quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DENTISTICA I



                                                 DENTISTICA  I
1)- CITE A DIREFERENÇA ENTRE A UNIÃO E  ADESÃO?
R- É QUE ENTRE A RESINA E A DENTINA OCORRE A UNIÃO E NÃO ADESÃO E QUEM PROMEVE ISSO É O ADEVISO.
2)- EXPLIQUE O QUE É BIS-GMA E TEGMA?
R- SÃO OS TIPOS DE MONÔMEROS PRESENTES NOS COMPÓSITOS RESINOSOS, E TAMBÉM NOS ADESIVOS NAS RESINAS.
3)- QUAL É A FORMA DE UNIÃO ENTRE O ADESIVO E A CAMADA HÍDRIDA?
R- É O EMBRICAMENTO MICROMECÂNICO.
4)- QUAL É A FORMA DE UNIÃO DO ADESIVO?
R- O ADESIVO VAI SE UNIR COM A DENTINA ATRAVÉS DE UM EMBRICAMENTO MICROMECÂNICO.
5)- PORQUE O ADESIVO PRECISA SER POLIMERIZADO?
R- PORQUE ELE TEM UM TRAÇO CHAMADO CANFOROQUINONA QUE FICA EXCITADO COM O EXPECTATIVA DA LUZ DO FOTOPOLIMERIZADOR.
6)- O QUE É BISEL?
R- BISEL É A REMOÇÃO DO ÂNGULO AGUDO CAVOSUPERFICIAL TORNANDO O LIMITE DA RESTAURAÇÃO MAIS IMPERCEPTÍVEL.
7)- QUAL A DIFERENÇA RESINA E O ADESIVO?
R- A DIFERENÇA É QUE O ADESIVO VAI TER ÁGUA, ALCOOL, ACETONA QUE VAI DEIXAR ELE MAIS DILUÍDO, ENTÃO DEVIDO ESSA SEMELHANÇA MOLECULAR ENTRE ELES VAI OCORRER   ADESÃO ELES VÃO SE UNIR MOLECULARMENTE.
8)- EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRE PROTEÇÃO PULPAR DIRETA E A INDIRETA?
R- PROTEÇÃO DIRETAà SOBRE A POLPA- CAPEAMENTOà LAVA COM ÁGUA DE CAL PARA DIMINUIR O SANGRAMENTO.
R- PROTEÇÃO INDIRETAà SEM EXPOSIÇÃO POLPAà TRATAMENTO EXPECTANTE, PRÓXIMO DE EXPOR A POLPA MAS TEM QUE TER RESPOSTA VITAL DA MESMA.
9)- EXPLIQUE O QUE O FATOR C?
R- O FATOR C É DESCRITO COMO SENDO A RAZÃO ENTRE A ÁREA DE SUPERFÍCIES ADERIDAS E A ÁREA DE SUPERFÍCIES LIVRES, DETERMINANDO DESTA MANEIRA A RELAÇÃO ENTRE A FORMA DO PREPARO CAVITÁRIO E A CAPACIDADE DE ALÍVIO DAS TENSÕES PROVENIENTES DA CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO.

OCLUSÃO IDEAL



OCLUSÃO IDEAL

Vamos falar hoje sobre oclusão ideal.
Oclusão individual dinâmica: Esse conceito foi desenvolvido em 1970 e falava que cada indivíduo tem sua oclusão, e ela vai sendo transformada ao longo da vida desse paciente. Então hoje se eu falo em oclusão dinâmica. Dinâmica, movimento individual de cada indivíduo, aí eu vou falar sobre o que seria uma oclusão ideal, seria aí com todos dos toques ideais, todos os movimentos ideais. Na pra prática vocês vão ver que quase ninguém é assim. Vai ser preciso usar aparelho, vou ter que usar coroa, vou ter que ajustar? Não, cada um tem um tipo de oclusão e a grande parte de vocês não tem sintomatologia nenhuma, inclusive é o que eu queria mostrar pra vocês na prática, quando eu estava conseguindo fazer os modelinhos da minha própria arcada.
Tenho vários desvios do que seria ideal, mas eu tenho uma adaptação fisiológica, que vocês têm também, ou seja, o limite de tolerância minha é aceitável. Quando o desarranjo articular ou oclusal tiver ganhando, aí eu não vou conseguir adaptação, eu vou ter dor, vou ter fraturas de dente, vou ter abfração, vou ter várias sintomatologias.
 Se as estruturas do sistema mastigatório estão funcionando eficientemente e sem patologias, a configuração oclusal é considerada fisiológica e aceitável, não importando os contatos dentários específicos “okeson”.
É o que eu falei: Se você tem o sistema mastigatório, não tá ali dentro da configuração que seria considerada ideal, mas ela está sem patologia e tá funcionando, é independente dos contatos dentários encontrados ali, ela é uma adaptação fisiológica, ela é uma oclusão aceitável ali.
Nesse caso você detectou isso aqui, no seu paciente, você não vai intervir. Então antigamente achava-se que toda disfunção temporomandibular era devido a oclusão. Então já chegava e dizia você tem isso, tem isso e isso, tem mordida aberta, tem mordida cruzada atrás, não tem guia, então a gente vai fazer uso de aparelho, fazer extração etc. Então intervia-se muito e o paciente às vezes não tinha a patologia, ou então intervia-se, se o paciente tinha patologia. Fez tudo certinho, mas o paciente continuava com patologia na articulação. Então foi descoberto que os problemas oclusais era um dos fatores que poderiam levar a disfunção da articulação, não sendo o principal fator.
Objetivo de se estudar oclusão ideal seria:
- Reconhecer as características anatômicas e fisiológicas que possuem menor riscos de efeitos patológicos. Então a gente vai estudar o ideal pra descobrir o que causaria menos dano para o paciente. Ah eu estou com desgaste nesse dente, ai a gente volta lá para o que seria ideal, eu não tenho guia nesse dente, então esse dente aqui esta sendo desgastado, está sendo forcado além da conta, então o principal de estudar oclusão ideal é reconhecer ai o que seria mais danoso pra um sistema mastigatório, pra ele funcionar com eficiência.
- Desenvolver um tratamento na tentativa de eliminar desordens relacionadas a oclusão. Então se eu detectei se esse paciente está tendo desgaste dentário, fratura de restauração, alguma coisa relacionada à minha análise oclusal ali, eu vou desenvolver um tratamento pra eliminar isso. Como que eu vou eliminar isso aí?  Resposta só no próximo assunto de analise oclusal.
Então eu detectei que existe alguma desarmonia, eu vou elaborar ai que tipo de tratamento eu fazer. Nesse caso aqui, eu já tenho patologia. Então se eu perguntar quais seriam os objetivos de se estudar uma oclusão ideal? Primeiro é saber o que é o certo aí, segundo é saber o que tá errado e de que forma eu vou corrigir isso e na tentativa de restabelecer dentições mutiladas. Qual seria isso aqui? Pacientes que vão ser submetidos à reabilitação total, boca toda, orelha a orelha. Quando o paciente está com muita destruição, perda da dimensão vertical, instabilidade em máxima intercuspidação, eu vou mexer em tudo, o ideal é colocar em oclusão ideal, já que eu vou mexer o rosto todo do paciente, eu ponho no padrão correto. Ai eu sei que se eu colocar tudo engrenadinho, certinho, a longevidade do meu trabalho vai ser boa, eu vou ter sucesso no meu tratamento. Recapitulando: primeiro eu tenho que conhecer a anatomia correta, quando tiver alguma deficiência pra eu saber aonde que eu vou intervir e em caso extremos eu tenho que por em oclusão ideal, então eu tenho que saber o resto aqui: a anatomia certa, a função certa e a onde eu tenho que por a mão.
Componentes da oclusão ideal:
- Posição ortopedicamente estável - ME ou RC
- Condição Oclusal estável.
- Força direcionada ao longo eixo do dente
- Guias – posterior e anterior
- Seria a posição ortopedicamente estável. Olha só o que apareceu aqui, a RC (relação Cêntrica). A posição ortopedicamente estável ou musculoesqueleticamente estável (ME), é um conceito novo, a oclusão ela vai sendo transformada ao longo dos estudos ai, achava-se que a posição de RC era mais ântero posterior, depois ântero superior. Hoje é aceita que é mais ântero superior com relação a cavidade articular e é considerada também um posição ortopédica, o que seria isso ai? Uma posição de conforto para o paciente. Então quando vocês verem posição ortopedicamente estável, vocês vão saber que é a mesma coisa que RC.
- Condição Oclusal estável com relação à posição mandibular, fechamento, abertura e fechamento e engrenamento dos dentes. Então eu tenho a estática dos contatos dentários e movimento dinâmico de abertura e fechamento da mandíbula.
- Força direcionada ao longo eixo do dente. Sempre a gente tenta dissipar a força mastigatória ao longo eixo do dente, porque é mais absorvido de uma forma homogênea pelos ossos de sustentação.
As guias vou falar depois.
 Se eu colocar só essa figura ai vocês vão saber o que é? RC,
O que que é a RC? Eu tenho ali uma memória da minha articulação, independente de contatos dentários ou não, eu sempre vou ter RC. Quando o paciente não tem dente nenhum eu vou montar dentes nele em PT, eu uso a RC, então se eu pegar o côndilo aqui e for analisar: “ele tá mais ântero superior com relação a minha articulação, minha fossa articular, ele está na vertente posterior da eminência articular. Então sempre que eu falar de RC, tem que tá na cabeça isso aqui que falei. Isso tem que esta na ponta da língua pra falar. É a posição da articulação ortopedicamente estável. Eu sei que nessa posição aqui eu tenho que ter músculos com tonos reduzidos, é a posição onde eu vou gastar menos energia, sempre que eu falo em gastar menos energia, é mais confortável. Se eu for pra máxima intercuspidacao, eu posso forçar meus músculos, mas vai ficar desconfortável, eu tenho tônus aumentados em MIH, é uma posição instável, ela gasta energia. Toda vez que eu falar o que seria uma posição ortopedicamente estável? É RC. Uma se confunde muito com a outra, os conceitos são muito semelhantes, teria ali o menor tônus muscular, tônus reduzidos, onde eu não teria gasto de energia, e onde que eu tenho isso? Em RC.
Então na minha oclusão ideal eu teria essa configuração aqui. ME = RC
- Condicao Oclusal estável. Vamos olhar pra figura ali e notar que o paciente só tem 2 dentes molares, quando ele fecha o que vai acontecer? Esses dentes vão tocar né? E o lado esquerdo tem dente? Não, a tendência nossa não é fechar o máximo possível? Com isso a mandíbula dele não vai tá estabilizada, ela vai tender a fecha do lado esquerdo. Ao fechar em máxima intercuspidação, a mandíbula vai desviar, isso gera instabilidade.
Vamos ver esse caso. “Ele tem uma força mastigatória de 18, 14 kg, essa força é muscular,  ele apresenta maior fechamento do lado esquerdo correto? Toda vez que ele fecha aqui a mandíbula desvia aqui e o côndilo sai da posição ideal e vai mais pra trás. Provavelmente ele deve ter dor na ATM. Pensem se ela tá desviada pra esquerda, tá saindo da posição de conforto e o disco tá sendo forçado numa posição provavelmente numa região que não é intermediária.
Esses dois dentinhos será que eles vão suporta 18,14 kg de força? Não.
A gente tem um padrão que é o seguinte: “Alguma coisa vai fraturar. Se eu tenho dentes com osso forte, meu dente fratura, ou a restauração ou a coroa. Se eu tenho dentes forte com osso de sustentação é frágil, o dente começa a ter mobilidade, porque vai perdendo osso de sustentação ali, osso e ligamento tão indo embora. Um dos dois vai dançar dente ou osso.
No caso aqui, se eu tiver 18,14 kg, ou dente fratura o tem mobilidade. Se eu tiver dois dentes de cada lado, eu vou ter os 18,14 kg divididos pra cada dente, então eu vou ter 9,7 kg por dentes, então aquela força que detonava meu dentinho aqui ela reduziu pela metade, então existe chance de desses dentes a sobreviverem a forcas mastigatórias? Existe porque foi reduzida pela metade a força que eles iriam receber. Notem as setinhas aqui, quando o paciente fecha vai tocar dos dois lados, então minha mandíbula não vai desviar, vou fechar e vou ter estabilidade mandibular, o côndilo vai ter uma posição mais estável. Se eu aumentar mais dentes ali? Se eu colocar 4 dentes de cada lado, o que provavelmente eu vou ter de melhora aqui? Estabilidade mandibular, maior distribuição das forças mastigatórias! Vamos lá, 18,14 divididos por 4, que dar 4,54. Então olha só o tanto que dividiu a força. Quando eu aumento o numero de dentes, eu diminuo a força que ele vai suportar, nos dentes posteriores. Toda vez que falamos de força mastigatória estamos falando de dentes posteriores, porque os dentes posteriores têm mesas oclusais. O que normalmente acontece é que o paciente vai perdendo os dentes posteriores e vai sobrecarregando os outros.
Pra ter uma oclusão ideal eu tenho que ter uma posição condilar de conforto, e eu tenho que ter distribuição dentária o que é isso? MIH. Então quando eu tenho o máximo de contatos dentários eu distribuo a minha força mastigatória melhor, então é uma outra forma de falar os mesmos conceitos.  O ideal seria RC e MIH. Se eu tiver os dois eu vou ter RC+MIH = ORC. Vou ter minha posição de conforto, e máximo contato dentário, distribuindo a forca mastigatória para mais dentes, levando a estabilidade da minha mandíbula. Então na minha oclusão ideal eu vou tentar chegar na ORC.
Pra que que eu estudo isso? Porque se eu tiver que reabilitar o paciente sem dentes nenhum eu tento chegar na ORC, eu tento gerar menos tônus muscular e máxima distribuição de força.

GUIAS – POSTERIOR E ANTERIOR
Guias anteriores:
Guia incisal – Protrusão são os dentes incisivos.
Guia canina – Lateralidade, é o canino.
Guia incisal – ela também é a guia da protrusão, onde os dentes anteriores tocam e desocluem os posteriores, o ideal é apresentar vários toques anteriores.
 Então quando eu faço protrusão, quando jogo os dentes pra frente, eu tenho que tocar os dentes anteriores, os incisivos. Tenho que tocar o máximo de dentes anteriores pra distribuir melhor as forças, eu tenho que desocluir os dentes posteriores. Se a gente for analisar a anatomias das raízes dos dentes anteriores e dos dentes posteriores, a raiz dos anteriores, elas são mais fusiformes, então a posição do dente também á mais inclinada, na programação desses individuo eu tenho os dentes anteriores recebem bem forças horizontais, as forças horizontais que seria a protrusão e lateralidade são muito bem absorvida por esses dentes que tem esse tipo de raiz. Agora os dentes posteriores eles não possuem só uma raiz, e elas são mais robustas e a distribuição delas são bem espaçadas, esse tipo de raiz não recebem bem forcas horizontais, força de deslizamento, porque são dentes próprios pra receber forcas de mastigação, são programados pra receber forças só no sentido vertical.
Quando eu falo de guia anterior na protrusão, eu posso ter toque em dentes posterior? Não. Vai ocorrer em muitos casos, vai ocorrer toques em dentes posteriores, mas esses dentes posteriores vai está sofrendo, vai ta desgastando, vai esta fraturando, ou vai tá aumentando a mobilidade.
Quando eu faço protrusão, eu descrevo uma trajetória que vai do meu cíngulo dos incisivos até topo a topo, eu tenho que ter um espaço entre os dentes posteriores. Se eu tiver os meus 4 incisivos inferiores tocando nos 2 incisivos superiores, eu tenho uma excelente guia, distribuo a força pra todos esses dentes.
Guia canina - ela ocorre na lateralidade, o canino inferior do lado toca o canino superior do mesmo lado, desocluindo os outros dentes. Então quando faço lateralidade eu vou jogar minha mandíbula ou para lado esquerdo ou lado direito.
Joguei minha mandíbula para lado esquerdo, o canino inferior do mesmo lado tem que tocar o canino superior do mesmo lado, todos os outros dentes desocluem. O canino que toca no outro canino está no lado de trabalho.  A ponta incisal tem que deslizar pela palatina do canino superior e ficar topo a topo. O meu canino do lado esquerdo tá topo a topo o meu canino do lado direito não toca ele esta mais lingualizado. E se eu joga pro lado direito o inverso também ocorre e vice e versa.
 Se formos comparar a anatomia do canino, o canino está numa posição intermediária, entre os dentes da frente e os dentes de trás. Ele está no meio do caminho, ele é um robusto que tem uma raiz bem comprida , ele está programado ali pra receber  esse tipo de força, que é uma força de lateralidade.
- ele tem a maior facilidade de fazer desoclusão na lateralidade.
- tem raiz longa
-controle de força lateral
- posição estratégica
-diminui a atividade EMG dos mm elevadores (EMG)
- O osso na sua região é mais compacto.
Se pegarmos no crânio, vamos observar que existe a chamada de bossa canina, é uma área de osso mais compacta. O que se fazia antigamente quando o paciente não tinha o dente lateral, puxava-se o canino para o lugar do lateral. Só que não região do lateral o osso é fininho, eu tinha nessa área uma retração gengival, então o ortodontista conseguia fechar os espaço, não existia implantes nessa época.   Não pode puxar canino pra região de lateral.
- Maior área periodontal - O canino apresenta a maior área de ligamento periodontal, porque a raiz dele é robusta.
Ao realizar desoclusão pelo canino eu reduzo atividade dos músculos elevadores da mandíbula. É o dente estratégico ali pra ter essa desoclusão.
Quem tem o toque no canino juntamente com outros dentes posteriores é função em grupo. Na lateralidade ocorre o toque do canino dos demais dentes até primeiro molar do lado de trabalho, se eu tenho isso sempre do lado de trabalho, eu tenho o que chamamos de função em grupo.
Então eu posso ter na lateralidade ou guia de canino ou função em grupo. O que é função em grupo? Eu tenho meu canino do lado de trabalho tocando juntamente com alguns dentes posteriores, idealmente até 1 molar. E se eu não tenho canino? Você não tem guia de lateralidade, outros dentes vão sofrer , qual? O pré-molar, você vai observar e vai ver que provavelmente esse pré-molar vai ter abfrações, aquele degrauzinho na cervical. É aceitável como uma oclusão ideal, eu posso ter a função em grupo, do lado de trabalho eu posso ter guia canina ou função em grupo.
Toque interferência – se eu tenho toque e jogo minha mandíbula pro lado esquerdo e eu tenho toque do lado direito, do lado de não trabalho, eu tenho dente com toque interferente. Esse dente vai sofrer e vai sofrer muito.
Recapitulando: Pra eu ter uma oclusão ideal, tenho que ter RC, posição de conforto ortopedicamente estável, musculoesqueleticamente estável, máxima intercuspidação ali com distribuição de forca ao longo eixo do dente, eu tenho que ter estabilidade mandibular, eu tenho que ter guias: protrusão dos dentes anteriores que desoclui todos os dentes de trás, lateralidade guia canina ou guia de função em grupo.
Isso tudo vai culminar em mutua proteção:
Mútua proteção – O que é? Os dentes posteriores protegem dentes anteriores de forças verticais e dentes anteriores protegem dentes posteriores de forças horizontais com as guias. Então eu posso concluir o seguinte: “se os dentes anteriores tocam, os posteriores não podem tocar, salvo na função em grupo. Quando os dentes posteriores tocam, os dentes anteriores não devem tocar, aí a gente pensa em máxima intercuspidação. Quando eu faço máxima intercuspidação normalmente eu tenho toque nos anteriores, esses toques são de leves a moderados, normalmente esses dentes anteriores não recebem tanta força vertical, mas eles tocam.
Qual o princípio da Mútua proteção? Os meus dentes anteriores protegem meus dentes posteriores de forças horizontais nas guias de movimentação de protrusão e lateralidade e os dentes posteriores protegem os dentes anteriores de forças verticais.
Nesse momento ele reexplicou, por isso não digitei.
CONTATO PREMATURO – é o primeiro contato que ocorre entre dois dentes ou mais dentes no ato do fechamento mandibular, acontece na MIH, então eu vou pra MIH, eu tô em RC, quando eu começo a ir para MIH vai existir um contato prematuro anterior, ou seja prematuramente toca nesses outros dentes, com isso eu não tenho a tendência de ir pra máximo contato possível? Eu vou deslocar minha mandíbula pra ir pro máximo de contato possível, então eu fujo desse contato prematuro, tocou ele, eu desvio a mandíbula e vou pra MIH. Esse contato prematuro ele é o que vai causar a minha diferença de RC pra MIH.
Ex: paciente está montado em RC, tenho um espaço aqui, notem a distância do incisivo inferior pro incisivo superior, quando eu vou pra MIH a distância quase sumiu, ou seja, tocou o dente lá atrás, que é meu contato prematuro, eu não posso ficar tocando só um dente, tenho que tocar o máximo possível, minha mandíbula girou ali e jogou pra frente na verdade tocou o máximo de dentes possível. Esse é meu contato prematuro. Meus contatos prematuros geralmente ocorrem nos dentes posteriores. Por que? Pela própria anatomia mais perto do fulcro que é a articulação (não entendi direito)
Sempre que eu tenho um toque posterior. Por exemplo: tô fazendo restauração e ela ficou alta, qual que vai ser a discrepância nos dentes anteriores? Cerca de 1 mm que altero atrás gera abertura de 3 mm na frente.          
Quando eu tenho um contato prematuro se tornando uma interferência é sinal de que?
Contato de Interferência oclusal - Contato prematuro que gera uma resposta ao sistema estomatognático, ao exceder o limite de tolerância do organismo. Contato que interfere de alguma forma a função ou parafunção. Então esse dente vai ter desgaste, fratura, alteração pulpar, remodelação dos tecidos adjacentes ou variação na posição dental e ou mandibular.
Classificação do contato prematuro interferente:
- Se o trauma for primário, vai ter mobilidade dentária, sem doença periodontal, sem perda de inserção ou presença de bolsa periodontal.
- Se o trauma for secundário, vai ter aumento da mobilidade, presença de doença periodontal inflamatório, dor, desconforto, impactação de alimentos.
Consequências da ausência de Mútua proteção:
- Alteração da DVO - Porque geralmente eu desgastei dentes. Dentes que não eram pra receber forças ali horizontais, tão recebendo. Dentes que não eram pra receber forças verticais estão recebendo. Estou perdendo estrutura dentária com isso eu estou alterando a DVO.
- Abfrações – se eu for jogar forças horizontais, eu tô fazendo lateralidade, não tenho canino, e eu vou avaliar esse dente, provavelmente os pré-molares apresentam abfrações, perdi estrutura dentária que não é causada por cárie. A abfração é quando eu tenho a coroa do dente hígida, e eu tenho uma leve retração gengival e eu tenho uma perda de estrutura dentária na raiz, porque a raiz não tem esmalte, ela tem cemento, sendo uma área mais frágil. Então ela se desgasta.
- Recessão gengival,
- Interferência dos movimentos excêntricos da mandíbula. Eu vou fazer protrusão, se eu não tenho mútua proteção, quando eu tento fazer toques anteriores eu tenho toque posterior. Eu vou fazer lateralidade toca o lado de não trabalho, isso tudo vai gerar problema para o paciente.
- Perda óssea localizada (sem bolsa)
- Mobilidade.
-Facetas de desgastes. Nesse caso eu tenho osso de sustentação muito bom e meu dente tá perdendo estruturas, tá sendo desgastado.
- Fraturas em dentes e/ou restauração,
-Inversão de alavanca. Se a gente comparar nossa articulação, ela é comparada a uma pinça de algodão. Tenho o ponto que ela é unida (representa a minha articulação), ponto que a gente segura (é a força dos músculos) e a ponta dela pra prender o algodão (é os dentes) se eu tenho uma inversão de alavanca é sinal de que eu tenho contatos fortes, tão fortes nos dentes no meio do caminho aqui (pré-molares), a minha união se torna aqui, a pinça se torna uma tesoura, que é unida no meio). No momento que fecho, a união vai ser aqui, a parte de aprisionar vai ser na parte da frente, mas a parte de trás vai esta se movimentando.  Se eu for levar pra boca, o meu toque prematuro, eu tô levando o meu côndilo a sair da articulação, ta movimentando de mais e isso gera dor, porque eu tenho stress muscular.
Oclusão balanceada bilateral – são os contatos bilaterais e balanceado durante todos os movimentos de lateralidade e protrusão. Imagina, eu jogo os dentes pra frente eu toco dente da frente e dente de trás. Eu jogo os dentes na lateralidade eu toco o lado de trabalho e lado de não trabalho. Todos os movimentos, todos os dentes tocam. Existe isso? Existe. isso ocorre em dentadura. Por que que é ideal ter isso em dentadura? Imagina, a dentadura é uma estrutura móvel, ela pode ser deslocada. Pra não ter movimentação (báscula) eu tenho que fazer tudo tocar.  O paciente vai ter deficiência mastigatória, em torno de 15% só.
Então por que que a gente faz isso?  Primeiro se eu tiver muita movimentação na minha prótese, imagina tá o tempo inteiro batendo no osso? Esse osso vai embora. Pra preservar estrutura óssea a gente faz toda a prótese tocar, vai movimentar a boca toda.
Pergunta de prova:
O que é oclusão ideal?
R= Seria primeiro a gente tem que saber o que mais certo e saber que todas as pessoas tem alguma diferença da oclusão ideal aí e provavelmente é aceitável porque ela não sente dor. Segundo, se eu estou reabilitando eu vou sempre levar pra oclusão ideal, onde a oclusão ideal é RC=MIH, estabilidade mandibular, mutua proteção, guias anteriores e posteriores. Quando for falar de dentadura eu tenho que ter tudo tocando, porque o sistema é outro.
ANÁLISE OCLUSAL
Se eu pegar e analisar o modelo de gesso, um encaixado no outro, vou chamar de ANÁLISE OCLUSAL ESTÁTICA, não movimentei nada, esta parado, vou avaliar como está o arranjo dentário.
1º passo: montar o articulador, encaixar um no outro e analisar estaticamente. Vou chamar de classe 1 de Angles : em ortodontia se estuda classe 1 de angles, existem chaves pra movimentação dentaria: há um arranjo de molar e um arranjo de canino, isto é a cúspide mésio-vestibular do 1º molar inferior ocluindo na ameia entre o 2º pré molar superior e o 1º molar superior. Esse arranjo é chamado de chave de molar. Como que eu vou saber que a cúspide mésio-vestibular do meu 1ºmolar inferior oclui entre a ameia do 2º pré molar superior com o 1º molar superior. Ou então pode-se falar também que: (anotar um apenas, para que não se faça confusão) a cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior oclui coincidindo com o sulco vestibular do 1º molar inferior.
Chave de canino: o canino oclui entre a ameia do canino inferior e o 1º pré-molar inferior, esse tipo de arranjo vai me trazer o tipo facial do paciente.
CLASSE I DE ANGLE: A classe 1 de Angle é considerada o ideal que todo o ortodontista busca, então vou ter esse perfil retilíneo, um perfil harmônico, se o paciente for olhado de lado ele tem um perfil agradável por isso se busca trazer o paciente para classe 1 de Angle. Como que eu trago: eu tenho que ter esse arranjo da mandíbula com a maxila, e uma das chaves para eu avaliar isso seria a chave do molar e a chave do canino, se ela é o ideal (massete) nada mais ideal que o perfil do “super homem” um perfil retilíneo, esse seria o ideal, porém pode-se ter no desenvolvimento da pessoa um grande crescimento da mandíbula ou pouco crescimento mandibular e isso vai alterar o perfil da pessoa.

CLASSE 2 DE ANGLE: Se eu tiver um arranjo onde eu tenho um grande desenvolvimento da minha maxila ou uma atresia do desenvolvimento mandibular vou ter um tipo de arranjo chamado de classe 2 de Angle. Na classe 2 de Angle parece que a mandíbula foi empurrada para traz, ao empurrar a mandíbula para traz eu vou ter que a chave de molar vai ter: a cúspide mésio-vestibular do 1º m.i. na classe 1 ocluía entre o 2º pré e o 1º molar superior, agora ela vai ocluir coincidindo com o sulco central (sulco vestibular), então cúspide mésio-vestibular do 1º molar inferior oclui na fossa central do 1º molar superior e se alinha com o sulco vestibular do 1º molar superior, então é so lembrar: classe 2 de angle ou eu tive uma atresia mandibular ou um supre crescimento da minha maxila, isso levou a mandíbula da classe 1 ir para traz, ao acontecer isto a cúspide mésio vestibular (na classe 1) anda ”meio dente” . A chave de canino, o que aconteceu: inicialmente o canino superior ocluía entre o canino e o 1º pré inferior, agora se torna o contrario, tenho o canino inferior ocluindo entre o canino e o 1º pré superior, inverteu-se o ideal o que se tinha na classe 1, com esse arranjo o perfio do paciente é convexo, chamado de (macete) “perfil de Noel Rosa” ou “queixo pequeno” por  falta de desenvolvimento mandibular, então o queixo não condiz com o resto do rosto isso causou uma sensação de convexidade do rosto, então quando se fala em classe de de angle é o famoso “queixinho”, se ocorrer o contrário e ocorrer um grande crescimento mandibular em vez de a classe 1 ser jogada para traz, ela é trazida para frente resultando em protrusão, então a cúspide mesio vestibular do 1º m.i oclui entre a ameia dos dois pré molar e o canino nem se classifica como chave.
Já se fala que é mordida cruzada anterior ou topo a topo, tem pessoas que tem dentes anteriores tocando ponta com ponta ou então ela já é cruzada, ta invertida os inferiores passaram dos superiores (macete) o rosto do paciente é concavo ou em formato de meia lua, então há um grande crescimento mandibular ou atresia maxilar, não da pra determinar olhando tem que haver estudos. Então tenho classe 1, classe 2 e 3 de Angle, existem mais de 9 chaves, so estão sendo citadas 2, há também subdivisões.
Sobreposição horizontal ou overjet: tenho a distancia horizontal entre a parte vestibular do incisivo inferior e a concavidade palatina do incisivo superior, isso é chamado de overjet. (Massete: Ronaldinho). É medida com uma régua flexível sobre o modelo, então quando se fala em overjet se esta falando em  sobreposição horizontal.
Sobreposição vertical ou overbit: (bit a gente lembra mordida) então é a distancia da borda dos incisivo dos dentes anteriores opostos (não entedi bem essa parte), então é o tanto que os incisivos superiores tampa inferiores, é normal que os dentes superiores incubram os inferiores mais quanto: ele deve incubrir de 3 a 5mm da borda incisal do dente inferir numa visão frontal da dentição normal, para medir fecha-se o modelo e risca o ponto que ficou encoberto nos inferiores com lápis, depois abri-se o modelo e verifica o tanto que sobrou de estrutura dos incisivos inferiores, então numa dentição normal uma borda é encoberta mais mesmo assim se ver ainda o incisivo inferior, há casos em que não se ver os dentes inferiores, nesses casos há uma mordida muito profunda, o tratamento de mordida profunda é muito difícil. Essas avaliações de overjet e overbit é que vai dizer se deve ou não intervir na arcada do paciente.
Relação oclusal estática entre dentes anteriores: normalmente vou ter um incisivo superior (largo) tocando 2 dentes incisivos inferiores, então tem-se uma relação do superior de 1 pra 2, e o inferior relação de 1 pra 1 (um dente incisivo pequeno inferior tocando em 1 incisivo de cima), isso numa oclusão normal. Em dentes como o canino ou ele toca num dente só, ou ele toca vai tocar em dois, o canino vai ter relação de 1 pra 1 ou de 1 pra 2 vai depender do que se tem, vai ser avaliado estaticamente os caninos, incisivos e posteriores. Nos dentes posteriores tem-se a proporção de 1 pra 2 ou de 1 pra 1, um dente tocando na ameia entre 2 dentes. A relação de cúspide crista marginal que é um dente tocando pra 2 ela ocorre com maior frequência, e se for analisar na lateralidade ela ocorre com maior facilidade,a ponta da cúspide passa mais fácil na ameia, é o  mais comum na população.
Quando tenho cúspide e crista marginal, tenho um desarranjo, alguma desarmonia oclusal, posso ter abertura de espaço entre os dentes porque tenho uma relação de ponta de cúspide com ameia, consequentemente abrindo esse espaço vai haver impactação alimentar, isso só ocorre quando eu tiver desarmonia oclusal, o paciente fala “dr. Minha boca ta abrindo em leque to ficando cheia de espaço entre os dentes e ta acumulando alimento” quando se vai analisar a oclusão desse paciente ele tem relação mais proeminente de cúspide/crista marginal, então se eu tiver qualquer alteração que esteja levando a abertura de diastema e consequentemente impactação de alimentos nesses espaços provavelmente vou ter mais predominância da relação de cúspide x crista marginal. Quando tenho relação de cúspide e fossa, há um melhor direcionamento das forcas oclusais ao longo eixo do dente que favorece o travamento no sentido vestíbulo lingual e mesio distal feito pelo tripoidismo necessário para estabilidade mandibular, então quando tenho a cúspide ocluindo ao longo eixo do outro dente distribuo melhor a força oclusal, isso é desejável, se esse dente toca e não movimenta gero estabilidade para a mandíbula que é uma coisa desejável também. E como é conseguida essa estabilidade de uma forma excelente: quando essa cúspide toca no sentido do tripóidismo, toca na vertente em pelo menos 03 pontos. As informações que foram dadas começam a ser encaixadas, o meu relacionamento cúspide x crista é bom porque tenho melhor movimentação de desoclusao, porém se essa oclusão esta problemática tem algum desarranjo a cúspide vai tocar na crista e vai passar os outros 02 dentes levando a abertura de diastema e vai impactar alimento na área, nesse que há predominância de cúspide e fossa direciono as forcas mastigatórias ao longo eixo do dente e vou ter mais estabilidade mandibular que é o desejado.
Se eu tenho uma relação predominante de cúspide e crista marginal, minha cúspide toca nas ameias, e tenho um desarranjo que levou por exemplo a uma sobrecarga nesse dente, essa cúspide vai forçar essa ameia a se abrir, ao abrir ela vai haver mobilidade dentária e vai abrir um diastema, e nesse espaço vai começar a impactar alimento. Se há um outro arranjo com predominância de cúspide e fossa central, esse dente ao realizar o fechamento vai triturar o alimento melhor porque a força que é dissipada nesse dente vai ser ao longo eixo dele, e a cúspide de contenção vai estar alojada perto da fossa central e talvez ela esteja em tripoidismo o que gera estabilidade mandibular.
Até então se falou da relação estática, agora se vai pra movimentação do modelo no articulador que é:
RELAÇÃO INTEROCLUSAL DINÂMICA ENTRE OS DENTES POSTERIORES
O tempo inteiro a gente se preocupa com a estabilidade, então numa visão frontal vou ter uma estabilidade em que vou avaliar no sentido vestíbulo-lingual olhando o molar de frente, e também no sentido mesio-distal que é uma visão de lado.
Visão frontal (sentido vestíbulo lingual) vou ter contatos que são chamados de A, B, e C. então em um corte do rosto do paciente, nos dentes posteriores há o arranjo cúspide vestibular do superior, cúspide palatina do superior, cúspide vestibular do inferior, cúspide são palatina do inferior esse é o arranjo normal na oclusão maxila um pouco mais para fora do que a mandíbula.
CCC cúspide de contenção centrica são as VIPS (vestibular do inferior e palatina do superior); CNC cúspide de não-contenção cêntrica são as LIVS (lingual do inferior e vestibular do superior);
Cúspide de contenção sempre está dentro da área de trituração do antagonista, a cúspide nunca toca na fossa, lembra do tripoidismo sempre é a vertente quem toca, do antagonista é vertente triturante e da cúspide de contenção é vertente triturante e lisa, na estabilidade o ideal é o tripoidismo, vou olhar no sentido vestíbulo lingual e avaliar os contatos que tenho:
Contato A: vertente vestibular triturante do superior e vertente vestibular lisa do inferior, então quando falo em contato A estou dizendo que a cúspide de não contenção superior (CNC) na sua vertente triturante toca a vertente lisa de uma cúspide de contenção do inferior, então vai ser CCC do inferior contactando CNC do superior. Sendo que é vertente lisa da CCC contra vertente triturante da CNC.
Contato B: vertentes triturantes entre cúspides de CCC, este é o contato mais importante porque ocorre entre cúspides de contenção cêntrica e em áreas triturantes;
Contato C: CNC na sua área triturante contactando CCC vertente lisa, então o C é: cúspide de não contenção centrica na sua vertente triturante contactando cúspide CCC na sua vertente lisa. A é o contrário de C.
A
B
C
A + B = estabilidade (vou anular deslocamento)
C + B = estabilidade (vou anular deslocamento)
A + C = sem estabilidade (está empurrando os dois pra mesma direção)
B é antagonista de A e C

Então quando eu tiver uma visão vestíbulo lingual vou analisar a estabilidade mandibular, vou ver se não há movimentação da mandíbula, pra não ter movimentação mandibular tem que haver os toques A, B e C.
O contato A é cúspide de não contenção cêntrica contatando cúspides de contenção cêntrica,
O contato B entre cúspide de contenção cêntrica e o C entre cúspides de não contenção com contenção, o que vai variar entre A e C são as vertentes, se houver esse arranjo o dente está com estabilidade, porém se houver só o contato A+B há estabilidade; se for só contato A há instabilidade, movimentação e só contato B também há instabilidade. Vamos pensar no movimento de ação e reação, a mandíbula está fechando ao dente tocar no ponto A apenas, a vertente tem a “forca” de empurrar a outra para vestibular; para isso não ocorre tem que ter o outro contato, o contato B (um puxa para um lado e o outro para o outro lado gerando estabilidade) é a lei da AÇÃO E REAÇÃO ao mesmo tempo que se empurra é também empurrado; se tiver só o contato B; se tiver o contato A+C não há estabilidade porque ambos estão empurrando para o mesmo lado, então B é antagonista a A+C, para ter estabilidade o B sempre tem que estar envolvido porque o B esta entre as cúspides de contenção centrica, as cúspides de contenção centrica (CCC) mantém a DVO, então que houver A+B ou C+B há estabilidade.
Na visão mesio distal há contatos que são chamados de stoper ou de parada de fechamento e ocorre quando o primeiro toque dentário limita o movimento de fechamento, então o paciente está de lado e solicita-se que o mesmo abra e feche a boca, quem limita o fechamento é um contato que será chamado de stoper; há um outro contato que da o equilíbrio chamado de equalizer ou contato de equilíbrio, então a função do equalizer é estabilizar o contato stoper e não permitir que ocorra movimentação horizontal, movimentação vertical é parada pelo stoper; quais são os contatos que causam  a estabilidade ou o contato stoper de parada, a dica é distal dos superiores, mesial dos inferiores notem que a arcada está de lado e o contato de parada ocorre quando a mesial do inferior contacta a distal do superior, esse é o stoper, há livros que se acha contato DSMI, então são contatos entre vertentes, a vertente mesial do inferior desta cúspide contactando vertente distal do superior, para que não haja deslizamento há o contato MSDI ou equalizer, que é mesial do superior distal do inferior; se há só stoper tem que ser ajustada para chegar ao equalizer, para ter a estabilidade tem que ter o contato stoper e o equalizer.
Quando se fala em estabilidade no sentido mesio distal = stoper e equalizer; quando se fala em estabilidade vestíbulo lingual = contato A,B e C.
Por que monto meu caso clinico no articulador? Para fazer analise oclusal;
Qual o objetivo da análise oclusal? R= Auxiliar na recuperação de um padrão oclusal estável, o tempo inteiro se busca estabilidade, onde os movimentos mandibulares podem ocorrer sem interferência e com o mínimo de esforço muscular; toda a vez que se tem interferência há o contato prematuro e começam a causar dano, os conceitos começam a se encaixar então na analise oclusal se busca a recuperação desse padrão de estabilidade.
Pode-se promover um padrão oclusal reversível com placas oclusais, ela causa uma movimentação ideal em desvios, lateralidade de canino e protrusão, então quando se faz intervenção de análise oclusal com placa ela é considerada uma intervenção reversível porque se ela for tirada a oclusão criada deixa de existir; ela pode ser irreversível quando se faz restaurações, coroas são chamados de “acréscimo” ou desgasto dente ou faço ortodontia ou cirurgia ortognática, então a análise oclusal vai culminar em um ajuste oclusal considerado reversível com o uso de placa, ou irreversível com cirurgia, desgaste, acréscimo por coroa, por resina. Quando se faz uma restauração alta, não se faz o ajuste com o tempo o paciente não relata mais sentir a restauração alta, houve uma alteração na configuração da mordida do paciente uma nova MIH foi criada, pode-se classificar o paciente como assintomático é o paciente que apresenta alto nível de tolerância sem sintomatologia clínica, apresenta adaptação fisiológica, quase toda a população tem problemas oclusais mais não sentem dor, não se deve intervir nesses pacientes; paciente sintomático é aquele que ultrapasso o limiar de tolerância e começou a apresentar sintomas leves a severos de desconforto da articulação e da musculatura, são aqueles pacientes que queixam de estalidos, dor muscular, boca travada, então deve-se intervir corretamente; então com sintomatologia deve-se intervir de maneira correta, 90% da população tem adaptação fisiológica provavelmente a dor pode ser por postura, outros fatores que não seja de fato a posição dentária.
Indicação de analise oclusal:
De forma reversível, a gente pode fazer com fins diagnósticos, ainda não sei se o paciente tem uma dimensão vertical de oclusão alterada para mais ou menos, vou ter que fazer algo que eu possa devolver para o paciente o que ele tinha antes, então se faz uma intervenção reversível com placa. Quando tenho que intervir de forma irreversível: quando ao final da investigação descobre-se que o tratamento da disfunção é exclusivamente causado por trauma relacionados à oclusão existente, quando tenho um apanhado de informações que culminam em falar que esse problema da articulação que o paciente tem, toda a dor que ele ta sentindo é causado exclusivamente pela má oclusão se faz intervenção direta irreversível, pra chegar nessa conclusão tenho que saber se o paciente não tem problema postural, psicológico um inquérito enorme até chegar a conclusão que é um problema da posição dentária; deve-se fazer o inquérito para descobrir outros fatores possíveis, se elimina um a um, monta-se o caso do paciente no articulador, se consegue ter uma visão de todo o tratamento.
Terapias oclusais:
Vou intervir de 02 formas no paciente: de forma reversível ou de forma irreversível.
Forma reversível: usada para fins diagnósticos e o paciente vai usar uma “plaquinha” posicionadora da mandíbula, de bruxismo, em suma a grande maioria delas é para fins diagnóstico, quando se tira a placa o paciente volta a ter a mesma mordida que tinha antes;
Na técnica irreversível posso ter: desgaste seletivo (desgastar o dente com broca) detecto que a intervenção vai ser somente em esmalte, o que normalmente acontece é que normalmente se fala que terapia oclusal é desgaste seletivo, ajustando a mordida do paciente; não é , a mordida do paciente só pode ser ajustada com bater carbono e passar a broca quando detecto que a intervenção vai ser em estrutura de esmalte; se o desgaste envolver dentina, expor estrutura sensível do dente este tem que ser reabilitado por técnica irreversível por prótese, alterar a posição dentária por prótese; se o dente for desgastado deve ser feito uma prótese que gere os contatos A,B e C  e stoper e equalizer, porém só se consegue isso fazendo análise oclusal.
Então, se o dente for muito desgastado deve-se fazer reabilitação por prótese; se for detectado que a posição dentaria esta muito desfavorável mesmo desgastando-se demais o dente nunca se chega em uma estabilidade se faz ortodontia, não adianta fazer uma coroa enorme para tampar, por exemplo, uma mordida aberta e nem desgastar dente posterior para fechar mordida aberta; quando se detecta que existe uma desarmonia esquelética que mesmo com aparelho não se consegue fechar o espaço opta-se pela cirurgia ortognática por mais que se movimente com aparelho não é possível o ajuste em alguns casos, devendo-se então fratura a mandíbula e reposiciona-la, então as terapias de ajuste oclusal tem que passar por esse clivo: é diagnostico; desgaste só em esmalte; desgaste que vai e   por dentina, posição dentaria, desarmonia esquelética; é uma gama de terapias de ajuste oclusal.
A analise oclusal deve passar inicialmente por uma pré visualização do resultado, como é feita? R= Se for fazer desgaste seletivo do esmalte deve-se saber no articulador se isso é possível, deve-se montar o caso no arco, se quero fazer prótese com desgaste de muita estrutura tenho que fazer “enceramento diagnóstico”(acho que é esse o termo), montei o caso no articular e vou fazer coroas na cera para saber se é viável, na ortodontia pode-se fazer modelo seccionado, então moldo o paciente e corto todo os dentes separados e vou ajustando como ficaria no final do caso concluído é um processo muito trabalhoso.
PRÉ VISUALIZAÇÃO DO RESULTADO: nunca comece um trabalho oclusal no paciente sem ser capaz de visualizar o resultado final, bem como cada passo que ira torná-lo possível, então não se pode chegar no paciente, visualizar um contato prematuro e desgastar, pode ser que o contato apareça do outro lado, ou que se abra diastema, sem análise nenhuma.
COMO SABER O TIPO DE AJUSTE A SER FEITO: EXISTE UM MÉTODO:
Selecionando o tipo de tratamento: existe uma regra chamada regra dos terços, esta avalia a discrepância no sentido vestíbulo lingual das arcadas dos dentes superiores e inferiores, análise e registro em RC ate o 1º toque, então a gente vai avaliar o toque prematuro sendo que é feita a avaliação da cúspide de contenção cêntrica na fossa do dente oposto. Como fazer: o paciente tem um toque prematuro, esse toque prematuro é interferente esta gerando problema para o paciente, ele é um trauma primário que ta causando tudo, esse caso é levado ao articulador em RC ao soltar o pino incisal vai para MIH, vai bater no  contato interferente com isso tendo sido marcado com carbono analisa-se a cúspide de contenção com relação a fossa do antagonista e aplica-se a regra dos terços, que se chama de contatos A,B e C. Vamos imaginar tenho a cúspide de contenção centrica do dente que está contactando prematuramente, ela vai esta contactando ou na faixa A (azul), B (vermelho) ou na C (amarelo); a cúspide pode está tocando perto da fossa central, no meio do caminho ou próximo da outra cúspide, dividi o dente antagonista em 3 áreas, no dente antagonista a cúspide de contenção toca próximo da fossa central, quando o dente interferente toca na área azul chamo de toque A; para a seleção do tipo de intervenção que se vai fazer sei que se o esmalte for desgastado um pouco o toque interferente já cai no sentido cúspide fossa, então o desgaste é mínimo e já vai gerar tripoidismo cúspide fossa então esse ajuste quando cai no ponto azul ou A é feito por desgaste seletivo, quando a cúspide interferente (cúspide centrica) toca no dente antagonista na faixa vermelha que é o terço intermediário percebe-se que se esse dente for ajustado por desgaste vou levar a exposição de dentina devendo o terapia ser prótese; quando há cúspide tocando quase em ponta de cúspide percebe-se que mesmo com a prótese não se chega no contato ideal, então a terapia a ser utilizada e ortodontia vou ter que movimenta o dente, então o contato interferente segundo a regra dos terços vai ser por desgaste, prótese ou por ortodontia seguindo o lugar que a cúspide vai tocar no antagonista, se tocou bem próximo da fossa e esta interferente ainda desgasto um pouco e cai na região de cúspide fossa ajustada por desgaste seletivo em esmalte, se está na faixa intermediária que é a vermelha se desgastar muito expõe dentina então vai ser reabilitado por prótese, detecto que o contato prematuro tocou na faixa “C” quase topo a topo, percebe-se que mesmo que se desgaste o dente inteiro não se chega na relação cúspide fossa nesse caso é melhor movimentar o dente com ortodontia, então a regra dos terços apesar de receber o nome A,B e C não são contatos, são pontos de analise A, B e C dependendo da minha distancia com a fossa vai indicar que tipo de terapia utilizar.
Numa visão frontal: se a cúspide interferente (ccc) tocou na guia azul, desgasto um pouco e ela já chega no contato cúspide fossa, contato A,B e C, se no contato interferente a cúspide de ccc tocou na faixa vermelha faz-se coroa, e se estar na faixa amarela faz-se ortodontia.
Evidencias clinicas: quais evidencias vou buscar para ver se o paciente precisa ou não de reabilitação, ajuste oclusal:
1.                 Desgaste da ponta do canino: principalmente em paciente jovem, chamado de chave de fechadura quando um encaixa perfeitamente no outro deve-se ficar atento;
2.                 Desgaste de bordas incisais inferiores e cúspides dos posteriores: dentes com alto grau de desgaste é sinal que há uma desarmonia oclusal grande, se deve intervir;
3.                 Perda de contatos proximais em dentes posteriores e diastemas em dentes anteriores- faz-se a analise oclusal e verifica-se se existe o contato cúspide ameia (crista marginal) nos dentes posteriores que esteja levando a afastamento dos dentes criando diastemas no dentes.
4.                 Recessão gengival e abfração (região da união esmalte cemento é a mais frágil que há, quando o dente é forcado em sentido vestibular, sofrendo fratura abaixo do esmalte, na região de cemento onde começa a formar uma cavidade que não é por cárie normalmente ocorre em pré molares)
Perda óssea localizada: trauma 1º, o dente está com mobilidade, não tem bolsa periodontal e não tem indicio nenhum de doença periodontal