quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O NERVO TRIGÊMEO (V)



O NERVO TRIGÊMEO (V)
É assim denominado por possuir três ramos calibrosos distribuídos por áreas extensas da face, tanto superficiais como profundas.
Nervos:                  Oftálmico
                               Maxilar=> forame redondo                   cai em concurso‼‼‼!
                               Mandibular=> forame oval
Gânglio Trigeminal=> É a maior massa ganglionar do nosso corpo. É o único gânglio localizado no interior do crânio, protegido por um recesso formado por uma camada dupla de dura-máter, além de pia-máter e aracnoide.
O gânglio trigeminal=> Localiza-se na fossa média do crânio, alojado em uma depressão encontrada próximo ao ápice da parte petrosa do osso temporal, chamada impressão trigeminal.
No gânglio trigeminal=> Encontram-se os neurônios responsáveis pela sensibilidade exteroceptiva (dor, temperatura, tato e pressão) da maioria das estruturas da face e sensibilidade proprioceptiva, advinda da articulação temporomandibular.
Nevio maxilar y sus ramas(Rs, Ramas; N, Nervio). (Datos de Liebgott B: The anatomical basis of dentistry, 2ª. Ed., St. Louis, 2001, Mosby.)
Semiologia
Semiologia: estudo dos sinais e sintomas.
Sintoma: manifestação subjetiva.
Sinal: manifestação objetiva.
Sinal patognomônico: exclusivo de uma doença e indica de maneira absoluta sua existência, especificando-lhe o diagnóstico.
Quadro clínico ou sintomatologia: é o conjunto de sinais e sintomas.
Síndrome: conjunto de sinais e sintomas comuns a uma determinada doença.
Pródromo: conjunto de sintomas que antecedem o surgimento do quadro clínico de uma doença.
Semiotécnica (manobras de diagnóstico): técnica de colheita dos sinais e sintomas.
Inspeção: visão a olho nu.
Palpação: tato ou compressão.
Percursão: batidas (ato de percutir).
Auscultação: ouvir sons ou ruídos produzidos no organismo.
Propedêutica clínica: interpretação dos dados da semiotécnica.
Diagnóstico: identificação e conhecimento da doença através da observação de seus sinais e sintomas.
Prognóstico: conhecimento sobre a evolução da doença.
Tratamento ou terapêutica: conjunto de medidas utilizadas para resolução da doença ou agravo.
Proservação: período após o tratamento em que o paciente é acompanhado.
Anamnese
Identificação: nome, idade (data de nascimento), sexo, raça, estado civil, procedência, endereço, profissão. Documentação!
Queixa principal: razão principal da visita do paciente. Características: sucinta, com as palavras do paciente. Pode incluir: dor, ferida, queimação, sangramento, amolecimento de dentes, distúrbios de erupção dos dentes, boca seca ou excesso de saliva, inchaço, gosto ruim, mau hálito, dormência, estética, dificuldade para falar, dificuldade para mastigar, e outras.
História da doença atual: história da queixa principal, desde seu início, fatos modificadores, tratamentos já realizados, até o momento do exame. Pode incluir: início, duração, intensidade, alívio ou agravamento, o que o paciente tentou fazer para tratar, fatos ou situações que o paciente relaciona ao início da doença.
História pregressa: toda a história de saúde do paciente. História médica: doenças agudas ou crônicas, internações, cirurgias, uso de medicação, alergias, gestação, tabagismo, alcoolismo, e outros hábitos. História odontológica: tratamentos realizados, uso prévio de anestesia local, cicatrização de feridas bucais, sangramentos, doenças recorrentes (herpes, aftas), hábitos de higiene e outros hábitos bucais.
História familiar: distúrbios de saúde de ascendentes ou descendentes do paciente, história de contatos no convívio sócio familiar com pacientes doentes.
Exame físico geral: estado geral do paciente (BEG, debilitado), biótipo, marcha, postura, palidez, cianose, icterícia, tumefações visíveis, pressão arterial, frequência cardíaca, regularidade e força do pulso, fácies.
Exame físico loco-regional:
Extrabucal: face, olhos, nariz, ouvido, pescoço, linfonodos, musculatura cervico-facial.
Intrabucal: pele e semimucosa dos lábios, mucosas labial, alveolar, jugal, soalho bucal, ventre da língua, dorso e bordas laterais da língua, gengiva e rebordo alveolar, palato duro, palato mole e pilares tonsilares, orofaringe. (BORAKS, 2011)

Quem não sabe o que procura não interpreta o que acha.
                                                                                     Claude Bernard


IMAGINOLOGIA
Revelador 15 segundos
Água
Fixador 2 minutos
BIOSSEGURANÇA
Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe (Lima, Minholo & Ito).
O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, antissepsia da boca do paciente.
São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas.
Conceitos
=> Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para impedir que determinado meio seja contaminado.
=> Antissepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas de um tecido vivo.
=> Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer superfície, reduzindo o número de microrganismos presentes. Esse procedimento deve obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou esterilização.
=> Desinfecção: é um processo que elimina microrganismos patogênicos de seres inanimados, sem atingir necessariamente os esporos. Pode ser de alto nível, intermediário ou baixo.
=> Esterilização: é um processo que elimina todos os microrganismos: esporos, bactérias, fungos e protozoários. Os meios de esterilização podem ser físicos ou químicos.
Classificação dos Instrumentos

Artigos => São instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação.
Artigos Críticos – São os artigos que penetram através da pele e mucosas adjacentes, atingindo tecidos subepiteliais e sistema vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Devem ser obrigatoriamente esterilizados ou uso único (descartável)
=> Instrumentos semicríticos: são instrumentos que entram em contato com a mucosa ou pele íntegra (moldeiras, espelhos, instrumentais para restaurações). Podem ser desinfetados, mas quando possível e preferencialmente esterilizados.
=> Instrumentos não críticos: entram em contato apenas com a pele íntegra ou não entram em contato com o paciente. (pinça perfuradora de lençol de borracha, arco de Young, mufla). Devem ser desinfetados.
3 Procedimentos segundo o risco de contaminação
=> Procedimentos críticos: quando há penetração no sistema vascular (cirurgias e raspagens subgengivais)
=> Procedimentos semicríticos: quando entram em contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material restaurador, aparelho ortodôntico).
=> Procedimentos não críticos: quando não há contato com secreções orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na Odontologia não existe nenhum procedimento que possa ser classificado nessa categoria.
4 Medidas de Proteção Pessoal (Profissional e Equipe)
4.1 Imunização contra Hepatite B
A imunização contra a Hepatite B é realizada em três doses. A segunda dose um mês após a primeira e a terceira, seis meses após a segunda. Deve-se fazer teste sorológico para confirmação da imunização. Deve ser feito reforço da vacina a cada 5 anos.
4.2 Equipamento de Proteção Individual (Barreiras)
=> Gorro (tipo touca): deve recobrir todo o cabelo e orelhas, protegendo-os principalmente dos aerossóis. Deve ser de uso único e descartáveis em lixo contaminado.
=> Avental: evita o contato da pele e roupas pessoais com os microrganismos do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito ao local de trabalho. Podem ser:
- não cirúrgico: para procedimentos semi-críticos. Devem ser trocados diariamente ou quando apresentarem contaminação visível por sangue ou fluidos.
- cirúrgico estéril: para procedimentos críticos. É vestido após a paramentação do profissional e degermação das mãos.
=> Máscara: proteção das vias aéreas superiores (3 camadas) - descartável.
=> Óculos de Proteção: proteção biológica e mecânica. Devem ser fechados lateralmente. Devem ser lavados e desinfetados.
=> Luvas: as mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas que devem ser descartadas a cada procedimento em lixo contaminado. 3 tipos:
- procedimentos: não estéreis para procedimentos semi-críticos.
- cirúrgicas: embaladas individualmente para procedimentos críticos.
- limpeza: látex grosso e resistente. Para a manipulação de instrumental contaminado, para procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório. Devem ser desinfetadas após o uso. São reutilizáveis.
=> Sobre Luvas: Utilizadas quando o profissional deixar o campo de trabalho para tocar em algum objeto ou superfície, e retirada quando o mesmo voltar para o campo de trabalho. Deve ser trocada a cada paciente.
5 Campos de trabalho
=> Campo estéril: para procedimentos críticos.
=> Barreiras de PVC: para procedimentos semi-críticos. Devem ser trocadas a cada paciente.
6 Preparo do instrumental para esterilização
=> Pré lavagem: remoção da sujidade.
- ultra-som: com solução enzimática ou desencrostante (2 à10 min.);
- mecânica: o instrumental deve ficar imerso em solução enzimática (2 à 10 min) e depois lavado em água corrente.
=> Secagem: toalha ou ar.
=> Embalagem: de acordo com o método de esterilização.
7 Métodos de Esterilização
=> Calor Úmido (Autoclave): vapor sob pressão (1 à 2 atmosferas). Tempo de 15 à 30 minutos. Temperatura de 121 à 132 °C.
=> Calor Seco (Estufa): tempo de 1 hora à 170°C ou 2 horas à 160°C, sem a abertura da mesma durante o processo.
=> Processos Químicos: óxido de etileno por 4 horas; glutaraldeído 2% por 10 horas e solução de formaldeído 38% por 18 horas.
8 Descarte de lixo
=> Não contaminado: lixo comum, saco preto.
=> Contaminado (contém sangue e secreções) saco branco identificado.
=> Perfuro–cortantes: Descartex.

Resolução 29/02 e 43/02 do CFO → cirurgião dentista que está na área cirúrgica pode realizar requisição de exames, desde que contribuam para o diagnóstico ou tratamento proposto para o paciente. Ex: se há desconfiança de que o paciente é soropositivo, pode-se solicitar o exame sem problemas.
Como será feito: Receituário próprio ou impressos fornecidos pelos laboratórios (carimbo e assinatura de quem está requisitando).
Exemplo de Hemogramas
Manaus, 31 de Maio de 2013
Solicito ao paciente Helinaldo Corrêa da Conceição os seguintes exames laboratoriais pré-operatórios:
1-      Hemograma completo;
2-      Exames de coagulação;
3-      Glicemia;
4-      Uréia e creatinina;
5-      Urina.

Dr: Flaviano Ferreira
CRO 3421
Rua Padre Torquato, Bairro São Domingos Sávio, 676.
Hemograma completo

A.Contagem de hemácias e índices hematimétricos
Este teste, também chamado de contagem de eritrócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. É também usado para detectar a quantidade de hemácias em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total. Os índices hematimétricos fornecem importantes informações sobre o tamanho, concentração de hemoglobina e peso da hemoglobina de uma hemácia média.
Objetivos
•Fornecer dados para o cálculo do volume corpuscular médio e da hemoglobina corpuscular média, que revelam o tamanho da hemácia e o conteúdo de hemoglobina.
•Dar suporte a outros testes hematológicos para o diagnóstico ou monitoração de anemia ou policitemia.
•Auxiliar no diagnóstico e classificação das anemias.
Preparação do paciente
Jejum de 4 horas.
Valores de referência
Método: automatizado com eventual estudo morfológico em esfregaços corados.
Os valores normais de hemácias variam, dependendo do tipo de amostra e da idade e sexo do paciente, da seguinte maneira:
Homens adultos: 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Mulheres adultas: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Crianças: 3,8 a 5,5 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Bebês a termo: 4,4 a 5,8 milhões de hemácias/ml de sangue capilar ao nascimento, diminuindo para 3,8 milhões de hemácias/ml na idade de 2 meses, e aumentando lentamente daí em diante.
Os índices hematimétricos testados incluem volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM).
VCM: 84 a 99mm3.
HCM: 26 a 32 pg.
CHCM: 31 a 36 g/dl.
Achados anormais
Uma contagem elevada de hemácias pode indicar policitemia absoluta ou relativa. Uma contagem deprimida de hemácias pode indicar anemia, sobrecarga de líquido ou hemorragia além de 24 horas. Testes adicionais, como, por exemplo, exame de célula colorida, hematócritos, hemoglobina, índices hematimétricos e estudos de glóbulos brancos são necessários para confirmar o diagnóstico.
Baixos VCM e CHCM indicam anemias microcíticas hipocrômicas causadas por anemia por deficiência de ferro, anemia sideroblástica ou talassemia. Um VCM alto sugere anemias macrocíticas causadas por anemias megaloblásticas, devido à deficiência de ácido fólico ou vitamina B 12, desordens congênitas de DNA ou reticulocitose. Em razão de o VCM refletir volume médio de muitas células, um valor dentro da faixa normal pode ocorrer em pacientes cujo tamanho de glóbulos vermelhos varia, e inclui células microcíticas e macrocíticas.
B.Hemoglobina Total
Este teste é usado para medir a quantidade de hemoglobina (Hb) encontrada em um decilitro (100 ml) de sangue total. Usualmente ele é parte de um hemograma completo.
A concentração de hemoglobina correlaciona-se estreitamente com a contagem de hemácias.
Objetivos
Medir a gravidade de anemia ou policitemia e monitorar a resposta à terapia.
•Obter dados para o cálculo da hemoglobina corpuscular média e concentração de hemoglobina corpuscular média.
Valores de referência
Método: automatizado
As concentrações de Hb variam, dependendo do tipo de amostra retirada (amostras de sangue capilar para bebês e amostras de sangue venoso para todos os demais) e da idade e sexo do paciente, da seguinte maneira:
Recém-nascidos: 14 a 20 g/dl
1 semana de idade: 15 a 23 g/dl
6 meses de idade: 11 a 14 g/dl
Crianças de 6 meses a 18 anos: 12 a 16 g/dl
Homens: 14 a 18 g/dl
Mulheres: 12 a 16 g/dl.
Achados anormais
Baixas concentrações de Hb podem indicar anemia, hemorragia recente ou retenção de líquido causando hemodiluição.
Hb elevada sugere hemoconcentração originária de policitemia ou desidratação.
C.Hematócrito
O exame de hematócrito (Ht) pode ser efetuado separadamente ou como parte de um hemograma completo. Ele mede a porcentagem por volume de hemácias contidas em uma amostra de sangue total – por exemplo, 40% de Ht indica 40 ml de hemácias contidas em uma amostra de 100 ml. Essa concentração é obtida centrifugando-se o sangue total anticoagulado em um tubo capilar, de forma que as hemácias sejam firmemente concentradas sem hemólise.
Objetivos
•Auxiliar no diagnóstico de policitemia, anemia ou estados anormais de hidratação.
•Auxiliar no cálculo de dois índices de hemácias: VCM e CHCM
Valores de referência
Método: automatizado.
O Ht é normalmente medido eletronicamente. Os resultados são até 3% mais baixos do que as medições manuais, que aprisionam o plasma na coluna de hemácias concentradas. Os valores de referência variam dependendo do tipo de amostra, do laboratório que estiver efetuando o teste e do sexo e idade do paciente, como segue:
Recém-nascidos: 42% a 60% de Ht
1 semana de idade: 47% a 65% de Ht
6 meses de idade: 33% a 39% de Ht
Crianças de 6 meses a 18 anos: 35% a 45% de Ht
Homens: 42% a 54% de Ht
Mulheres: 36% a 46% de Ht.
Achados anormais
Um Ht baixo sugere anemia, hemodiluição ou uma perda maciça de sangue. Um Ht alto indica policitemia ou hemoconcentração devido à perda sanguínea ou desidratação.
D.Contagem de Leucócitos
Uma contagem de glóbulos brancos, também chamada de contagem de leucócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. Ela indica a quantidade de leucócitos em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total. As contagens de leucócitos podem variar até em 2.000, em qualquer dia em particular, em função de exercício desgastante, tensão ou digestão. A contagem de leucócitos pode aumentar ou diminuir significativamente em determinadas doenças, porém é diagnosticamente útil somente quando o diferencial de glóbulos brancos e o estado clínico do paciente são levados em consideração.
Objetivos
Determinar infecção ou inflamação.
•Determinar a necessidade de testes adicionais, como, por exemplo, o diferencial de leucócitos ou a biópsia de medula óssea.
•Monitorar a resposta à quimioterapia, radioterapia ou outros tipos de terapia.
Valores de referência
Método: automatizado, com eventual estudo morfológico em esfregaços corados.
A contagem de leucócitos varia de 4.000 a 10.000/ml.
Achados anormais
Uma contagem elevada de leucócitos (leucocitose) com frequência assinala uma infecção, como, por exemplo, um abscesso, meningite, apendicite ou amigdalite. Uma contagem alta de leucócitos pode também resultar de leucemia e necrose tecidual devido à queimaduras, infarto do miocárdio ou gangrena.
Uma contagem diminuída de leucócitos (leucopenia) indica depressão da medula óssea, que pode resultar de infecções virais ou de reações tóxicas, como, por exemplo, as que acompanham o tratamento com antineoplásicos, ingestão de mercúrio ou outros metais pesados, ou exposição ao benzeno ou arsênicos. A leucopenia caracteristicamente acompanha influenza, febre tifoide, sarampo, hepatite infecciosa, mononucleose e rubéola.
E.Diferencial de Leucócitos
O diferencial de leucócitos é usado para avaliar a distribuição e morfologia dos glóbulos brancos, fornecendo informação mais específica sobre o sistema imune do paciente do que a contagem de leucócitos isoladamente.
Os glóbulos brancos são classificados de acordo com os cinco tipos principais – neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos – sendo determinada a porcentagem de cada tipo. A contagem diferencial é o valor percentual de cada tipo de glóbulo branco no sangue. O número absoluto de cada tipo de glóbulo branco é obtido por meio da multiplicação do valor percentual de cada tipo pela contagem total de glóbulos brancos.
Os altos níveis desses glóbulos brancos estão associados com diversas respostas imunes e anormalidades. Algumas vezes é solicitada uma contagem de eosinófilos como um teste de acompanhamento, quando é relatado um nível elevado ou deprimido de eosinófilos.
Objetivos
•Avaliar a capacidade para resistir e superar infecções.
•Detectar e identificar diversos tipos de leucemia.
•Determinar o estágio e gravidade de uma infecção.
•Detectar reações alérgicas.
•Avaliar a gravidade de reações alérgicas (contagem de eosinófilos).
•Detectar infecções parasíticas.
•Servir de suporte para o diagnóstico de outras doenças.
EUCOCITOSE ASSOCIADA À CÉLULAS BRANCAS :
Neutrófilos - Infecções bacterianas, Infarto Agudo, Isquemia, Uremia, Diabetes, Gota, Leucemia mielocítica e Hemorragias
Eosinófilos - Alergias, Parasitoses, Doenças da Pele e Hemopatias.
Basófilos - Mielofibrose, Dermatites, Colite e Leucemia crônica.
Linfócitos - Infecções agudas, Crônicas (Tuberculose, Sífilis) e Mononucleose (grande número de linfócitos atípicos).
Monócitos -  Tuberculose, Protozooses ( Malária e Tripanosomose ), Leucemias agudas, Lúpus Eritematoso Sistêmico e Artrite Reumatóide
Plasmócitos -  Rubéola, Sarampo, Mononucleose, Sarampo, Mieloma e Leucemia Plasmocítica.
Bastonetes - Infecções Agudas gerais (Viroses, por exemplo)
PLAQUETAS
Valores de referência
Método: automatizado, com eventual estudo morfológico em esfregaços corados.
De forma a assegurar um diagnóstico preciso, os resultados de testes diferenciais devem ser interpretados em relação à contagem de glóbulos brancos totais (4.000 a 10.000/ml). Para adultos, os valores absolutos e porcentagens normais incluem o seguinte:
Basófilos: 0 a 200/ml; 0 a 2%
Eosinófilos: 40 a 500/ml; 1 a 5%
Linfócitos: 880 a 4.000/ml; 22 a 40%
Monócitos: 120 a 1.000/ml; 3 a 10%
Neutrófilos: 1.800 a 7.500/ml; 45 a 75%. Cai em prova de CBA
Para crianças, os valores absolutos e porcentagens normais podem diferir. As porcentagens são as seguintes:
Basófilos: 0 a 2%
Eosinófilos: 1 a 5%
Linfócitos: 45 a 75%
Monócitos: 3 a 10%
Neutrófilos: 22 a 40%.
Achados anormais
Os padrões diferenciais anormais fornecem evidência para uma ampla faixa de estados de doença e outras condições.
F.Contagem de Plaquetas
As plaquetas ou trombóticos promovem a coagulação, ou seja, a formação de um coágulo hemostático em locais de comprometimento vascular.
A contagem de plaquetas é o mais importante teste de rastreamento da função plaquetária. As contagens precisas são vitais.
Objetivos
Avaliar a produção ou utilização de plaquetas.
• Avaliar os efeitos da quimioterapia ou radioterapia na produção de plaquetas.
• Diagnosticar ou monitorar trombocitose ou trombocitopenia.
• Confirmar uma estimativa visual da quantidade e morfologia da plaqueta a partir de um filme sangüíneo colorido.
Valores de referência
Método: automatizado, com eventual estudo morfológico com esfregaços corados.
As contagens normais de plaquetas variam entre 130.000 a 370.000/ml.
Achados anormais
Uma contagem diminuída de plaquetas (trombocitopenia) pode resultar de medula óssea aplástica ou hipoplástica; uma doença infiltrativa de medula óssea, como, por exemplo, carcinoma ou leucemia; hipoplasia megacariocítica; trombopoiese infecciosa proveniente de deficiência de ácido fólico ou vitamina B 12; acúmulo de plaquetas em um baço aumentado; destruição aumentada de plaquetas devido à drogas ou desordens imunes; coagulação intravascular disseminada; síndrome de Bernard-Soulier; ou lesões mecânicas às plaquetas.
Uma contagem aumentada de plaquetas (trombocitose) pode resultar de hemorragias, desordens infecciosas; câncer; anemia por deficiência de ferro; cirurgia recente, gravidez, ou esplenectomia e desordens inflamatórias. Em tais casos, a contagem de plaquetas retorna ao normal após o paciente recuperar-se da desordem primária. Todavia, a contagem permanece elevada em trombocitemia primária, mielofibrose com metaplasia mielóide, policitemia vera e leucemia mielóide crônica. Em tais desordens, as plaquetas podem estar disfuncionais, resultando em sangramento.
Exames correlatos (ao hemograma completo)
VHS, reticulócitos, mielograma, etc.