Glicose
é um dos exames mais importantes no diabetes. O nível de glicose em
jejum é usado para triagem e para diagnosticar diabetes e pré-diabetes. O
exame em geral é feito como parte de uma avaliação de rotina, é pedido
quando alguém tem sintomas sugestivos de diabetes ou pedido como rotina
quando uma pessoa se apresenta em um setor de emergência com um problema
agudo.
De acordo com a American Diabetes Association, a Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, a
glicemia em jejum, o teste de tolerância à glicose ou a dosagem de hemoglobina glicada
podem ser usados para diagnosticar diabetes e pré-diabetes. Cada exame
tem vantagens, desvantagens e limitações. Por exemplo, a glicemia em
jejum exige um jejum de 8 horas. O teste de tolerância à glicose requer
uma glicemia em jejum, seguida da ingestão de uma dose padronizada de
glicose e uma nova glicemia após 2 horas. Para a hemoglobina glicada,
não é necessário o jejum de 8 horas ou a coleta de diversas amostras em
horas diferentes, mas o exame não é recomendado para todos. Não deve ser
usado para o diagnóstico de diabetes gestacional nem em pessoas que
tiveram sangramento importante ou transfusões de sangue recentes,
pessoas com doenças crônicas renais ou hepáticas, ou pessoas com distúrbios sanguíneos como anemia por carência de ferro, anemia por deficiência de vitamina B12 ou hemoglobinas variantes.
Por outro lado, somente métodos de dosagem de hemoglobina glicada
padronizados devem ser utilizados para fins diagnósticos e de triagem.
Os métodos atuais que podem ser usados no consultório do médico ou na
beira do leito do paciente são muito variáveis para diagnóstico, mas
podem ser empregados para monitorar o tratamento.
Se o resultado inicial de um exame for anormal, ele deve ser repetido
em outro dia para confirmar o diagnóstico de diabetes. O diabetes
gestacional em geral é pesquisado usando uma única dosagem de glicose
uma hora após a ingestão de 50 g de glicose. Se o resultado for anormal,
deve ser confirmado com uma curva glicêmica.
Algumas vezes, amostras aleatórias de urina são testadas para a presença de glicose, proteínas ou cetonas
durante um exame de rotina. Se a tira reagente acusar glicose,
proteínas ou cetonas na urina, o paciente tem um problema a ser
considerado. Esse é um método de triagem, que não tem sensibilidade
suficiente para monitoração.
Diabéticos devem monitorar seus próprios níveis de glicose, com
frequência, diversas vezes por dia, para alterar sua medicação de acordo
com as instruções do médico. Isso é feito colocando uma pequena gota de
sangue (obtida por punção da pele com uma lanceta) em uma tira
reagente, que é inserida em um glicosímetro, aparelho que fornece uma
leitura digital da glicemia.
A hemoglobina glicada, (também chamada hemoglobina A1c ou
glico-hemoglobina) é um exame usado para triagem e diagnóstico, pedido
diversas vezes por ano para monitorar pacientes com diabetes dos tipos 1
e 2. É uma medida da quantidade média de glicose presente no sangue nos
últimos 2 a 3 meses, e ajuda o médico a determinar a eficácia do
tratamento.
Microalbumina,
com frequência pedida como relação microalbumina/creatinina, é um teste
que mede quantidades muito pequenas de proteínas na urina
(microalbuminúria). A microalbuminúria é um sinal de estágios muito
iniciais de doença renal. Em geral, é medida anualmente.
A pesquisa de cetonas na urina ou no sangue pode ser pedida para
monitorar pacientes em um setor de emergência com sintomas sugestivos de
Hiperglicemia aguda e para monitorar o tratamento de cetoacidose. Pode ocorrer um acúmulo de cetonas sempre que houver uma diminuição da quantidade ou da eficácia da insulina no corpo.
Diversos outros exames laboratoriais podem ser usados para monitorar
diabetes, avaliar a função de órgãos e detectar complicações, incluindo:
Para monitorar a função renal:
Depuração da creatinina, taxa de filtração glomerular, uréia, creatinina
Para monitorar o colesterol e outros lipídios:
Colesterol, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerídeos
Para monitorar a produção de insulina:
Insulina, peptídio C
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