domingo, 4 de junho de 2023

PPR PARA UM PACIENTE QUE EXTRAIU UM DENTE

 

O paciente foi encaminhado para o serviço privado para a confecção da PPR inferior definitiva. Qual tempo pós-cirúrgico é recomendado aguardar para realizar a moldagem?

ALVEOLITE

 

Quais as orientações devem ser dadas ao paciente logo após a intervenção?

PASTA BASE

 

Qual o antibiótico local mais indicado para o caso?

ANTIBIÓTICO

 

Considerando o presente caso clínico, em que momento deve-se administrar a antibioticoterapia sistêmica?

ALVEOLITE

 No caso apresentado, o paciente não relata ser fumante e nem ter realizado bochechos com clorexidina, portanto tais alternativas não são adequadas . O uso do analgésico relatado pelo paciente não se relaciona com a etiologia de alveolite úmida. A curetagem dento alveolar prévia em alguns casos é considerada fator etiológico da alveolite mas neste caso especificamente, não é considerada como fator etiológico, embora o dente 47 apresentasse lesão periapical e provavelmente tivesse sofrido curetagem. Para este caso, o fator etiológico mais evidente é a possível presença de corpo estranho no interior do alvéolo, visto que o paciente relata sensação de buraco no dente vizinho ao alvéolo, decorrente da fratura da restauração do dente 46.

Saiba mais


Muito se discute acerca da etiologia da alveolite, porém, não existe aceitação unânime de um único fator etiológico como o causador dessa complicação, e sim um grupo de fatores capazes de predispô-la, entre eles, idade do paciente, sexo, uso de contraceptivos orais, localização anatômica e circulação local, fibrinólise, curetagem alveolar, presença de infecções e cáries, presença de corpos estranhos no interior do alvéolo (restaurações), ação dos anestésicos locais, fumo, trauma cirúrgico, inexperiência do operador, e problemas de saúde em geral, como o diabetes mellitus.
Embora seja bastante conhecida pelos cirurgiões-dentistas, a completa erradicação da alveolite do rol de enfermidades bucais ainda não foi conseguida, pois a sua patogênese é ainda desconhecida e um tratamento específico e eficiente ainda não foi apresentado, talvez pela existência de uma grande quantidade de fatores predisponentes interdependentes. O combate a ação de microrganismos tem sido o caminho definitivo apresentado pelos pesquisadores, e, dentre estes, os anaeróbios passaram a ocupar um lugar de destaque.

(Ricieri et al. 2006)

ALVEOLITE

 

Exame Físico


1) Aspectos clínicos extra-bucais: Selamento labial deficiente;

2) Aspectos clínicos intra-bucais: Índice de placa visível (IPV) de 20%, índice de sangramento gengival (ISG) de 17%, recessão gengival presente em incisivos inferiores e pré-molares, gengivite induzida por placa bacteriana localizada em incisivos inferiores e molares inferiores. Dente 46 com restauração de amálgama satisfatória na oclusal, porém com cavidade na distal compatível com fratura de restauração.

2.1) Aspectos relevantes do periograma: Diagnóstico periodontal compatível com gengivite induzida por biofilme localizada nos dentes anteriores inferiores;

Questão 1Escolha simples

Qual é a hipótese diagnóstica para o caso?

VACINAÇÃO CIRURGIÃO-DENTISTA

 Esquema básico de vacinação para profissionais de saúde HYPERLINK http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/sugestoes_de_leitura_171220131126567055475.pdf


VacinaEsquema BásicoReforço
dT (dupla adulto, (contra difteria e tétano)13 doses, com intervalos de 2 meses1 dose a cada 10 anos
SCR (tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola)2,3,41 doseNão
Varicela 2,4,52 doses com intervalo de 2 mesesNão
Influenza 2,61 doseAnual
Hepatite B 6,73 doses (0, 1 e 6 meses)Não

1 - Esquema completo de 3 doses da vacina dupla adulto (dT) é necessário para alcançar nível adequado de proteção contra tétano e difteria em pessoas presumivelmente não vacinadas no passado. Indivíduos com esquema inicial incompleto devem receber número de doses necessárias para completar o esquema básico, não havendo necessidade de re-iniciar o esquema. O uso de doses adicionais pode aumentar a reatogenicidade, sem acrescentar qualquer vantagem.

2 - Recomendada para todos os trabalhadores de uma instituição de saúde, independente de sua ocupação e de terem ou não contato direto com pacientes.

3 - São consideradas evidências aceitáveis de imunidade contra sarampo, caxumba e rubéola: teste sorológico positivo para anticorpos específicos, documentação de vacinação prévia adequada e história de doença diagnosticada por médico. Relato de vacinação prévia sem documento comprobatório e história auto-referida de doença não são critérios confiáveis para predizer imunidade. O esquema recomendado é de dose única no momento de admissão ao trabalho, ou durante o curso, no caso de estudantes.

4 - A vacina é contra indicada para imunodeprimidos e gestantes, por ser de vírus vivos atenuados.

5 - Todos os profissionais de saúde suscetíveis devem ser vacinados contra varicela. Ao contrário do que ocorre com o sarampo, a história clínica positiva de varicela (ou herpes zoster) prévia é confiável na avaliação de imunidade contra a doença. É recomendada a triagem sorológica dos profissionais com história clínica de varicela negativa ou incerta, exceto se houver contra-indicação à vacina.

6 - Gestação e lactação não constituem contra-indicações à vacinação.

7 - Todos os profissionais cujas atividades envolvam contacto regular com pacientes ou com sangue e outros fluidos devem ser vacinados contra hepatite B. Estudantes da área da saúde devem ser vacinados antes do início de seu treinamento. Re-vacinação, com três doses adicionais da vacina, é recomendada para os que não responderam ao esquema básico.

Objetivos do Caso


Desenvolver a capacidade de manejar uma situação de acidente com material biológico em consulta odontológica.

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015a. 57p.
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2015. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015b. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza...> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para vacinação. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014b. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao...> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.498, de 19 de julho de 2013. Redefine o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 2013. <https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/portaria_1498.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  5. BRASIL. Portaria nº 3.318, de 28 de outubro de 2010. Institui em todo o território nacional, o Calendário Básico de Vacinação da Criança, o Calendário do Adolescente e o Calendário do Adulto e Idoso. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2010 <http://docslide.com.br/documents/ministerio-da-saude-portaria-no-3318-de...> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos. Brasília, DF: MS, 2006a. 76 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos...> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita: manual de bolso. Brasília, DF: MS, 2006b. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_sifilis_bolso.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico. Brasília, DF: MS, [2000?]. 22 p. <http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd49/condutas.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos da Coordenação Nacional de DST/Aids. Testes rápidos: considerações gerais para seu uso com ênfase na indicação de terapia anti-retroviral em situações de emergência. Brasília, DF: MS, [20--]. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/61testes_rapidos.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  10. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Public Health Service Guidelines for Management of Occupational Exposures to HIV Recommendations for Postexposure Prophylaxis. MMWR, v. 54, p. 1-17, 2005.
  11. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Workbook for designing, implementing and evaluating a sharp injury prevention program [online]. EUA: CDC, 2008. <http://www.cdc.gov/sharpssafety/pdf/sharpsworkbook_2008.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.
  12. GUILARDE, A.O. et al. Acidentes com material biológico entre profissionais de hospital universitário em Goiânia. Revista de Patologia Tropical, v. 39, n. 2, p. 131-136, 2010. <https://revista.iptsp.ufg.br/up/63/o/2010_39_2_131_136.pdf> .  Cópia local Acesso em maio 2016.

VACINAÇÃO EM DIA

 

O profissional L.A.C. não esta com as suas imunizações em dia. Quais vacinas L.A.C. terá que realizar, de acordo com o calendário básico de vacinação do Ministério da Saúde: