DEPRESSÃO
 
Sinônimos e nomes relacionados:
Transtorno depressivo, depressão maior, 
depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de depressão, 
como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão 
endógena, melancolia, depressão sazonal.
O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor 
da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as 
pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser 
atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em
 crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a 
sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.
Como se desenvolve a depressão?
Na depressão como doença (transtorno 
depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais 
acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, 
diferentemente das reações depressivas normais e das reações de 
ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento 
desencadeador.
As causas de depressão são múltiplas, de 
maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões 
constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos 
(neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e 
psicológicos, como:
 
| Estresse | |
| Estilo de vida | |
| Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros. | 
Como se diagnostica a depressão?
Na depressão a intensidade do sofrimento é 
intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem 
sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais 
importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando
 a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com 
higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com 
outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um 
tratamento médico eficaz.
O que sente a pessoa deprimida?
Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se 
triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " 
baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a 
existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, 
como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou 
tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras 
dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode 
ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram 
capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, 
passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos 
deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também
 alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu 
aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer
 insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou 
acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não 
conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição 
de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema 
físico.
Como é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as 
pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em 
demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. 
Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais 
pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, 
sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes 
corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos
 "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio
Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em 
morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. 
Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, 
achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, 
sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa 
culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz 
com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, 
principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom 
lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da 
depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda 
da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento 
médico adequado.
Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais
Freqüentemente a depressão pode afetar o 
dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo
 e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode 
tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de 
filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas,
 ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa 
forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: 
dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do 
desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem 
fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de 
ajuda médica.
Como se trata a depressão?
A depressão é uma doença reversível, ou seja, 
há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se
 faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de 
cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos 
problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as 
atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é 
fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.
Pode haver também casos de depressões bem mais 
graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo 
ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e 
ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento 
medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.
Os medicamentos utilizados são os 
antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem 
toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns 
casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de 
acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).
 
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