(Aula I) Princípios da Cirurgia
Periodontal
O que acontece em relação à doença
periodontal?
A
doença periodontal é recidivante então deve - se conscientizar o paciente,
porque isso é fundamental não adianta “levar o paciente”, se ele não está
fazendo sua parte, então teremos o insucesso de tratamento.
Dependendo
da perda (moderada ou grave) vai existir uma dificuldade de raspagem,
principalmente subgengivalmente, condições anatômicas e bolsas estreitas
dificultam o tratamento. Quando faz a cirurgia? Quando visa remover osso,
diminuir bolsa, sempre tem que ir com cureta, porque sempre vai ter um cálculo
que vai ter que ser removido. Então, ai estabeleceu uma nova condição
morfológica a esse periodonto, para dar condição ao periodonto, recompor e
também para facilitar a higienização desse paciente, ou seja, proporcionar
através dessas cirurgias a inserção, não importando o nível dessa inserção, o
que vai depender da sua situação de perda desse paciente, então nós
estabelecemos essa inserção, para dar condição ao paciente, que biologicamente
o periodonto possa responder a elevação constante que está sofrendo, do
infiltrado inflamatório.
Então
é isso aqui que vocês fazem agora, informar ao paciente com a questão de dieta,
se ele tem uma dieta rica em açúcar, que diminua essa ingestão de açúcar, então
quanto mais eu tenho uma dieta calórica mais vou favorecer a isso (biofilmes).
Então, temos que dar uma nova condição e orientação oral. Também temos que
favorecer a condição de higienização do paciente; tenho que avaliar e mostrar
ao paciente; avaliou (usando corante) e mostrou para o paciente, isso dá ao
paciente uma memória fotográfica ele vai tentar modifica-lo, ou seja, uma
orientação, reeducação de higienização oral. Também tenho que saber perceber o
que está levando essa condição ao paciente, é uma condição, emocional, isso é
importante, tenho que avaliar essas condições que ele tem: psicológicas,
locais.
Então, quando vou indicar
uma cirurgia periodontal?
Várias situações:
Para melhorar a condição
de raspagem;
Para estabelecer uma nova
arquitetura a esse periodonto;
Para reduzir bolsa
periodontal ou eliminar bolsas periodontal, porque bolsa
periodontal, a literatura informa que manter a bolsa periodontal significa a
chance de progressão da doença, então situação de anterior e superior, eu não
tenho essa condição de eliminar, então tenho que ficar controlando, monitorando
o paciente, porque ai é a área de progressão da doença. Quando consigo
eliminar, mesmo que fique uma porção apical eu tenho a cura daquela área.
Terapia restauradora – visão multidisciplinar trabalham em conjunto da
periodontia com a prótese, para manter o espaço biológico, principalmente da
condição da pessoa, da dentística, da prótese e aplicar no paciente.
Dependendo
do que eu quero do objeto da minha cirurgia, então vai:
Remover
tecido – que hoje dentro da nova filosofia, isso ficou mais pra década de 70,
que você pegava e incisava e tem a seguinte filosofia:
Sulcos profundos –
cirurgia no paciente, hoje não, sulco profundo desde que o paciente controle o
biofilme, não tenha sangramento, não tenha inflamação, podem permanecer.
Só
se faz procedimento depois que o neurologista liberar, caso o paciente tenha
algum problema neurológico. Se o paciente está compensado, quaisquer atividades podemos
fazer nele; procedimento vai deixa-lo no estado de saúde; tabagismo
– todos os efeitos do tabagismo causa em relação aos tecidos e a resposta
imunológica menor do que a do paciente que não fuma; álcool e drogas – o ponto
de vista cirúrgico é muito mais pela uso desses, em alterações cardíacas quanto
hepáticas. Então,
paciente fumou um dia antes, cancela a cirurgia, porque o risco de ter uma
parada cardíaca é perfeitamente possível.
Os
exames básicos podem ser solicitados tranquilamente, podendo nos servir ou
servir ao paciente, quando acabamos fazemos um diagnóstico.
Então
hemograma completo e odontograma são exames básicos que são solicitados ao
paciente para fazer algum tipo de cirurgia, quando ele relata alguma outra
relação que ele apresentar ao médico responsável (cardiologista,
endocrinologista para fazer uma avaliação mais detalhada).
ANESTÉSICOS
Outra
questão é o uso de anestésico, dependendo do procedimento deve-se usar determinado
anestésico. Para uma visão da periodontia.
Para que vou usar uma
articaina ou bupivacaina que são anestésicos de longa duração (4-6 horas) para
procedimento de uma classe 5, posso muito bem usar uma lidocaína, excelente
anestésico. Posso até operar meu paciente com uma lidocaína, o grande problema
do anestésico é a técnica conhecimento anatômico do tecido gengival, lidocaína é um
excelente anestésico usado para qualquer paciente, para pacientes
descompensados, inclusive para gravidas. Outra alusão, não faz nada
em gravida, olha para ela e reza enquanto isso ela fica com dor liberando mais
adrenalina endógena que o tubete de anestésico e vai levar a contração uterina porque vai ativar
vários mediadores levar a contração uterina, ou deixa ela com uma infecção,
vocês já viram com a professora Gisele, que vai ter um aumento de
prostaglandina, além das bactérias e o liquido amniótico altera o
desenvolvimento, que o aumento de prostaglandinas em qualquer tipo de
inflamação, principalmente periodontal vai levar a uma contração uterina, então
para evitar tudo isso é melhor você anestesiar e deixar a paciente tranquila e
sem infecção. De lá ficar 9 meses sem poder fazer nada é complicado.
Bupivacaina-
anestésico de alto silencio anestésico de 6 horas, inclusive nem na buco e na
implantodontia a gente usa, a gente usa mais a articaína e a mepivacaína 3%. Mais
indicado para periodontia é articaina e a mepivacaína.
Articaina:
dentro do mercado nacional é a mais nova no mercado, na verdade é usado desde a
década de 60 no primeiro mundo, possui um bom silêncio anestésico. O que eu
tenho que observar é a condição do tecido para eu ver se posso fazer uma
anestesia de bloqueio ou infiltrativa, então PH mais baixo dentro de uma
inflamação vai ter primeiro o silêncio anestésico alterado porque os estímulos
do axônio vão estar alterados dentro da condição química da área, então eu
tenho que fazer um bloqueio sobre o procedimento de urgência dentro do processo
agudo para que o paciente tenha o silêncio anestésico. Dentro de um a cirurgia
ele vai ter que ser operado sem nenhuma condição de infecção. Eles são
anestésico com vaso constritor, cardíaco, gestante, paciente renal é feito o
bloqueio com o vasoconstritor, com o silêncio há a diminuição do aporte sanguíneo,
melhora a visualização. Quando o paciente está nervoso a adrenalina endógena
sobe. Dentre as escolhas, adrenalina, epinefrina e noradrenalina são tipos de anestésico inclusive
no primeiro mundo não se usa mais, porque ela vai via venosa e não
arterial, traz mais problemas do que a adrenalina que não tem problema de ser
usada. Em outra hipótese entre a epinefrina e felipressina existem trabalhos na literatura dizendo que em pacientes diabéticos você não
pode usar com a adrenalina, porque ela aumenta o nível de glicemia do paciente
mas existe trabalho dizendo que enquanto o paciente estiver com o equilíbrio
glicêmico uma pequena quantidade de adrenalina não vai causar alteração e você
pode usar. Em pacientes diabéticos você não pode usar
a adrenalina mas pode usar a felipressina. Se você segue uma literatura mais
atual você pode usar.
Então
vários trabalhos são feitos justamente para ver essa questão de superdosagem,
de que não se consegue um silêncio anestésico em paciente, o grande problema é
a falha de administração da droga, não avaliar a anatomia do paciente,
condições teciduais do paciente, da área onde vai dar o silêncio anestésico.
Essa condição do problema sistêmico tem que ser avaliado, principalmente começa
observando o paciente no primeiro memento no teu consultório, começa a avaliar
se o paciente é ansioso, se faz uso de alguma medicação, isso é importante você
avaliar. Em periodontia você usa material específico da periodontia.
GENGIVOPLASTIA E GENGIVECTOMIA
são técnicas que eu uso só em tecido mole, são técnicas bem antigas pelo
conceito em cirurgia periodontal, eu tenho bolsas e não conseguia deixa-las sem
sangramentos, você
optava por remover o tecido de granulação e fechava sem mexer ou alisar o osso,
porque o osso é um processo complementar, sabe-se hoje que os fatores
periodontais penetram-no osso, então osso que está em contato com a bolsa ele
está contaminado e precisa ser removido mesmo que seja superficialmente para
dar uma nova formação óssea não contaminada.
Indicação de cirurgia com ou sem retalhos
GENGIVOPLASTIA E GENGIVECTOMIA
eu não afasto o retalho, eu uso o retalho na grande maioria das cirurgias e
esse tipo de retalho vai se diferenciar de acordo com a área, espessa ou não,
se vai envolver uma estrutura óssea ou não, se for preciso avaliar uma condição
de bolsas mais profundas de lesões de furca, então vai modificar o tipo de
retalho que eu vou adotar. Tanto a questão de posicionamento no final da
cirurgia quanto à questão se eu vou expor o osso totalmente. Dependendo de eu
fazer, existem vários tipos de retalho ou faço esse retalho inclusive com
incisões ou não, ou se eu vou fazer só incisões horizontais dependendo do que
eu quero, do objetivo da minha cirurgia ou se eu vou precisar visualizar uma
certa quantidade de osso, quanto mais coronal eu não tenho necessidade de
afastar muito retalho, o meu planejamento de retalho é de acordo com a área de
cirurgia que eu vou atuar, principalmente em cirurgia geral quanto menos
invasivo eu for cirurgicamente, melhor
recuperação dos tecidos e menor risco de
infecção, quanto menor incisões relaxantes melhor.
Eu
quando faço retalhos eu posso preservar o nível de gengiva aonde eu quiser,
dependendo da área do elemento dentário, eu tenho condições e critérios de
avaliar deformidades ósseas ou o envolvimento de furca ou o tipo de bolsa.
Eu
tenho condições depois de reajustar, para eu conseguir ou por primeira
intenção, o que vai dar melhor condição de cicatrização, preparar
principalmente hoje em dia. Porque antigamente não se tinha essa preocupação
com isso e com a papila. Outra questão é a ESTÉTICA, onde na área anterior eu sempre
traciono esse retalho mais coronal, o posicionamento mais coronal mais apical
mais lateral depende de quem? Do OSSO porque o tecido duro eu posso eliminar depois
preencher com enxerto ósseo, posso regenerar tecido a partir deles, mas eu
tenho limite pra isso, meu limite biológico depende do meu remanescente ósseo.
Então
eu tenho vários tipos de retalhos, fazendo só uma apresentação sociável tem o Widman, Newman,
retalho usado mais coronal, o que eu tenho que observar é o posicionamento do
retalho, observar a área que eu estou operando, do ponto de vista
estético e funcional. Região anterior à gente traciona mais coronal para
diminuir esse efeito estético que vai ter e posterior eu sempre deixo mais
apical porque a gengiva inserida é menor e eu tenho que preservar.
Retalho de WIDMAN:
sem incisões onde você só afasta o tecido, cureta e depois reposiciona, toda
vez que você mexe no tecido de granulação você vai ter um posicionamento desse
retalho sempre mais prático. Quando eu tenho que mexer em osso eu escolho o
tipo de retalho e eu vou também observar o que?
Eu não
posso cirurgicamente fazer “magia” a estrutura óssea, tenho que observar
algumas coisas. Como a quantidade de periodonto remanescente que vai
ficar nesse paciente. Será que é o suficiente para esse dente exercer a função
nesse periodonto ou não, se não faz exodontia. Outra coisa: se ficar no
prognostico duvidoso, se ele vai influenciar que for um resultado negativo? Ou
se é o dente que vai entrar para uma reabilitação total ou parcial? Também eu
tenho que ver o papel desse dente em relação aos outros dentes, você vai ver se
vale a pena manter esse dente ou não, se vale a pena sacrificar o dente que
está do lado. Porque vai afetar a parte mesial e distal desse dente. E quando
eu falo região anterior isso aqui é importante, a quantidade de osso que eu vou
tirar, se há necessidade, se eu vou mexer em um dente eu vou ter que mexer na
área externa do paciente de canino a canino?
Remover o osso ou sacrificar apenas esse dente e deixar o resto como
estar? Tudo isso tem que ser avaliado.
Então
quando eu faço uma odontossecção em altura, eu faço uma OSTEOTOMIA tiro um osso de suporte e em espessura faço OSTEOPLASTIA eu vou regularizar a
anatomia e devolver a anatomia normal, o tecido mole ele vai se decompor e eu
tenho que reposicionar dentro do osso, devolver a biocompatibilidade que foi
perdida pelas bactérias, eu tenho que raspar essa raiz posso fazer com curetas,
pontas diamantadas, rotatória modernas.
Nós temos dois pontos importantes
em relação à Doença Periodontal:
Retalho:
planejamento
Sutura:
para a gente reposicionar o retalho, a sutura tem que ser extremamente bem
feita e diferente de exodontia.
SUTURAS
Eu
tenho vários tipos de sutura, varia muito de cirurgião.
Mais usados: ponto
simples, contínuo festonado e suspensório no qual se traciona o tecido mais pra
coronal.
A minha incisão vai depender da quantidade de
tecido que eu vou remover. De quem? GENGIVA INSERIDA, se eu tenho pouca gengiva
inserida eu tenho que fazer intersucular, se eu tenho uma boa quantidade de
gengiva inserida dependendo da quantidade que vai ser removida na cirurgia eu
posso incisar um pouco dessa gengiva. Mas quem indica aonde eu faço incisão
horizontal para remover a quantidade de tecido é o NIVEL DE GENGIVA INSERIDA. Eu sempre faço
as incisões e relaxamentos de DISTAL para MESIAL, por quê? Por causa da
vascularização e relaxante a gente nunca faz no meio da papila, pois é mais difícil
de formar, antes ou depois da papila porque quando você tem a cicatrização o
reparo tem uma contração tecidual.
Tipos de sutura:
são feitos com fios delicados, a traumático, agulha pequena e fina, número 5 ou
6 e cirurgias plásticas usa até o número 8 vai usar. Por isso, a ponta da
agulha em periodontia é delicada e específica da periodontia. Uma porta agulha
para o fio 5, uma porta agulha 6 para o fio 6 assim respectivamente. Utilizar
fio de NYLON porque acumula menos biofilme, seda não se utiliza. Fios não
reabsorvíveis principalmente em cirurgias plásticas e periodontais.
Sutura suspensória:
tracionamento mais coronal, puxar todo retalho e juntar de 2 a 3 mm acima da junção
amelodentinária (JAD) porque quando contrai espera-se que fique acima da JAD.
Cimento
cirúrgico: indicados em algumas condições, em cirurgia que
não necessita de sutura, em condição onde vai deixar cicatrizar em segunda
intenção, mas dependendo do paciente eu utilizo o cimento cirúrgico. Finalidade: proteção da ferida, manter a adaptação de
retalho, evitar sangramento quando você faz remoção de muito osso proximal e
haja crescimento de tecido de granulação no local.
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