sexta-feira, 3 de julho de 2015

Revisão de Anatomia




NÚMERO DE DENTES
A dentição decídua se compõe de 20 dentes, 10 superiores e 10 inferiores, distintos em incisivos, caninos e molares. Destes dentes somente os molares decíduos não tem substitutos permanentes homólogos, pois eles são substituídos pelos pré-molares. (PICOSE, 1979)
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Possuindo menor número de peças dentárias, a dentição decídua ocupa um arco de comprimento bem menor que o da dentição permanente. (PICOSE, 1979)
MORFOLOGIA GERAL DAS COROAS
As coroas dos dentes decíduos são bastante semelhantes às dos permanentes, especialmente no grupo dos incisivos e caninos. Quanto aos molares, observa-se que o primeiro molar de leite de ambas as arcadas não tem correspondentes na dentadura permanente; são os únicos dentes decíduos que possuem características próprias e inconfundíveis. Os segundos molares de leite mostram uma semelhança muito grande com os primeiros molares permanentes, os quais irrompem imediatamente atrás dos decíduos, aos 6 anos. (PICOSE, 1979)
MORFOLOGIA GERAL DAS RAIZES
A raiz do dente de leite é mais delgada do que a do dente permanente e, relativamente, é maior.
As raízes variam muito de aspecto, à medida que se processa a evolução. No início, isto é, imediatamente após a sua calcificação, elas se apresentam com o ápice truncado e terminam por um orifício largo, em forma de funil. Mais tarde, quando se apresentam completamente calcificadas, ficam com a forma definitiva na qual se percebe a agudeza dos ápices. Esta forma definitiva demora pouco tempo, pois alguns meses após a sua completa formação, a raiz sofre o fenômeno da reabsorção, que se inicia no terço apical. É a rizólise dos dentes decíduos. Esta reabsorção radicular vai aumentando aos poucos. O diagnóstico diferencial com o funil de formação dos dentes jovens, faz-se pelo aspecto bastante irregular das bordas que se estão reabsorvendo. Quando o dente decíduo está prestes a ser eliminado, quase toda a raiz encontra-se reabsorvida, restando somente um pequeno segmento cervical bastante irregular. (PICOSE, 1979)
Nos dentes molares decíduos, as raízes (três para os superiores e duas para os inferiores) são achatadas e recurvadas. Esta curvatura, por vezes acentuada, serve para abrigar o germe do dente permanente em evolução.
As raízes dos dentes anteriores apresentam – se desviadas para o lado vestibular, a partir do terço médio, porque os germes dos dentes permanentes correspondentes situam-se lingualmente em relação a essas raízes. (PICOSE, 1979)

SISTEMA UNIVERSAL DE NOTAÇÃO DENTAL

Esse sistema é mais usado nos Estados Unidos para se referir às duas dentições por ser adaptável à transferência eletrônica de dados. Nesse sistema, os dentes decíduos são indicados por letras maiúsculas consecutivas, de A a T, começando no segundo molar superior direito e, seguindo em sentido horário, terminando no segundo molar inferior direito.
Nesse sistema, os dentes permanentes são designados por números consecutivos, de 1 a 32, começando no terceiro molar superior direito e, seguindo em sentido horário, terminando no terceiro molar inferior direito. A convenção do sentido horário é também usada para registro de condições periodontais e restaurações presentes na cavidade oral do paciente.
No entanto, é reconhecida a necessidade de um sistema que possa ser usado internacionalmente, bem como por transferência eletrônica de dados; desse modo, o Sistema de Notação Dental da Organização Internacional de Padronização (Sistema ISO)* foi aprovado pela Organização Mundial da Saúde. Com esse sistema, baseado na Federação Dentária Internacional (FDI), os dentes são designados utilizando-se o sistema de dois dígitos. O primeiro dígito indica o quadrante (discussão sobre termos gerais a seguir), e o segundo indica o dente nesse quadrante. No sistema ISO, portanto, os dígitos de 1 a 4 são usados no sentido horário para designar o quadrante da dentição permanente, e de 5 a 8, do mesmo modo, para a dentição decídua. Para o segundo dígito, que indica o dente, a partir da linha mediana em direção distal, os dígitos de 1 a 8 são usados para os dentes permanentes e, para a dentição decídua, os dígitos de 1 a 5.
Outro sistema muito usado em ortodontia é o Método de Notação de Palmer, também conhecido como Sistema Militar de Numeração de Dentes. É útil para o ortodontista, pois permite identificar com.
*Nota da Revisão Científica: No livro original, o autor segue o Sistema Universal de Notação Dental, por ser o mais utilizado nos Estados Unidos. Nesta tradução, porém, optamos pelo uso do sistema de dois dígitos (ISO), já que esta é a notação dental utilizada no Brasil e prevista pela FDI (Fédération Dentaire Internationale). (Bath-Balogh, Mary, 2012)


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