Teorema do Ângulo Inscrito
Um ângulo é considerado inscrito em uma
circunferência quando seu vértice pertence a ela e os seus lados sejam,
cada um deles, uma corda.
Teorema: Numa circunferência, a medida do ângulo central é igual ao dobro da medida do ângulo inscrito que subtende o mesmo arco.
Assim, pode haver três casos distintos:
i) O centro O da circunferência pertence a uma das cordas. Neste caso, a corda é o próprio diâmetro da circunferência;
ii) O centro O da circunferência está dentro do ângulo inscrito;
iii) O centro O da circunferência está fora do ângulo inscrito.
1) O centro O da circunferência pertence a uma das cordas
Vejam que os segmentos OB e OC possuem a mesma medida, pois são iguais ao raio da circunferência. Desta forma, o triângulo OBC é isóscele, cuja base BC compreende ângulos iguais a θ.
O segmento AB é o diâmetro da circunferência e podemos chamar como α o ângulo complementar de β, que é o ângulo central:
Como para todo triângulo a soma dos ângulos internos é sempre igual a 180°, temos:
E assim fica provado o primeiro caso.
2) O centro O da circunferência está dentro do ângulo inscrito
Podemos traçar o diâmetro BD da circunferência, dividindo os ângulos, central e inscrito, em duas partes iguais, obtendo:
E
desta forma, caímos ao primeiro caso, onde o centro da circunferência
pertence a uma das cordas. Utilizando o mesmo raciocínio, obtemos:
E o mesmo vale para o outro ramo:
No entanto, temos pela relação (3) que:
Substituindo as relações (4) e (5), obtemos:
Substituindo a relação (2) na relação acima obtemos:
E assim provamos o segundo caso.
3) O centro O da circunferência está fora do ângulo inscrito
E
desta forma, caímos ao primeiro caso, onde o centro da circunferência
pertence a uma das cordas. Utilizando o mesmo raciocínio, obtemos:
Se aplicarmos o mesmo conceito no ângulo DBA, obtemos:
Substituindo a relação (8) em (7), obtemos:
E assim provamos o terceiro e último caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário