DOENÇAS DA POLPA E DO PERIÁPICE
PULPITE:
É a inflamação da polpa dentária, um tecido
conjuntivo especializado localizado no interior do órgão dentário e revestido
de tecidos mineralizados.
Quando
um estímulo externo atinge um nível nocivo, ocorrem a desgranulação dos
mastócitos, a diminuição do fluxo de nutrientes e o dano celular. São liberados
numerosos mediadores inflamatórios (ex.: histamina, bradicina, neuroquinina, neuropeptídios,
prostaglandinas). Esses mediadores causam vasodilação, aumento do fluxo
sanguíneo e extravasamento vascular com edema. No entanto, a polpa dentária
localiza-se em uma área muito limitada. A dilatação ativa das arteríolas
proporciona um aumento na pressão pulpar e a compressão secundária do retorno
venoso, a qual leva a estrangulação do fluxo arterial. A elevação das pressões
pulpares, associada ao acúmulo de mediadores, pode levar ao dano vascular, ‘a
inflamação pulpar e à necrose tecidual.
PRINCIPAIS
ESTIMULOS NOCIVOS:
- Dano mecânico: acidentes
traumáticos, iatrogenias por procedimentos dentários, atrição, abrasão e
alterações barométricas.
- Injúria térmica: podem ser
transmitidos através de grandes restaurações metálicas não isoladas, como
preparo de cavidades, polimentos e reações químicas exotérmicas dos
materiais dentários.
- Irritação química: podem resultar de
erosão ou pelo uso inadequado de materiais dentários ácidos.
- Efeitos bacterianos: as bactérias podem
irritar a polpa através de toxinas ou diretamente por extensão de cáries
ou transporte via vascular.
→ Pode ser classificada
como: aguda ou crônica, subtotal e generalizada, infectada ou estéril.
PULPITE
REVERSÍVEL
Denota
um grau de inflamação pulpar no qual o tecido é capaz de retornar ao estado
normal se os estímulos nocivos forem removidos.
Clínicas: expostos a temperaturas
extremas apresentam dor de intensidade leve a moderada, de curta duração.
Embora o calor possa desencadear a dor, o dente afetado responde mais
fortemente aos estímulos frios (gelo, bebidas e ar frio). A dor não ocorre na
ausência de estímulos e regride segundo após sua remoção.
Histopatológicas:
Demonstra hiperemia, edema e um infiltrado celular
inflamatório crônico abaixo da região dos túbulos dentários afetados. Pode ser
observada dentina secundária reparadora na parede dentinária adjacente e
células inflamatórias agudas dispersas.
Tratamento
e prognóstico: é tratada pela remoção do irritante local.
PULPITE
IRREVERSÍVEL
Significa
que foi desenvolvido um nível mais alto de inflamação no qual a polpa dentária
sofreu um dano além da possibilidade de recuperação.
Clínicas:
Costumam
sentir uma dor aguda, acentuada após estímulos térmicos e a dor continua após
cessado o estimulo, a dor pode ser espontânea ou continua, e ser exacerbada
quando o individuo se abaixa. O dente responde ao teste pulpar elétrico em
níveis mais baixos de corrente.
Histopatológicas:
Demonstra
congestão das vênulas, que resulta em necrose focal. Esta zona de necrose
contem leucócitos polimorfonucleares e histiócitos. O tecido pulpar
circunjacente exibe fibrose e uma mescla de plasmócitos, linfócitos e
histiócitos.
Tratamento
e prognóstico:
Tratadas
por extração ou por tratamento endodôntico.
→ Alterações inflamatórias propriamente ditas (irreversível)
- PULPITE AGUDA SEROSA
A condução de estímulo sensorial da polpa para o
córtex cerebral se dá por fibras nervosas A Delta mielinizadas o que leva do
ponto de vista prático-clinico ao reconhecimento específico e pontual do dente
comprometido pela pulpite.
É o estágio mais inicial da pulpite aguda,
caracterizada por fenômenos vasculares e formação de exsudato seroso.
Histopatológicas:
Caracteriza-se pela presença de congestão, edema,
infiltração moderada de neutrófilos, e pode apresentar também desorganização da
camada odontoblástica próxima a área envolvida.
2. PULPITE
AGUDA PURULENTA
Evolução
do quadro seroso, pelo fato de ocorrer destruição de tecido pulpar em
decorrência do processo purulento as fibras nervosas que conduzem o estímulo ao
córtex cerebral são fibras amielinícas de tipo C, que diferentemente da fibra a
delta conduz o estimulo lentamente e passa por vários processos de modulação no
caminho o que leva a um padrão de dor de reconhecimento de fuso, às vezes
paradoxal.
É uma
forma de inflamação aguda caracterizada pela formação de áreas de abscesso na
polpa dental.
Histopatológicas:
A
pulpite aguda é caracterizada pela predominância de polimorfonucleares no
exsudato. São observados também destruições localizadas e formação de
microabscessos contendo pus.
3.
PULPITE CRÔNICA
ULCERATIVA
Caracteriza-se
pelo quadro de uma inflamação crônica, com exposição pulpar ulcerada. Pode ser
observada infiltração da polpa dental com células redondas mononucleares,
capilares dilatados e fibras colágenas quase sempre reunidas em feixes. Por
vezes encontra-se microabscessos circundados por uma parede de tecido
conjuntivo fibroso.
4.
PULPITE CRÔNICA
HIPERPLÁSICA
Uma inflamação pulpar com um padrão único. Também
denominada de pólipo pulpar, caracteriza-se pela intensa proliferação de tecido
cronicamente inflamado, em polpa exposta dotada de alta resistência.
Histopatológicas:
Apresenta
uma cobertura de tecido de granulação inflamado subagudo, que lembra o observado
no granuloma piogênico. A superfície do pólipo pode ou não ser coberta por
epitélio pavimentoso estratificado, que migra de gengiva adjacente ou se
origina do epitélio descamado contido nos fluídos orais. O tecido pulpar
profundo apresenta um infiltrado inflamatório crônico.
A
pulpite aguda pode levar a necrose por dois motivos:
·
A polpa estar circundada por tecido morto (esmalte);
·
A vascularização ser terminal levando a necrose do tecido.
·
NECROSE
PULPAR
A necrose pulpar é o resultado final das alterações
inflamatórias da polpa dental.
Coagulação,
Gangrena que é a necrose de coagulação pelo tecido devido ao colapso
circulatório e liquefação que é a necrose úmida, a polpa é liquefada.
Os
produtos finais da necrose pulpar (gases, amônia, indol, cadeverina) associados
ou não a produtos bacterianos...
PERICEMENTITE
Refere-se à massa de tecido de granulação
cronicamente inflamado, no ápice de um dente desvitalizado.
Clínicas
A maioria dos granulomas periapicais é
assintomática, mas pode desenvolver dor ou sensibilidade se ocorrer uma
exacerbação aguda. O dente envolvido não apresenta mobilidade ou sensibilidade
significativa à percussão. O tecido mole que recobre a região periapical pode
ou não estar sensível. O dente não responde aos testes pulpares térmicos ou
elétricos, a menos que a necrose pulpar esteja relacionada a um único canal em
um dente multiradicular.
Radiográficas
Observa-se
uma radiotransparência de tamanho variável, e o dente afetado mostra a perda da
lamina dura apical. A lesão pode ser bem delimitada ou mal definida. O tamanho
é variável, ocorrendo lesões pequenas, pouco perceptíveis.
Histopatológicas
Consistem em tecido de granulação inflamado,
circundado por uma capsula de tecido conjuntivo fibroso. O tecido de granulação
apresenta infiltrado linfocitico denso variável, freqüentemente associado a
neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e, menos freqüentemente, mastócitos e
eosinófilos.
Os
restos epiteliais de Malassez podem ser identificados no tecido de granulação.
Coleções de cristais de colesterol com células gigantes multinucleadas
associadas e áreas de extravasamento de hemácias com pigmentação por
hemossiderina podem estar presentes.
Tratamento
e prognóstico
As lesões inflamatórias apicais resultam da
presença de bactérias ou de seus produtos tóxicos no canal radicular, nos
tecidos apicais ou em ambos. O sucesso do tratamento centraliza-se na redução e
eliminação dos microorganismos agressores. Se o dente puder ser mantido, o
tratamento endodôntico deverá ser executado. Os elementos sem possibilidades
restauradores devem ser extraídos, seguido pela curetagem de todo o tecido mole
apical.
Os
osteoclastos são ativados pelos linfócitos T CD4 levando ao processo
inflamatório crônico levando ao granuloma.
→Por que o abscesso cronifica?
Por alguma intervenção com medicamento diminuindo a
concentração de bactérias e levando a granuloma.
→ Do que é composto o granuloma apical?
Linfócitos, plasmócitos, macrófagos, fibroblastos,
fibras colágenas capilares e restos epiteliais de Malassez...
CONCEITO
DE CISTO
É uma
cavidade patológica revestida por epitélio contendo em seu interior substância
líquida ou semi-sólida.
O cisto
é precedido pelo granuloma.
O cisto
baía é o cisto que está ligado à extremidade apical do dente.
CISTO
PERIAPICAL (CISTO RADICULAR; CISTO PERIODONTAL APICAL)
O
epitélio do ápice de um dente necrosado presumivelmente pode ser estimulado
pela inflamação para formar um cisto verdadeiramente revestido por epitélio, ou
cisto periapical. A resposta inflamatória parece aumentar a produção do fator
de crescimento de ceratinócitos pelas células do estroma periodontal, levando
ao aumento de proliferação do epitélio sadio na região. A fonte epitelial é
comumente os restos epiteliais de Malassez, mas também pode ser relacionada ao
epitélio crevicular, ao revestimento sinusial, ou ao revestimento epitelial dos
trajetos fistulosos.
Os cistos periapicais são caracterizados por uma
cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestido por epitélio com um lúmen contendo
líquido e restos celulares. Teoricamente, à medida que o epitélio se descama
para o interior do cisto, aumento o conteúdo de proteína. O líquido entra no
lúmen, na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, e ocorre um crescimento
lento.
Características
clínicas e radiográficas
·
Cistos
periapicais – não apresentam sintomas,
a menos que exista uma exacerbação inflamatória aguda. Além disso, se o cisto
atingir um tamanho grande pode ser observadas tumefação e sensibilidade leve.
Com o crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes
adjacentes. O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e elétrico.
Radiograficamente, é idêntico ao do granuloma periapical. Os cistos podem
desenvolver-se mesmo como radiotransparência periapicais pequenas, e o tamanho
radiográfico da lesão não pode ser utilizado para o diagnostico definitivo.
Observa-se perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente, e uma
radiotransparência arredondada circunda o ápice do dente.
·
Cisto radicular
lateral – apresenta-se como uma
radiotransparência discreta ao longo da porção lateral da raiz. A perda da
lâmina dura e uma fonte de inflamação óbvia podem não ser detectadas sem um
alto índice de suspeição.
·
Cisto
periapical residual – apresenta-se como uma radiotransparência
de forma circular a oval, de tamanho variável, no interior do processo alveolar
no sítio de uma extração prévia. Com o envelhecimento da lesão, a degeneração
dos constituintes celulares no lúmen leva ocasionalmente a calcificação distrófica
e a radiopacidade luminal central.
Características
histopatológicas
Os três
tipos de cistos inflamatórios são semelhantes. O cisto é revestido por epitélio
escamoso estratificado, o qual pode apresentar exocitose, espongiose ou
hiperplasia. O lúmen estará preenchido por líquido e células descamadas. Ocasionalmente, o revestimento epitelial pode
apresentar calcificações lineares ou em forma de arco, conhecidas como
corpúsculos de Rushton. Calcificações distróficas, cristais de colesterol com
células gigantes multinucleadas, hemácias e áreas de pigmentação por
hemossiderina podem estar presentes no lúmen, na cápsula ou em ambos. A capsula
do cisto consiste em tecido conjuntivo fibroso denso, muitas vezes com
infiltrado inflamatório contendo linfócitos variáveis, mesclados com
neutrófilos, plasmócitos, histiócitos e, raramente, mastócitos e eosinófilos.
Tratamento
e prognóstico
O cisto periapical é tratado da mesma maneira que o
granuloma periapical.
ABSCESSO
PERIAPICAL
É o acúmulo de células inflamatórias agudas no
ápice de um dente necrosado.
Características
clínicas e radiográficas
Os abscessos periapicais tornam-se sintomáticos à
medida que o material purulento se acumula no interior do alvéolo. Os estágios
iniciais produzem sensibilidade do dente afetado, muitas vezes aliviada pela
aplicação direta de pressão. Com a progressão, a dor torna-se mais intensa,
freqüentemente com sensibilidade extrema a percussão, extrusão do dente e
tumefação dos tecidos.
Radiograficamente,
os abscessos podem apresentar um espessamento do ligamento periodontal apical,
uma radiotransparência mal definida, ou ambos; mas, muitas vezes, não podem ser
observadas alterações apreciáveis, pois não houve tempo suficiente para uma
destruição óssea significativa.
Características
histopatológicas
Espécimes de biópsia de abscessos puros são
incomuns, pois o material está em forma líquida. Os abscessos consistem num mar
de leucócitos polimorfonucleares, freqüentemente mesclado com exsudato
inflamatório, descamação celular, material necrótico, colônias bacterianas ou
histiócitos.
Tratamento
e prognóstico
O tratamento do paciente com um abscesso periapical
consiste na drenagem e eliminação do foco de infecção. Aqueles abscessos
associados à presença de um trato fistuloso patente podem ser assintomáticos,
mas, apesar disso, devem ser tratados.
Usualmente,
a parúlide cicatriza-se espontaneamente após a extração ou o tratamento
endodôntico do dente afetado.
PARÚLIDE: é uma abscedação gengival
CAPÍTULO
10
PATOLOGIA EPITELIAL
PAPILOMA
ESCAMOSO BUCAL
É uma proliferação benigna do epitélio escamoso
estratificado, que resulta em uma massa papilar ou verrucosa. A lesão é induzida
pelo papiloma vírus humana (HPV). Os subtipos virais 6 e 11 têm sido
identificados em até 50% dos papilomas orais, em comparação com menos de 5% das
células da mucosa normal. Tem sido sugerido um período de latência ou incubação
de 3 a 12 meses.
Características
clínicas
Os papilomas escamosos ocorrem com a mesma
freqüência em homens e mulheres.
Os
locais de predileção são a língua, lábios e palato mole, mas qualquer
superfície bucal pode ser afetada. Esta lesão é a mais comum das massas de
tecido mole que surgem na língua e no palato mole.
O
papiloma escamoso é o nódulo exofítico mole, indolor e geralmente pedunculado,
com numerosas projeções superficiais semelhantes a dedos, que lhe dão uma
aparência de “couve-flor” ou verruga. As projeções podem ser pontudas ou
rombudas, e a lesão pode ser branca, vermelho-clara, ou de cor normal,
dependendo da quantidade de ceratinização da superfície. Caracteristicamente, o
papiloma é solitário e aumenta rapidamente para o tamanho máximo de
aproximadamente 0,5cm.
Características
histopatológicas
É caracterizado por uma proliferação do epitélio
escamoso estratificado queratinizado, arranjado em projeções semelhantes a
dedos, com áreas centrais de tecido conjuntivo fibrovascular. Os centros de
tecido conjuntivo podem apresentar alterações inflamatórias, dependendo da
quantidade de trauma provocado pela lesão. A camada de ceratina é espessa em
lesões com uma aparência clínica mais branca, e o epitélio mostra tipicamente
um padrão de maturação normal. Ocasionalmente, os papilomas mostram hiperplasia
basilar e atividade mitótica, que podem ser confundidas com displasia epitelial
branda. Modificação coilocitica.
Tratamento
e prognóstico
A excisão cirúrgica conservadora, incluindo a base
da lesão, é o tratamento adequado para um paciente com papiloma escamoso, sendo
improvável a recorrência.
VERRUGA
VULGAR (VERRUGA COMUM)
É uma hiperplasia comum focal do epitélio escamoso estratificado,
benigno e induzido por vírus. Um ou mais papiloma vírus humanos (HPV)
associados, tipos 2, 4, 6 e 10, são encontrados em todos os casos. A verruga
vulgar é contagiosa e pode se espalhar para outras partes da pele ou das
membranas mucosas de uma pessoa por auto-inoculação.
Características
clínicas
É freqüentemente descoberta nas crianças, mas
algumas lesões podem aparecer até mesmo na meia-idade. A pele das mãos é o
local mais comum da infecção. Quando a mucosa bucal é envolvida, as lesões são
geralmente encontradas na borda do vermelhão do lábio, na mucosa labial ou na
região anterior da língua.
Tipicamente,
a verruga apresenta-se como pápula ou nódulo indolor, com projeções papilares
ou uma superfície rugosa granulada. Pode ser pedunculada ou séssil. As lesões
cutâneas podem ser de coloração rosa, amarela ou branca.
Características
histopatológicas
É caracterizada pela proliferação do epitélio
escamoso estratificado hiperceratótico organizado em projeções pontiagudas ou
semelhantes a dedos, com áreas centrais de tecido conjuntivo. Cristas
epiteliais alongadas tendem a convergir para o centro da lesão, formando uma
depressão em forma de xícara, produzindo um efeito de “escavação”. Uma camada
de células granulares bem evidentes (hipergranulose) apresenta grânulos de
cerato-hialina grosseiros. Freqüentemente são observados coilócitos abundantes
na superfície da camada espinhosa.
Os coilócitos são células epiteliais alteradas pelo
HPV, com espaços perinucleares claros e núcleos pequenos e intensamente corados
(picnose).
Tratamento
e prognóstico
Geralmente, as lesões bucais são excisadas
cirurgicamente ou podem ser destruídas por laser, crioterapia ou
eletrocirurgia.
CONDILOMA
ACUMINADO (VERRUGA VENÉREA)
É uma
proliferação do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal,
boca e laringe induzida por vírus. Geralmente, são detectados na lesão um ou
mais dos tipos 2, 6, 11, 53 e 54 de HPV. Entretanto, também são encontrados com
freqüência os tipos de alto risco 16 e 18, especialmente nas lesões
anogenitais.
Período
de incubação é de um a três meses a partir do contato sexual.
Características
clínicas
Diagnosticadas em adolescentes e adultos jovens,
mas pessoas de todas as idades são suscetíveis. As lesões bucais ocorrem, com
mais freqüência, na mucosa labial, palato mole e freio lingual. O condiloma
típico apresenta-se como uma massa exofítica, séssil, rósea, firme e bem
demarcada, com projeções superficiais rombudas e curtas. Os condilomas tendem a
ser maiores que os papilomas e estão caracteristicamente aglutinados a outros
condilomas.
Características
histopatológicas
O condiloma acuminado aparece com uma proliferação
benigna de epitélio escamoso estratificado acantótico, com projeções papilares
superficiais levemente ceratóticas. Núcleos delgados de tecido conjuntivo
apóiam as projeções epiteliais papilares, mais embotadas e largas que as do
papiloma escamoso e da verruga vulgar, dando-lhes uma aparência de criptas
cheias de ceratina entre as proeminências.
O
epitélio de revestimento é maduro e diferenciado, mas as células espinhosas
muitas vezes mostram núcleos picnóticos circundados por zonas claras
(coilócitos), um aspecto microscópico de infecção pelo HPV.
Tratamento
e prognóstico
Os
condilomas orais são normalmente tratados por excisão cirúrgica conservadora. A
ablação a laser também tem sido usada, mas este tratamento tem sido questionado
pela sua capacidade de espalhar o HPV transportado pelo ar através de
microgotas aerossolizadas, criadas pela vaporização do tecido lesional.
MÁCULA
MELANÓTICA BUCAL (MELANOSE FOCAL)
É uma
pigmentação plana e marrom da mucosa produzida pelo aumento localizado na
deposição da melanina e, possivelmente, do número de melanócitos. A causa não
foi esclarecida. Não depende da exposição ao sol.
Características
clínicas
Ocorre
em qualquer idade, tanto em homens quanto em mulheres; A zona do vermelhão do
lábio inferior é o local mais comum de ocorrência (33%), seguida pela mucosa
jugal, gengiva e palato.
A lesão
típica aparece como uma mácula oval ou redonda, assintomática, uniformemente
amarelo-acastanhada ou marrom-escura, bem demarcada e solitária (17% são
múltiplas).
Características
histopatológicas
É
caracterizada por um aumento da quantidade de melanina (e talvez de
melanócitos) nas camadas basais e parabasal de um epitélio escamoso
estratificado que não apresenta outros aspectos de anormalidade.
Tratamento
e prognóstico
Nenhum tratamento é necessário para a mácula
melanótica, a não ser por considerações estéticas. Quando necessário, a biópsia
excisional é o tratamento de escolha.
LEUCOPLASIA
(LEUCOCERATOSE; ERITROLEUCOPLASIA)
OMS como “uma placa ou mancha branca que não pode
ser caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer outra doença”.
Apesar de a leucoplasia não estar associada a um diagnóstico histopatológico
especifico, ela é caracteristicamente considerada uma lesão pré-cancerígena ou
pré-maligna.
Etiologia
A causa
da leucoplasia permanece desconhecida, posto que existam hipóteses:
- Tabaco:
hábito de fumar tabaco parece ser a maior associação com o desenvolvimento da
leucoplasia.
- Álcool:
parece ter um forte efeito sinérgico com o tabaco com relação a produção do
câncer bucal, não tem sido associado à leucoplasia.
- Sanguinária:
Pessoas que usam cremes dentais ou colutórios contendo extratos da erva
sanguinária podem desenvolver uma leucoplasia verdadeira.
- Radiação
ultravioleta: é aceito como fator etiológico para a leucoplasia do
vermelhão do lábio inferior, o que normalmente é associado com a queilose actínia.
- Microrganismos:
vários microrganismos têm sido implicados na etiologia da leucoplasia.
- Traumas:
várias lesões ceratóticas, que até recentemente foram vistas com variantes da
leucoplasia, agora não são consideradas pré-cancerosas.
Características
clínicas
Geralmente
ocorre em pessoas com mais de 40 anos de idade. A prevalência aumenta
rapidamente com a idade, especialmente para os homens.
Aproximadamente
70% das leucoplasias bucais são encontradas no vermelhão dos lábios, na mucosa
jugal e na gengiva.
Entretanto,
as lesões na língua, vermelhão dos lábios e assoalho da boca somam mais de 90%
daquelas que indicam displasia ou carcinoma.
As
lesões iniciais e brandas apresentam-se como placas cinza ou branco-acinzentadas
levemente elevadas, que podem parecer um pouco translúcidas, fissuradas ou
enrugadas, e são tipicamente moles e planas. Elas normalmente têm bordas
fortemente demarcadas, mas ocasionalmente se misturam gradualmente com a mucosa
normal.
LEUCOPLASIA DELGADA – ou branda, raramente
mostra displasia na biópsia, pode desaparecer ou permanecer imutável.
“fumantes” - A mucosa afetada pode tornar-se coriácea à palpação, e fissuras
podem se aprofundar e se tornar mais numerosas. Neste estágio ou fase, é chamada
de leucoplasia espessa ou homogênea. Algumas, talvez até um terço,
regridem ou desaparecem, e poucas tornam-se ainda mais graves, desenvolvem
irregularidades superficiais, e são, por isso chamadas leucoplasia nodular ou
granular.
LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA (LVP): é caracterizada pelo
desenvolvimento de diversas placas ceratóticas com projeções rugosas na
superfície. As múltiplas placas da LVP tendem a se espalhar lentamente e
envolver vários locais da mucosa bucal. Embora as lesões tipicamente comecem
como uma hiperceratose simples e plana, impossível de distinguir das lesões
leucoplásicas comuns, a LVP exibe um crescimento persistente, se tornando de
natureza exofítica e verrucosa.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Microscopicamente, é
caracterizada por uma camada de ceratina mais espessa no epitélio superficial
(hiperceratose) com ou sem uma camada espinhosa mais espessa (acantose).
Frequentemente, um infiltrado crônico de células inflamatórias é percebido no
tecido conjuntivo subjacente. A camada de ceratina pode consistir em
ortoceratina (hiperortoceratose), paraceratina (hiperparaceratose), ou uma
combinação de ambas.
Com a
paraceratina: não existe camada de células granulares e os núcleos epiteliais
ficam retidos na camada de ceratina.
Ortoceratina,
o epitélio apresenta uma camada de células granulares e os núcleos são perdidos
na camada de ceratina.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
O primeiro passo no tratamento é chegar a um
diagnóstico histopatológico definitivo. Além disso, a biópsia é obrigatória
para guiar o curso do tratamento.
A
remoção completa pode ser conseguida, com a mesma eficácia, por excisão
cirúrgica, eletrocautério, criocirurgia ou ablação a laser.
ERITROPLASIA
(ERITROPLAQUIA; ERITROPLASIA DE QUEYRAT)
É
definida como uma placa vermelha que não poder ser diagnosticada clínica ou
patologicamente como qualquer outra condição. Na boca, a eritroplasia é clínica
e histopatologicamente semelhante ao processo genital. Quase todas as
eritroplasias verdadeiras mostram displasia epitelial significativa, carcinoma
in situ ou carcinoma de células escamosas invasivo.
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
É predominantemente uma doença de homens mais
velhos, com um pico de prevalência aos 65-74 anos de idade. O assoalho da boca,
a língua e o palato mole são os locais mais comuns de envolvimento, e várias
lesões podem estar presentes.
A mucoso
alterada apresenta-se como uma mácula ou placa eritematosa bem demarcada, com
uma textura macia e aveludada. É normalmente assintomática e pode estar
associada a uma leucoplasia adjacente (eritroleucoplasia).
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Apresentam como displasia epitelial grave,
carcinoma in situ ou carcinoma de células escamosas superficialmente invasivo.
O epitélio mostra ausência de produção de ceratina, frequentemente é atrófico,
mas pode ser hiperplásico. Esta falta de ceratinização, especialmente quando
combinada com o adelgaçamento epitelial, permite a microvascularização
subjacente se mostre, daí a coloração vermelha. O tecido conjuntivo subjacente
apresenta inflamação crônica.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
É guiado pelo diagnóstico definitivo obtido por
biópsia. As lesões que exibem displasia moderada ou significativa devem ser
completamente removidas ou destruídas pelos métodos usados para a leucoplasia.
USO DE
TABACO SEM FUMAÇA E CERATOSE DO TABACO SEM FUMAÇA
(BOLSA DE
RAPÉ; LESÃO POR DEPOSIÇÃO DE RAPÉ; CERATOSE DA BOLSA DE TABACO; CERATOSE DE
CUSPO DE TABACO)
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
Uma
variedade de alterações locais na boca também é encontrada em usuários
crônicos. Umas das mudanças locais mais comum é a característica perda indolor
dos tecidos gengival e periodontal na região de contato com o tabaco. Esta
“recessão” gengival frequentemente inclui a destruição da superfície vestibular
do osso alveolar e se correlaciona com a quantidade de uso diário e a duração
do hábito de tabaco sem fumaça.
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Não é
específica. O epitélio escamoso é hiperceratinizado e acantótico, com ou sem
vacuolização intracelular ou “edema” de células superficiais ricas em
glicogênio. Paraceratina em forma de V pode ser observada como projeções
pontudas sobre ou dentro das camadas do epitélio de superfície. Aumento da
vascularização subepitelial e ingurgitamento dos vaso.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
O tratamento dependerá do diagnóstico
histopatológico. Sem evidência microscópica de displasia ou malignidade, as
ceratose não são tratadas.
CERATOSE
ACTÍNICA (CERATOSE SOLAR)
É uma
lesão cutânea pré-maligna comum, causada pela radiação ultravioleta cumulativa
na pele exposta ao sol, especialmente nas pessoas de pele clara. A exposição à
luz ultravioleta pode produzir mutações no gene supressor de tumor p53, uma
alteração encontrada frequentemente nesta e em outras lesões pré-cancerígenas e
no câncer da região de cabeça e pescoço.
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
É encontrada nas pessoas com menos de 40 anos de
idade. A face e o pescoço, o dorso das mãos, os antebraços e o couro cabeludo
de homens carecas são os locais mais comuns de ocorrência. As lesões
individuais são placas escamosas irregulares, que variam em cor desde normal
até branca, cinza ou marrom, e podem se sobrepor a um fundo eritematoso. A
descamação ceratótica ocorre em graus variáveis.
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
É caracterizada por hiperparaceratose e acantose.
Cristas epiteliais em forma de gota comumente se estendem para baixo do
epitélio; por definição, algum grau de displasia epitelial está presente.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
Seja
destruída pela crioterapia com nitrogênio líquido, aplicação tópica de
5-fluorouracil, curetagem, eletrodessecação ou excisão cirúrgica.
CARCINOMA
DE CÉLULAS ESCAMOSAS
A causa do carcinoma de células escamosas é
multifocal. Não há um agente ou fator causador (carcinógeno) isolado,
claramente definido ou aceito, mas tanto fatores extrínsecos quanto intrínsecos
podem estar em atividade. É provável que mais de um fator seja necessário para
produzir a malignidade (co-carcinogênese). Os fatores extrínsecos incluem os
agentes externos, como o fumo de tabaco, álcool, sífilis e (apenas para o
câncer do vermelho do lábio) os raios solares.
Os
fatores intrínsecos incluem os estados sistêmicos ou generalizados, como a
destruição geral ou anemia por deficiência de ferro.
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
São mais frequentemente, homens mais velhos que
perceberam alguma alteração em um local de câncer bucal por quatro a oito meses
antes de procurar ajuda profissional.
Há uma
dor mínima na fase inicial de crescimento, e isto pode justificar o atraso na
procura por cuidados médicos.
Os
carcinoma de células escamosas bucal tem uma apresentação clínica variada,
incluindo:
- Exofítica (formação de massa; fungiforme, papilar, verrucosa)
- Endofítica (invasiva, crateriforme, ulcerada)
- Leucoplásica (placa branca)
- Eritroplásica (placa vermelha)
- Eritroleucoplásica (placa combinada branco-vermelho)
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Origina-se
no epitélio displásico de superfície e caracteriza-se histopatologicamente por
ilhas e cordões invasivos de células epiteliais escamosas malignas.
A
invasão é caracterizada pela extensão irregular do epitélio da lesão através da
membrana basal para dentro do tecido conjuntivo subepitelial. Células escamosas
epiteliais e ninhos ou ilhas de células são observados crescendo como entidades
independentes dentro do tecido conjuntivo sem ligação com o epitélio de
superfície. Células invasoras e massas de células podem se estender
profundamente para o tecido adiposo subjacente, para o músculo ou para o osso,
destruindo o tecido original conforme progridem na invasão. As células da lesão
podem destruir vasos sanguíneos e invadir o lúmen de veias ou vasos linfáticos.
O
produto normal do epitélio escamoso é a ceratina, e pérolas de ceratina (áreas
focais redondas de células ceratinizadas em camadas concêntricas) podem ser
produzidas dentro do epitélio lesional.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
Os carcinomas do vermelhão do lábio são tratados
por excisão cirúrgica, caracteristicamente uma ressecção em cunha.
O
tratamento do carcinoma de células escamosas intra-oral é guiado pelo estágio
clínico da doença e consiste em ampla (radical) excisão cirúrgica,
radioterapia, ou uma combinação de cirurgia e radioterapia.
CARCINO
VERRUCOSO
(CÂNCER
POR DEPOSIÇÃO DE RAPÉ; TUMOR DE ACKERMAN)
É uma
variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas bucal.
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
É encontrado predominantemente em homens com mais
de 55 anos de idade. Os locais mais
comuns de envolvimento da mucosa bucal são o vestíbulo mandibular, a mucosa
jugal e o palato duro.
A lesão
aparece como uma placa espessa, difusa, bem demarcada e indolor, com projeções
superficiais papilares ou verrucosas. As lesões são tipicamente brancas, mas
também podem parecer eritematosas ou róseas.
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Tem uma aparência microscópica enganosamente
benigna. É caracterizado por cristas epiteliais largas e alongadas, que parecem
“empurrar” para dentro do tecido conjuntivo subjacente. As lesões normalmente
apresentam produção abundante de ceratina (geralmente paraceratina) e uma superfície
papilar ou verrucosa. A paraceratina comumente preenche as numerosas fendas e
criptas (tampão de paraceratina) entre as projeções superficiais. Tais
projeções podem ser longas e pontiagudas ou curtas e rombudas. As células
epiteliais tumorais geralmente mostram um padrão de maturação normal sem grau
significativo de atipia celular. Frequentemente, há intenso infiltrado crônico
de células inflamatórias no tecido conjuntivo subjacente.
O
diagnostico histopatológico do carcinoma verrucoso requer uma biopsia
incisional adequada.
TRATAMENTO
E PROGNÓSTICO
O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica sem
dissecção radical do pescoço.
CAPITULO
15
CISTOS
E TUMORES ODONTOGÊNICOS
CISTOS ODONTOGÊNICOS
A maioria dos cistos dos
maxilares são limitados por epitélio que se origina do epitélio odontogênico.
Estes cistos são denominados cistos odontogênicos.
Cisto de desenvolvimento - são de origem desconhecida, mas não parecem
ser resultantes de uma reação inflamatória;
Cisto inflamatória – resultam de inflamação.
CISTO DENTÍGERO (CISTO FOLICULAR)
É
definido como um cisto que se origina pela separação do folículo da coroa de um
dente incluso. É o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento,
compreendendo cerca de 20% de todos os cistos epiteliais dos maxilares.
O cisto
dentígero envolve a coroa de um dente incluso e está unido ao dente na junção
esmalte-cemento. Ele desenvolve-se pelo acúmulo de líquido entre o epitélio
reduzido do esmalte e a coroa do dente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
Embora
os cistos dentígeros possam estar associados com qualquer dente incluso, mais
frequentemente eles envolvem os terceiros molares inferiores. Outros locais são
os caninos superiores, terceiros molares superiores e segundos pré-molares
inferiores. Ocasionalmente, estão associados com dentes supranumerários ou
odontomas.
Radiograficamente,
o cisto dentígero apresenta-se como uma lesão radiotransparente unilocular
associada à coroa de um dente incluso. Comumente, a área radiotransparante tem
uma margem bem definida e muitas vezes esclerótica, porém um cisto infectado
poderá mostrar limites maldefinidos. Um cisto dentígero grande pode dar a
impressão de um processo multilocular devido à persistência de trabéculas
ósseas na área radiotransparente.
A
relação cisto-coroa mostra variações radiográficas.
- Variante central – o cisto circunda a coroa do dente que está
projetada para dentro do cisto.
- Variante lateral – está comumente associada com um terceiro molar
inferior com impactação mesioangular e parcialmente erupcionado. O cisto
cresce lateralmente ao longo da superfície radicular e circunda
parcialmente a coroa,
- variante circunferencial – o cisto circunda a coroa e se estende
por alguma distância ao longo da raiz, de tal forma que uma parte da raiz
parece estar dentro do cisto.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Cisto dentígero não-inflamado – a cápsula de tecido
conjuntivo fibroso é arranjada frouxamente e a substância fundamental contém
quantidade considerável de glicosaminoglicanos. Pequenas ilhas e cordões de
restos de epitélio odontogênico aparentemente inativos podem estar presentes na
cápsula fibrosa. O revestimento epitelial consiste em duas a quatro camadas de
células achatadas não-ceratinizadas, e a interface entre o epitélio e o tecido
conjuntivo é plana.
Cisto dentígero inflamado – a cápsula fibrosa é mais
colagenizada e o infiltrado crônico de células inflamatórias é variável. O
limitante epitelial pode mostrar quantidade variável de hiperplasia com
desenvolvimento de projeções epiteliais e aspecto escamoso mais definido.
Algumas vezes, é observada uma superfície ceratinizada.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O tratamento usual para o cisto dentígero é a
cuidadosa enucleação do cisto e remoção do dente incluso associado. Se a
erupção do dente envolvido é considerada viável, o dente pode ser mantido no
local após a remoção parcial da parede do cisto. Os pacientes podem necessitar
de tratamento ortodôntico para assegura a erupção do dente incluso.
CISTO DE ERUPÇÃO (HEMATOMA DE ERUPÇÃO)
É o análogo do cisto
dentígero no tecido mole. Desenvolve-se como resultado da separação do folículo
dentário que envolve a coroa de um dente em erupção que está dentro dos tecidos
moles sobre o osso alveolar.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
É uma tumefação mole,
muitas vezes translúcida na mucosa gengival, recobrindo a coroa de um dente
decíduo ou permanente em erupção. A lesão está mais comumente associada com os
primeiros molares permanentes e incisivos superiores.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
No exame
microscópico, observa-se o epitélio bucal de superfície na parte superior. Na
lâmina própria subjacente, há um infiltrado variável de células inflamatórias.
O revestimento do cisto, na porção mais profunda do material, é formado por uma
camada fina de epitélio escamoso não-ceratinizado.
CERATOCISTO
ODONTOGÊNICO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
Podem ser encontrados em
pacientes com idade variável, da criança ao adulto idoso.
Os
ceratocistos odontogênicos tendem a crescer no sentido ântero-posterior, pelos
espaços medulares do osso, sem causar expansão óssea evidente.
Os
ceratocistos odontogênicos apresentam área radiotransparente bem definida com
margens regulares e frequentemente na região posterior do corpo mandibular e
ramo ascendente da mandíbula, podem se apresentar multiloculadas.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Apresenta uma cápsula
fina e friável, que muitas vezes é difícil de ser enucleada do osso sem se
fragmentar. A luz do cisto pode conter um líquido claro, semelhante ao
transudato do plasma, ou pode estar preenchida com um material caseoso,
semelhante a queijo, que ao exame microscópico consiste em restos de ceratina.
Microscopicamente,
a parede fibrosa fina mostra-se sem qualquer infiltrado inflamatório. O
limitante epitelial é constituído de uma camada uniforme de epitélio escamoso
estratificado, comumente com seis a oito células de espessura. A
junção-epitélio conjuntiva frequentemente é plana, sendo a formação de
projeções epiteliais imperceptível. A superfície luminal possui células epiteliais
paraceratinizadas achatadas, que apresentam aparência corrugada ou ondulada. A
camada basal é composta de uma camada células epiteliais colunares ou cúbicas,
dispostas em paliçada, muitas vezes hipercromáticas. Ilhas, cordões ou pequenos
cistos-satélites podem ser vistos na cápsula fibrosa.
CISTO GENGIVAL
(ALVEOLAR) DO RECÉM-NASCIDO
São pequenos cistos
superficiais contendo ceratina, encontrados na mucosa alveolar de
recém-nascidos. Se originam de remanescentes da lâmina dentária. São lesões comuns.
Entretanto, como desaparecem espontaneamente por seu rompimento na cavidade
oral, raramente são notadas ou removidas para biópsia.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Aparecem
como pápulas esbranquiçadas, frequentemente múltiplas, na mucosa de
reconhecimento dos processos alveolares de recém-nascidos.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
mostra
um limitante epitelial fino e plano, com superficie paraceratinizada. A luz
contém fragmentos de ceratina.
CISTO GENGIVAL
DO ADULTO
É uma
lesão incomum. Considerado a contraparte dos tecidos moles do cisto periodontal
lateral, ele é derivado de restos da lâmina dentária (restos de Serres). Em
raras ocasiões, o cisto pode desenvolver-se na gengiva no local de um enxerto
gengival; entretanto, tais lesões provavelmente constituem cisto de inclusão
epitelial que resultam de procedimentos cirúrgicos.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Mostra
acentuada predileção para ocorrer na região do canino e pré-molar
inferiores. São comumente encontrados em
pacientes na quinta e sexta décadas de vida, sendo quase sempre localizados na
mucosa alveolar ou gengival vestibulares.
Clinicamente,
os cistos aparecem como tumefações indolores semelhantes a uma cúpula, muitas
vezes, são azulados ou azul-acinzentados. Algumas vezes, o cisto pode causar
uma reabsorção superficial “em taça” do osso alveolar, a qual não costuma ser
detectada na radiografia.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Um limitante epitelial
fino e plano, com ou sem placas localizadas que contêm células claras. Pequenos
ninhos dessas células claras ricas em glicogênio, que constituem restos da
lâmina dentária, também podem ser observados circundando o tecido conjuntivo.
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
Responde bem à simples excisão cirúrgica.
CISTO
PERIODONTAL LATERAL
(CISTO
ODONTOGÊNICO BOTRÍÓIDE)
É um
tipo incomum de cisto odontogênico de desenvolvimento que, caracteristicamente,
ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RDIOGRÁFICAS
É uma lesão
assintomática, detectada somente durante um exame radiográfico.
Radiograficamente,
o cisto apresenta-se como uma área radiotransparente bem circunscrita,
localizada lateralmente à raiz ou raízes de um dente com vitalidade.
Ocasionalmente,
a lesão pode ter uma aparência policística;
macroscópica e microscopicamente, apresentam-se como pequenos cistos com
aspecto semelhante a um cacho de uvas. Possivelmente resultado de degeneração
cística e subsequente fusão de focos adjacentes de restos da lâmina dentária.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Tem uma
cápsula fibrosa fina, geralmente não-inflamado, revestida por epitélio com
espessura de apenas uma a três células na maioria das regiões. Geralmente este
epitélio consiste em células escamosas achatadas, mas às vezes as células são
cuboidais. Focos de células claras,
ricas em glicogênio, podem ser observados, entremeados com as células
epiteliais limitantes. Alguns cistos mostram espessamentos nodulares do
limitante epitelial, compostos principalmente de células claras.
TUMORES
ODONTOGÊNICOS
AMELOBLASTOMA
É o tumor
odontogênico de maior significado clínico.
São tumores que se originam do epitélio odontogênico. Teoricamente,
podem-se originar de remanescentes da lâmina dentária, do órgão do esmalte em
desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogênico ou das
células da camada basal da mucosa bucal. Os ameloblastomas são tumores de
crescimento lento, localmente invasivos, que têm um curso benigno na maioria
dos casos.
AMELOBLASTOMA INTRA-ÓSSEO MULTICÍSTICO OU
SÓLIDO CONVENCIONAL
Ocorrem na mandíbula ,
mais frequentemente na região dos molares e do ramo ascendente. Cerca de 15%
dos ameloblastomas ocorrem na maxila, geralmente nas regiões posteriores.
Frequentemente, o tumor é assintomático, e lesões menores apenas são detectadas
durante um exame radiográfico. A tumefação indolor ou a expansão do maxilar são
manifestações clínicas comuns. Se não tratada, a lesão poderá crescer
lentamente, formando massas ou atingindo proporções grotescas. A dor e a
parestesia são incomuns, mesmo em tumores grandes.
O
aspecto radiográfico mais característico é uma lesão radiotransparente
multilocular. (bolhas de sabão). Loculações radiotransparentes são pequenas
“favo de mel”.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Degeneração cística.
Padrão
folicular: é o mais comum e reconhecível.
Padrão
plexifome:
consiste em longos cordões ou placas de epitélio odontogênico anastomosados. Os
cordões ou placas de epitélio são circundados por células colunares ou cúbicas
semelhantes a ameloblastos, envolvendo epiteliais arranjadas mais frouxamente.
Padrão
acantomatosa: quando ocorre uma extensa metaplasia escamosa, muitas vezes associada
com formação de ceratina, nas porções centrais das ilhas epiteliais de um
ameloblastoma folicular.
Padrão de
células granulares: podem algumas vezes mostrar transformação de grupos de células
epiteliais em células granulares.
Padrão
desmoplásico: contém pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico em um estroma
densamente colagenizado.
Padrão de
células basais: a variante é o tipo mais comum. As lesões são constituídas de ninhos de
células basais uniformes, histopatologicamente muito semelhantes ao carcinoma
de células basais da pele.
AMELOBLASTOMA
UNICISTICO
Média de idade 23 anos. 90% são encontrados na mandíbula,
freqüentemente na região posterior. A lesão assintomática, embora lesões
grandes possam causar tumefação dolorosa nos maxilares. A lesão aparece
caracteristicamente como uma área radiotransparente que circunda a coroa de um
terceiro molar inferior incluso, que lembra clinicamente um dentígero.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLOGICAS
Ameloblastoma luminal – confinado à superfície
luminal do cisto. A lesão consiste na parede fibrosa de um cisto com um
limitante constituído parcial ou totalmente de epitélio ameloblástico. Apresenta na camada basal de células cúbicas
ou colunares, com núcleos hipercromáticos que mostram polarização invertida e
vacuolização citoplasmática.
Ameloblastoma unicístico intraluminal – um
ou dois nódulos de ameloblastoma projetam-se do limitante cístico para a luz do
cisto.
Ameloblastoma unicístico mural – a
parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico folicular ou
plexiforme.
AMELOBLASTOMA
PERIFÉRICO (EXTRA-ÓSSEO)
Origina-se de restos da lâmina dentaria abaixo da
mucosa bucal, ou de células epiteliais da camada basal do epitélio da mucosa.
CARACTERISTICAS
CLÍNICAS
Apresenta-se como uma lesão da mucosa alveolar ou
da gengiva, pedunculado ou séssil, não-ulcerada e indolor.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLOGICAS
Apresenta ilhas de epitélio ameloblástico que
ocupam a lâmina própria abaixo do epitélio da superfície.
TUMOR
ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE
10 e 19 anos de idade. Tem grande tendência para
ocorrer nas porções anteriores dos maxilares, sendo duas vezes mais comum na
região anterior da maxila do que da mandíbula.
São
relativamente pequenos. São lesões que se apresentam como pequenas massas
sésseis na região vestibular da gengiva, na maxila, e clinicamente não podem
ser diferenciadas de lesões fibrosas comum da gengiva. São assintomáticos.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLOGICAS
É uma lesão bem definida, frequentemente envolvida
por uma cápsula fibrosa espessa. Microscopicamente, o tumor é constituído de
células epiteliais fusiformes, que formam ninhos, cordões ou massas celulares,
num escasso estroma fibroso.
TUMORES
ODONTOGÊNICOS MISTOS
FIBROMA
AMELOBLÁSTICO
É
considerado como tumor misto verdadeiro, no qual os tecidos epitelial e
mesenquimal são neoplásicos. É um tumor incomum.
CARACTERISTICAS
CLINICAS E RADIOGRAFICAS
Tendem a ocorrer em mais jovens. Os fibromas
ameloblásticos pequenos são assintomáticos, os tumores maiores estão associados
com a tumefação nos maxilares. A localização mais comum é a região posterior da
mandíbula.
Radiograficamente,
observa-se uma lesão radiotransparente unilocular ou multilocular, tendendo as
lesões menores a se apresentarem como lesões uniloculares.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Apresenta-se como massa sólida de tecido mole, com
superfície externa lisa. Uma cápsula definida pode ou não estar presente. Microscopicamente,
o tumor é constituído de tecido mesenquimal rico em células, lembrando a papila
dentaria primitiva, junto com a proliferação de epitélio odontogênico. O
aspecto mais comum do epitélio consiste em cordões epiteliais estreitos e
longos, muitas vezes anastomosados.
ODONTOMA
São os tipos mais comuns de tumores odontogênicos.
São considerados mais como anomalias de desenvolvimento (hamartomas) do que
neoplasias verdadeiras.
Odontoma
composto – é formado por muitas estruturas pequenas semelhantes a dentes.
Odontoma
complexo - consiste em uma massa aglomerada
de esmalte e dentina.
CARACTERISTICAS
CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
Média de 14 anos.
São
totalmente assintomáticos. Caracteristicamente os odontomas são pequenos e
raramente excedem o tamanho de um dente na área onde estão localizados.
Ocorrem
com freqüência um pouco maior na maxila do que na mandíbula. Pode desenvolver
completamente nos tecidos moles gengivais.
Radiograficamente,
o odontoma composto apresenta-se como uma coleção de estruturas semelhantes ao
dente, de forma e tamanho variáveis, circundadas por uma estreira zona
radiotransparente. O odontoma complexo apresenta-se como uma massa calcificada,
com radiodensidade de estrutura dentária, envolvida, também, por uma estreita
margem radiotransparente.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLOGICAS
Consiste em várias formações que lembram pequenos
dentes unirradiculares no interior de uma matriz fibrosa frouxa.
TUMORES DO
ECTOMESÊNQUIMA ODONTOGÊNICO
FIBROMA ODONTOGÊNICO CENTRAL
é uma lesão incomum e,
algumas vezes controvertida.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
4 a 80 anos (média de 40
anos). Ocorrem na maxila, sendo a
maioria das lesões superiores localizadas anteriormente ao primeiro molar. Um
terço dos fibromas odontogênicos está associado com um dente incluso. Os
fibromas odontogênicos menores frequentemente são totalmente assintomáticos; as
lesões maiores podem estar associadas com uma expansão óssea localizada ou
abalamentos de dentes.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
Fibroma
odontogênico simples – é constituído de fibroblastos estrelados, muitas vezes arranjados entre
fibrilas colágenas finas e considerável quantidade de substância fundamental.
Pequenas concentrações de restos epiteliais odontogênicos podem ou não estar
presentes.
Fibroma
odontogênico central – tem um aspecto mais complexo, consiste em um tecido conjuntivo fibroso
medianamente celular, com fibras colágenas arranjadas em feixes entrelaçados.
Epitélio odontogênico, sob a forma de longos cordões ou ninhos isolados,
encontra-se espalhado na lesão e pode ser um componente significativo.
FIBROMA
ODONTOGÊNICO PERIFÉRICO
Ocorre
nos tecidos moles.
CARACTERISTICAS
CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
Apresenta-se como uma massa gengival firme,
frequentemente séssil, de crescimento lento, recoberta por um mucosa de
aparência normal. Freqüente na gengiva vestibular da mandíbula.
CARACTERISTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
O tumor consiste em feixes entrelaçados do tecido
conjuntivo fibroso celular, que pode estar entremeado com áreas de tecido
conjuntivo mixóide menos celular.
MIXOMA ODONTONGENICO
Originam-se
do ectomesênquima odontogênico.
CARACTERISTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS
O tumor pode ser
encontrado em quase todas as regiões dos maxilares, e a mandíbula é um pouco mais
afetada do que a maxila. As lesões menores podem ser assintomáticas, sendo
descobertas apenas durante um exame radiográfico. Lesões maiores muitas vezes
encontram-se associadas com uma expansão indolor do osso envolvido.
Radiograficamente,
o mixoma apresenta-se como uma lesão radiotransparente multilocular ou
unilocular, que pode deslocar ou causar reabsorção dos dentes na área do tumor.
A lesão radiotransparente ode conter finas trabéculas de osso.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
Microscopicamente, o
tumor é constituído de células redondas e fusiformes com arranjo estrelado,
dispostas em um abundante estroma mixóide frouxo,que contém apenas umas poucas
fibrilas colágenas.
Substância
fundamental é constituída de glicosaminoglicanos, principalmente ácido
hialurônico e sulfato de condroitina. Pequenas ilhas de restos epiteliais
odontogênicos aparentemente inativos.
Tratamento e prognóstico
Os
mixomas pequenos são geralmente tratados por curetagem, mas a reavaliação
periódica cuidadosa é necessária, pelo menos por cinco anos. Para as lesões
maiores, pode ser necessária uma ressecção mais extensa, porque os mixomas não
são encapsulados e tendem a infiltrar o osso circunjacente. A remoção completa
de um tumor grande pela curetagem é muito difícil de ser feita, e as lesões da
região posterior da maxila, em particular, devem ser tratadas mais
agressivamente na maioria dos casos.
CEMENTOBLASTOMA (CEMENTOMA VERDADEIRO)
um tumor odontogênico.
É um
neoplasma odontogênico de
cementoblastos.
Características clínicas e Radiográficas
Mais de 75% surgem na
mandíbula, com 90% surgindo na região de molares e de pré-molares. Quase 50%
envolvem o primeiro molar permanente. Os cementoblastomas raramente afetam
dentes decíduos. Dor e tumefação estão presentes em aproximadamente dois terços
dos pacientes afetados.
Radiograficamente,
o tumor aparece como uma massa radiopaca que se funde à raiz de um ou mais
dentes e é circundado por um halo radiotransparente fino. O contorno externo da
raiz ou raízes dos dentes envolvidos normalmente é perdido devido à reabsorção
da raiz e fusão do tumor com o dente.
Características histopatológicas
A apresentação
histopatológica do cementoblastoma se assemelha intimamente à do osteoblastoma,
com a característica diferencial primária sendo a fusão do tumor consiste em
lençóis e trabéculas espessas de material mineralizado com lacunas dispostas
irregularmente e linhas reversas basofílicas proeminentes. Tecido fibrovascular
celular está presente entre as trabéculas mineralizadas. Células gigantes
multinucleadas estão frequentemente presentes, e as trabéculas mineralizadas
são geralmente revestidas por células semelhantes a blastos. A periferia da
lesão , correspondente à zona radiotransparente observada na radiografia, é
composta de matriz não calcificada que frequentemente é organizada em colunas
radiantes.
Tratamento e prognóstico
O
tratamento de um cementoblastoma normalmente consiste em extração cirúrgica do
dente junto com a massa calcificada aderida.
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