Revista médica internacional de alto impacto científico publica artigo produzido na UFPA
A Revista norte-americana The New England Journal of Medicine
seleciona, semanalmente, uma foto, publicada na primeira página, a qual
indica um caso clínico. Junto à imagem, estão cinco opções de
diagnóstico. Médicos e profissionais da saúde podem votar na enquete e
opinar sobre o diagnóstico da doença. O resultado é publicado na edição
seguinte. Na última publicação – da semana passada -, a fotografia que
estampou a primeira página é de um estudo do professor Cláudio Salgado,
do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do
Pará (UFPA), em conjunto com o professor Josafá Barreto, do Campus da
UFPA, no município de Castanhal. A publicação trata de um caso clínico
de hanseníase, de um homem de 57 anos, do interior do Pará, que, há sete
anos, possuía uma forma grave da doença, caracterizada por uma
insuficiente resposta imunológica. O estudo demonstra o resultado do
tratamento convencional no paciente.
Na edição, que sai nesta quinta-feira, 12, será publicada a reportagem do caso, com o diagnóstico correto. De acordo com a Revista, até o momento, cerca de 26 mil leitores já votaram, e 60% acertaram o resultado. A quantidade de votos mostra a importância da publicação e o elevado número de leitores que a Revista possui.
Influência e impacto – De acordo com o Institute for Scientific Information (ISI), é difícil medir a importância das revistas científicas, mas é inegável que algumas publicações têm maior influência entre cientistas e pesquisadores do mundo, como é o caso da New England, a revista de maior impacto médico e biológico da atualidade. Para se ter ideia, a Revista possui dois séculos de existência e recebe cinco mil submissões de artigos, todos os anos. Para ser publicado, o artigo passa pelo método peer review, que consiste na revisão dele por profissionais e estudiosos da mesma área. Pela grande quantidade de artigos que a Revista recebe, logicamente, somente os melhores trabalhos chegam a ser publicados.
Índice ISI – Quem mede o grau de impacto das revistas científicas - não só as médicas - é o Institute for Scientific Information.
O índice leva em consideração o número de citações que os estudos
publicados em determinada revista recebem por artigos publicados em
outras revistas. Se outras publicações citam, com frequência, a New England, significa que as pessoas estão lendo o que foi escrito, logo, o índice ISI aumenta.
“Para se ter ideia desta escala, a revista brasileira de mais alto impacto é a Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com índice ISI de 2,05, enquanto a americana Science tem 31,3, e a britânica Nature, 36,1. O fator de impacto do New England é 53,4”, exemplifica o professor.
Visibilidade – Cláudio Salgado é líder do Grupo de Pesquisa em Dermato-imunologia, Micologia e Células de Langerhans da UFPA. O pesquisador celebra os bons resultados que a visibilidade do caso traz. “Acho que o maior feito é chamar a atenção para a doença e dizer que ainda existem muitos casos de hanseníase no mundo", lembra.
Segundo Cláudio Salgado, o Grupo não tem apenas este artigo. "Somente nos últimos cinco meses, já temos uma publicação na Revista inglesa Leprosy Review; na Revista europeia Acta Dermatovenerealogica; uma na Revista Emerging Infectious Diseases - que sairá no próximo mês -, do Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, nos Estados Unidos; e uma, que sairá em junho, no Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz", enumera. "Estes artigos são apenas do nosso grupo, e todos no mesmo tema: a hanseníase."
"Ainda estamos participand
o de outro artigo, junto com o grupo de genética da UFPA, o qual foi submetido à Plos One; e outro, já aceito, com vários pesquisadores do Brasil, na Revista Journal of Clinical Microbiology. Todas estas revistas são importantes no contexto da saúde mundial,” completa Cláudio Salgado.
Além de disseminar a informação médica e científica pelo mundo, essas publicações deixam a UFPA em uma ótima posição na produção de conhecimento. “A publicação do artigo é, realmente, um feito extraordinário e coloca a UFPA na vitrine da ciência internacional”, afirma o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, Emmanuel Tourinho.
Site do New England: www.nejm.org
Texto: Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Grupo de Pesquisa em Dermato-imunologia, Micologia e Células de Langerhans da UFPA
Na edição, que sai nesta quinta-feira, 12, será publicada a reportagem do caso, com o diagnóstico correto. De acordo com a Revista, até o momento, cerca de 26 mil leitores já votaram, e 60% acertaram o resultado. A quantidade de votos mostra a importância da publicação e o elevado número de leitores que a Revista possui.
Influência e impacto – De acordo com o Institute for Scientific Information (ISI), é difícil medir a importância das revistas científicas, mas é inegável que algumas publicações têm maior influência entre cientistas e pesquisadores do mundo, como é o caso da New England, a revista de maior impacto médico e biológico da atualidade. Para se ter ideia, a Revista possui dois séculos de existência e recebe cinco mil submissões de artigos, todos os anos. Para ser publicado, o artigo passa pelo método peer review, que consiste na revisão dele por profissionais e estudiosos da mesma área. Pela grande quantidade de artigos que a Revista recebe, logicamente, somente os melhores trabalhos chegam a ser publicados.
Índice ISI – Quem mede o grau de impacto das revistas científicas - não só as médicas - é o Institute for Scientific Information.
O índice leva em consideração o número de citações que os estudos
publicados em determinada revista recebem por artigos publicados em
outras revistas. Se outras publicações citam, com frequência, a New England, significa que as pessoas estão lendo o que foi escrito, logo, o índice ISI aumenta.“Para se ter ideia desta escala, a revista brasileira de mais alto impacto é a Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com índice ISI de 2,05, enquanto a americana Science tem 31,3, e a britânica Nature, 36,1. O fator de impacto do New England é 53,4”, exemplifica o professor.
Visibilidade – Cláudio Salgado é líder do Grupo de Pesquisa em Dermato-imunologia, Micologia e Células de Langerhans da UFPA. O pesquisador celebra os bons resultados que a visibilidade do caso traz. “Acho que o maior feito é chamar a atenção para a doença e dizer que ainda existem muitos casos de hanseníase no mundo", lembra.
Segundo Cláudio Salgado, o Grupo não tem apenas este artigo. "Somente nos últimos cinco meses, já temos uma publicação na Revista inglesa Leprosy Review; na Revista europeia Acta Dermatovenerealogica; uma na Revista Emerging Infectious Diseases - que sairá no próximo mês -, do Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, nos Estados Unidos; e uma, que sairá em junho, no Memórias, do Instituto Oswaldo Cruz", enumera. "Estes artigos são apenas do nosso grupo, e todos no mesmo tema: a hanseníase."
"Ainda estamos participand
o de outro artigo, junto com o grupo de genética da UFPA, o qual foi submetido à Plos One; e outro, já aceito, com vários pesquisadores do Brasil, na Revista Journal of Clinical Microbiology. Todas estas revistas são importantes no contexto da saúde mundial,” completa Cláudio Salgado.Além de disseminar a informação médica e científica pelo mundo, essas publicações deixam a UFPA em uma ótima posição na produção de conhecimento. “A publicação do artigo é, realmente, um feito extraordinário e coloca a UFPA na vitrine da ciência internacional”, afirma o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, Emmanuel Tourinho.
Site do New England: www.nejm.org
Texto: Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Grupo de Pesquisa em Dermato-imunologia, Micologia e Células de Langerhans da UFPA
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