hábitos. História
odontológica: tratamentos realizados, uso prévio de anestesia local,
cicatrização de feridas bucais, sangramentos, doenças recorrentes (herpes,
aftas), hábitos de higiene e outros hábitos bucais.
História
familiar: distúrbios de saúde de ascendentes ou descendentes
do paciente, história de contatos no convívio sócio familiar com pacientes
doentes.
Exame
físico geral: estado geral do paciente (BEG,
debilitado), biótipo, marcha, postura, palidez, cianose, icterícia, tumefações
visíveis, pressão arterial, frequência cardíaca, regularidade e força do pulso,
fácies.
Exame físico
loco-regional:
Extrabucal:
face, olhos, nariz, ouvido, pescoço, linfonodos, musculatura cervico-facial.
Intrabucal:
pele e semimucosa dos lábios, mucosas labial, alveolar, jugal, soalho bucal,
ventre da língua, dorso e bordas laterais da língua, gengiva e rebordo
alveolar, palato duro, palato mole e pilares tonsilares, orofaringe. (BORAKS,
2011)
Quem não sabe o que procura não interpreta o que acha.
Claude
Bernard
IMAGINOLOGIA
Revelador 15
segundos
Água
Fixador 2
minutos
BIOSSEGURANÇA
Biossegurança em Odontologia é o conjunto de
procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e
segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe (Lima, Minholo & Ito).
O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o
emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção
individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e
ambiente, antissepsia da boca do paciente.
São essenciais a padronização e manutenção das
medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de
infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas.
Conceitos
=> Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para
impedir que determinado meio seja contaminado.
=> Antissepsia: é a eliminação das formas
vegetativas de bactérias patogênicas de um tecido vivo.
=> Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer
superfície, reduzindo o número de microrganismos presentes. Esse procedimento
deve obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou esterilização.
=> Desinfecção: é um processo que elimina
microrganismos patogênicos de seres inanimados, sem atingir necessariamente os
esporos. Pode ser de alto nível, intermediário ou baixo.
=> Esterilização: é um processo que elimina todos
os microrganismos: esporos, bactérias, fungos e protozoários. Os meios de
esterilização podem ser físicos ou químicos.
Classificação dos Instrumentos
Artigos => São instrumentos de diversas
naturezas que podem ser veículos de contaminação.
Artigos Críticos – São os artigos que penetram
através da pele e mucosas adjacentes, atingindo tecidos subepiteliais e sistema
vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas
exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Devem
ser obrigatoriamente esterilizados ou uso único (descartável)
=> Instrumentos semicríticos: são
instrumentos que entram em contato com a mucosa ou pele íntegra (moldeiras,
espelhos, instrumentais para restaurações). Podem ser desinfetados, mas quando
possível e preferencialmente esterilizados.
=> Instrumentos não críticos: entram em contato
apenas com a pele íntegra ou não entram em contato com o paciente. (pinça
perfuradora de lençol de borracha, arco de Young, mufla). Devem ser
desinfetados.
3 Procedimentos segundo o risco de contaminação
=> Procedimentos críticos: quando há penetração no
sistema vascular (cirurgias e raspagens subgengivais)
=> Procedimentos semicríticos: quando entram em
contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular
(inserção de material restaurador, aparelho ortodôntico).
=> Procedimentos não críticos: quando não há
contato com secreções orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na
Odontologia não existe nenhum procedimento que possa ser classificado nessa
categoria.
4 Medidas de Proteção Pessoal (Profissional e
Equipe)
4.1 Imunização contra Hepatite B
A imunização contra a Hepatite B é realizada em três
doses. A segunda dose um mês após a primeira e a terceira, seis meses após a
segunda. Deve-se fazer teste sorológico para confirmação da imunização. Deve
ser feito reforço da vacina a cada 5 anos.
4.2 Equipamento de Proteção Individual (Barreiras)
=> Gorro (tipo touca): deve recobrir todo o cabelo
e orelhas, protegendo-os principalmente dos aerossóis. Deve ser de uso único e
descartáveis em lixo contaminado.
=> Avental: evita o contato da pele e roupas
pessoais com os microrganismos do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito
ao local de trabalho. Podem ser:
- não cirúrgico: para procedimentos semi-críticos.
Devem ser trocados diariamente ou quando apresentarem contaminação visível por
sangue ou fluidos.
- cirúrgico estéril: para procedimentos críticos. É
vestido após a paramentação do profissional e degermação das mãos.
=> Máscara: proteção das vias aéreas superiores (3
camadas) - descartável.
=> Óculos de Proteção: proteção biológica e
mecânica. Devem ser fechados lateralmente. Devem ser lavados e desinfetados.
=> Luvas: as mãos devem ser lavadas antes de
calçar as luvas que devem ser descartadas a cada procedimento em lixo
contaminado. 3 tipos:
- procedimentos: não estéreis para procedimentos
semi-críticos.
- cirúrgicas: embaladas individualmente para
procedimentos críticos.
- limpeza: látex grosso e resistente. Para a
manipulação de instrumental contaminado, para procedimentos de limpeza e
desinfecção do consultório. Devem ser desinfetadas após o uso. São
reutilizáveis.
=> Sobre Luvas: Utilizadas quando o profissional
deixar o campo de trabalho para tocar em algum objeto ou superfície, e retirada
quando o mesmo voltar para o campo de trabalho. Deve ser trocada a cada
paciente.
5 Campos de trabalho
=> Campo estéril: para procedimentos críticos.
=> Barreiras de PVC: para procedimentos
semi-críticos. Devem ser trocadas a cada paciente.
6 Preparo do instrumental para esterilização
=> Pré lavagem: remoção da sujidade.
- ultra-som: com solução enzimática ou desencrostante
(2 à10 min.);
- mecânica: o instrumental deve ficar imerso em
solução enzimática (2 à 10 min) e depois lavado em água corrente.
=> Secagem: toalha ou ar.
=> Embalagem: de acordo com o método de
esterilização.
7 Métodos de Esterilização
=> Calor Úmido (Autoclave): vapor sob pressão (1 à
2 atmosferas). Tempo de 15 à 30 minutos. Temperatura de 121 à 132 °C.
=> Calor Seco (Estufa): tempo de 1 hora à 170°C ou
2 horas à 160°C, sem a abertura da mesma durante o processo.
=> Processos Químicos: óxido de etileno por 4
horas; glutaraldeído 2% por 10 horas e solução de formaldeído 38% por 18 horas.
8 Descarte de lixo
=> Não contaminado: lixo comum, saco preto.
=> Contaminado (contém sangue e secreções) saco
branco identificado.
=> Perfuro–cortantes: Descartex.
Resolução
29/02 e 43/02 do CFO → cirurgião dentista que está na área cirúrgica pode
realizar requisição de exames, desde que contribuam para o diagnóstico ou
tratamento proposto para o paciente. Ex: se há desconfiança de que o paciente é
soropositivo, pode-se solicitar o exame sem problemas.
Como
será feito: Receituário próprio ou impressos fornecidos pelos laboratórios
(carimbo e assinatura de quem está requisitando).
Exemplo
de Hemogramas
Manaus, 31 de Maio de 2013
Solicito
ao paciente Helinaldo Corrêa da Conceição
os seguintes exames laboratoriais pré-operatórios:
1- Hemograma
completo;
2- Exames
de coagulação;
3- Glicemia;
4- Uréia
e creatinina;
5- Urina.
Dr: Flaviano Ferreira
CRO 3421
Rua Padre Torquato,
Bairro São Domingos Sávio, 676.
Hemograma completo
A.Contagem de hemácias e índices hematimétricos
Este teste, também chamado de contagem de
eritrócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. É também usado para
detectar a quantidade de hemácias em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue
total. Os índices hematimétricos fornecem importantes informações sobre o
tamanho, concentração de hemoglobina e peso da hemoglobina de uma hemácia
média.
Objetivos
•Fornecer dados para o cálculo do volume
corpuscular médio e da hemoglobina corpuscular média, que revelam o tamanho da
hemácia e o conteúdo de hemoglobina.
•Dar suporte a outros testes hematológicos para o
diagnóstico ou monitoração de anemia ou policitemia.
•Auxiliar no diagnóstico e classificação das
anemias.
Preparação do paciente
Jejum de 4 horas.
Valores de referência
Método:
automatizado com eventual estudo morfológico em esfregaços corados.
Os valores normais de hemácias variam, dependendo
do tipo de amostra e da idade e sexo do paciente, da seguinte maneira:
Homens adultos: 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de
sangue venoso
Mulheres adultas: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml
de sangue venoso
Crianças: 3,8 a 5,5 milhões de hemácias/ml de
sangue venoso
Bebês a termo: 4,4 a 5,8 milhões de hemácias/ml de
sangue capilar ao nascimento, diminuindo para 3,8 milhões de hemácias/ml na
idade de 2 meses, e aumentando lentamente daí em diante.
Os índices hematimétricos testados incluem volume
corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração de
hemoglobina corpuscular média (CHCM).
VCM: 84 a 99mm3.
HCM: 26 a 32 pg.
CHCM: 31 a 36 g/dl.
Achados anormais
Uma contagem elevada de hemácias pode indicar
policitemia absoluta ou relativa. Uma contagem deprimida de hemácias pode
indicar anemia, sobrecarga de líquido ou hemorragia além de 24 horas. Testes adicionais,
como, por exemplo, exame de célula colorida, hematócritos, hemoglobina, índices
hematimétricos e estudos de glóbulos brancos são necessários para confirmar o
diagnóstico.
Baixos VCM e CHCM indicam anemias microcíticas
hipocrômicas causadas por anemia por deficiência de ferro, anemia
sideroblástica ou talassemia. Um VCM alto sugere anemias macrocíticas causadas
por anemias megaloblásticas, devido à deficiência de ácido fólico ou vitamina B
12, desordens congênitas de DNA ou reticulocitose. Em razão de o VCM refletir
volume médio de muitas células, um valor dentro da faixa normal pode ocorrer em
pacientes cujo tamanho de glóbulos vermelhos varia, e inclui células
microcíticas e macrocíticas.
B.Hemoglobina Total
Este teste é usado para medir a quantidade de
hemoglobina (Hb) encontrada em um decilitro (100 ml) de sangue total.
Usualmente ele é parte de um hemograma completo.
A concentração de hemoglobina correlaciona-se
estreitamente com a contagem de hemácias.
Objetivos
•Medir a gravidade de anemia ou
policitemia e monitorar a resposta à terapia.
•Obter dados para o cálculo da hemoglobina
corpuscular média e concentração de hemoglobina corpuscular média.
Valores de referência
Método: automatizado
As concentrações de Hb variam, dependendo do tipo
de amostra retirada (amostras de sangue capilar para bebês e amostras de sangue
venoso para todos os demais) e da idade e sexo do paciente, da seguinte
maneira:
Recém-nascidos: 14 a 20 g/dl
1 semana de idade: 15 a 23 g/dl
6 meses de idade: 11 a 14 g/dl
Crianças de 6 meses a 18 anos: 12 a 16 g/dl
Homens: 14 a 18 g/dl
Mulheres: 12 a 16 g/dl.
Achados anormais
Baixas concentrações de Hb podem indicar anemia,
hemorragia recente ou retenção de líquido causando hemodiluição.
Hb elevada sugere hemoconcentração originária de
policitemia ou desidratação.
C.Hematócrito
O exame de hematócrito (Ht) pode ser efetuado
separadamente ou como parte de um hemograma completo. Ele mede a porcentagem
por volume de hemácias contidas em uma amostra de sangue total – por exemplo,
40% de Ht indica 40 ml de hemácias contidas em uma amostra de 100 ml. Essa
concentração é obtida centrifugando-se o sangue total anticoagulado em um tubo
capilar, de forma que as hemácias sejam firmemente concentradas sem hemólise.
Objetivos
•Auxiliar no diagnóstico de policitemia, anemia ou
estados anormais de hidratação.
•Auxiliar no cálculo de dois índices de hemácias:
VCM e CHCM
Valores de referência
Método: automatizado.
O Ht é normalmente medido eletronicamente. Os
resultados são até 3% mais baixos do que as medições manuais, que aprisionam o
plasma na coluna de hemácias concentradas. Os valores de referência variam
dependendo do tipo de amostra, do laboratório que estiver efetuando o teste e
do sexo e idade do paciente, como segue:
Recém-nascidos: 42% a 60% de Ht
1 semana de idade: 47% a 65% de Ht
6 meses de idade: 33% a 39% de Ht
Crianças de 6 meses a 18 anos: 35% a 45% de Ht
Homens: 42% a 54% de Ht
Mulheres: 36% a 46% de Ht.
Achados anormais
Um Ht baixo sugere anemia, hemodiluição ou uma
perda maciça de sangue. Um Ht alto indica policitemia ou hemoconcentração
devido à perda sanguínea ou desidratação.
D.Contagem de Leucócitos
Uma contagem de glóbulos brancos, também chamada de
contagem de leucócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. Ela indica
a quantidade de leucócitos em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total.
As contagens de leucócitos podem variar até em 2.000, em qualquer dia em
particular, em função de exercício desgastante, tensão ou digestão. A contagem
de leucócitos pode aumentar ou diminuir significativamente em determinadas
doenças, porém é diagnosticamente útil somente quando o diferencial de glóbulos
brancos e o estado clínico do paciente são levados em consideração.
Objetivos
•Determinar infecção ou
inflamação.
•Determinar a necessidade de testes adicionais,
como, por exemplo, o diferencial de leucócitos ou a biópsia de medula óssea.
•Monitorar a resposta à quimioterapia, radioterapia
ou outros tipos de terapia.
Valores de referência
Método: automatizado, com eventual estudo
morfológico em esfregaços corados.
A contagem de leucócitos varia de 4.000 a
10.000/ml.
Achados anormais
Uma contagem elevada de leucócitos (leucocitose)
com frequência assinala uma infecção, como, por exemplo, um abscesso,
meningite, apendicite ou amigdalite. Uma contagem alta de leucócitos pode
também resultar de leucemia e necrose tecidual devido à queimaduras, infarto do
miocárdio ou gangrena.
Uma contagem diminuída de leucócitos (leucopenia)
indica depressão da medula óssea, que pode resultar de infecções virais ou de
reações tóxicas, como, por exemplo, as que acompanham o tratamento com
antineoplásicos, ingestão de mercúrio ou outros metais pesados, ou exposição ao
benzeno ou arsênicos. A leucopenia caracteristicamente acompanha influenza,
febre tifoide, sarampo, hepatite infecciosa, mononucleose e rubéola.
E.Diferencial de Leucócitos
O diferencial de leucócitos é usado para avaliar a
distribuição e morfologia dos glóbulos brancos, fornecendo informação mais
específica sobre o sistema imune do paciente do que a contagem de leucócitos
isoladamente.
Os glóbulos brancos são classificados de acordo com
os cinco tipos principais – neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e
monócitos – sendo determinada a porcentagem de cada tipo. A contagem
diferencial é o valor percentual de cada tipo de glóbulo branco no sangue. O
número absoluto de cada tipo de glóbulo branco é obtido por meio da
multiplicação do valor percentual de cada tipo pela contagem total de glóbulos
brancos.
Os altos níveis desses glóbulos brancos estão
associados com diversas respostas imunes e anormalidades. Algumas vezes é
solicitada uma contagem de eosinófilos como um teste de acompanhamento, quando
é relatado um nível elevado ou deprimido de eosinófilos.
Objetivos
•Avaliar a capacidade para resistir e superar
infecções.
•Detectar e identificar diversos tipos de leucemia.
•Determinar o estágio e gravidade de uma infecção.
•Detectar reações alérgicas.
•Avaliar a gravidade de reações alérgicas (contagem
de eosinófilos).
•Detectar infecções parasíticas.
•Servir de suporte para o diagnóstico de outras
doenças.
EUCOCITOSE ASSOCIADA À CÉLULAS
BRANCAS :
Neutrófilos
- Infecções bacterianas, Infarto Agudo, Isquemia, Uremia,
Diabetes, Gota, Leucemia mielocítica e Hemorragias
Eosinófilos - Alergias,
Parasitoses, Doenças da Pele e Hemopatias.
Basófilos
- Mielofibrose, Dermatites, Colite e Leucemia crônica.
Linfócitos
- Infecções agudas, Crônicas (Tuberculose, Sífilis) e Mononucleose (grande
número de linfócitos atípicos).
Monócitos
- Tuberculose, Protozooses ( Malária e Tripanosomose ), Leucemias
agudas, Lúpus Eritematoso Sistêmico e Artrite Reumatóide
Plasmócitos - Rubéola,
Sarampo, Mononucleose, Sarampo, Mieloma e Leucemia Plasmocítica.
Bastonetes - Infecções Agudas gerais (Viroses, por exemplo)
PLAQUETAS
Valores de referência
Método: automatizado, com eventual estudo
morfológico em esfregaços corados.
De forma a assegurar um diagnóstico preciso, os
resultados de testes diferenciais devem ser interpretados em relação à contagem
de glóbulos brancos totais (4.000 a 10.000/ml). Para adultos, os valores
absolutos e porcentagens normais incluem o seguinte:
Basófilos: 0 a 200/ml; 0 a 2%
Eosinófilos: 40 a 500/ml; 1 a 5%
Linfócitos: 880 a 4.000/ml; 22 a 40%
Monócitos: 120 a 1.000/ml; 3 a 10%
Neutrófilos: 1.800 a 7.500/ml; 45 a 75%. Cai em prova de CBA
Para crianças, os valores absolutos e porcentagens
normais podem diferir. As porcentagens são as seguintes:
Basófilos: 0 a 2%
Eosinófilos: 1 a 5%
Linfócitos: 45 a 75%
Monócitos: 3 a 10%
Neutrófilos: 22 a 40%.
Achados anormais
Os padrões diferenciais anormais fornecem evidência
para uma ampla faixa de estados de doença e outras condições.
F.Contagem de Plaquetas
As plaquetas ou trombóticos promovem a coagulação,
ou seja, a formação de um coágulo hemostático em locais de comprometimento
vascular.
A contagem de plaquetas é o mais importante teste
de rastreamento da função plaquetária. As contagens precisas são vitais.
Objetivos
• Avaliar a produção ou utilização
de plaquetas.
• Avaliar os efeitos da quimioterapia ou
radioterapia na produção de plaquetas.
• Diagnosticar ou monitorar trombocitose ou
trombocitopenia.
• Confirmar uma estimativa visual da quantidade e
morfologia da plaqueta a partir de um filme sangüíneo colorido.
Valores de referência
Método:
automatizado, com eventual estudo morfológico com esfregaços corados.
As contagens normais de plaquetas variam entre
130.000 a 370.000/ml.
Achados anormais
Uma contagem diminuída de plaquetas
(trombocitopenia) pode resultar de medula óssea aplástica ou hipoplástica; uma
doença infiltrativa de medula óssea, como, por exemplo, carcinoma ou leucemia;
hipoplasia megacariocítica; trombopoiese infecciosa proveniente de deficiência
de ácido fólico ou vitamina B 12; acúmulo de plaquetas em um baço aumentado;
destruição aumentada de plaquetas devido à drogas ou desordens imunes;
coagulação intravascular disseminada; síndrome de Bernard-Soulier; ou lesões
mecânicas às plaquetas.
Uma contagem aumentada de plaquetas (trombocitose)
pode resultar de hemorragias, desordens infecciosas; câncer; anemia por
deficiência de ferro; cirurgia recente, gravidez, ou esplenectomia e desordens
inflamatórias. Em tais casos, a contagem de plaquetas retorna ao normal após o
paciente recuperar-se da desordem primária. Todavia, a contagem permanece
elevada em trombocitemia primária, mielofibrose com metaplasia mielóide,
policitemia vera e leucemia mielóide crônica. Em tais desordens, as plaquetas
podem estar disfuncionais, resultando em sangramento.
Exames correlatos (ao hemograma
completo)
VHS, reticulócitos, mielograma, etc.
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