quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

prótese parcial removivel

 

Sequencia da confecção de uma ppr

1.       Exame clínico

2.      Preparo de boca I

3.      Moldagem anatômica

4.      Delineamento

5.      Preparo de boca II

6.      Moldagem funcional

7.      Fundição e prova da estrutura metálica

8.      Moldagem e prova dos dentes

9.      Acrilização das selas

10.  Instalação e manutenção da ppr

(Aula I)  Indicações, contra - indicações e Classificação em PPR

Conceito

A prótese, em sentido lato, é definida como a ciência e arte que tratam da reposição das partes ausentes do corpo humano por elementos artificiais que a engenhosidade da mente humana cria para cada situação em particular.

LEI DE ANTE – a área de superfície dos pilares, ou seja, a área de superfície do apoio. O pilar da prótese, ou melhor, a área do pilar da prótese deve ser maior ou igual ao da área edentua, se você tiver essa proporção respeitada você pode indicar uma fixa ou uma removível. Ex: a área do 1º molar + 2º molar é maior do que a área do 1º Molar. Logo, indicação seria PPF. (Observação: A área é a superfície das raízes)

Tipos de próteses

 

 Fisiológica: Dentossuportada: PPF, PPR

Semifisiológica:  Suportedentomucoso: PPR

Afisiológica: Prótese Mucosuportada: PT

Indicações

·         Espaços edentados sem pilar posterior ou prótese de extremidade livre, bi ou unilateral.

·         Espaços edentados extensos

·         Dentes suportes com sustentação periodontal reduzida

·         Excessiva perda de tecido ósseo

·         Necessidade da recolocação imediata dos dentes anteriores

·         Como auxiliares nas contenções de fraturas maxilares

·         Estado físico e emocional do paciente

·         Para pequenas movimentações

·         Como aparelhos temporários e orientações nas reabilitações bucais

·         Como protetor de implantes

·         Fator econômico

·         Odontopediatria

Contra – indicações

·         Pacientes com problemas motores

·         Debilidade Mental

·         Pobre Higiene Bucal

 

Aula 2 EXAME DO PACIENTE E PLANEJAMENTO

 

Abordagem inicial do paciente

Possibilidade de tratamento

Desdentado parcial – unitário => paciente que perdeu um único dente.

Desdentado parcial – múltiplo.

Desdentado Total

Anamnese

- Exame extraoral

- Exame intraoral

- Exame radiográfico

Observe: Linha do Sorriso alta ou baixa.

Espaço negativo ou corredor bucal

Um paciente de prótese total não tem propriocepção, ele não sabe mais a espessura do alimento.

Avaliação da DVO (altura do terço inferior da face tomando como referência a base do nariz e a base do mento).

Duração média das próteses

·         PPR => 5 anos

·         PF => 10 anos

·         PT => 5 anos

Observe: Zona neutra (Local de equilíbrio de forças)

Questão de prova:

Quais métodos podem utilizar para restabelecimento da Dimensão Vertical?

·         Fonético

·         Estético

·         Métrico

·         Willis

O que relaciona a DVO?

Resposta: Dentes posteriores, ou seja, função mutuamente protegida, os dentes posteriores protegem os anteriores graças a mesa oclusal larga, raízes amplas e posicionadas verticalmente. Anteriores geram proteção aos anteriores, proteção lateral, guia e protrusiva. E nessa relação que não tem dimensão vertical são os posteriores e chamamos isso de: estabilidade oclusal, oclusão cêntrica.

Em um paciente que tem dimensão vertical. Qual o padrão de referencia oclusal que devo utilizar? Resposta: MIH

Quando eu não tenho dimensão vertical ou pela ausência de dentes ou pela perda de dentes, significa que meus contatos dentários não são mais efetivos. Então, lançarei mão da RC (ela se baseia na posição condilar).

Polígono de Roy

Dentes

·         Posterior: plano sagital

·         Caninos: Plano Lateral

·         Incisivos: Plano Frontal

MSDI (Mesial do Superior e Distal do inferior)

Exame Radiográfico

·         Oclusal ou panorâmica (PT)

Procedimentos

1) Periodontia

2) Cirurgia

3) Endodontia

4) Dentistica

5) Ortodontia

6) Prótese Fixa

7) PPR, Fixa Removível e prótese sobre implantes

Aula 3 COMPONENTES DAS PRÓTESES PARCIAIS REMOVIVEIS

 

Conector menor= Faz a ligação entre os dentes e o conector maior

Dentes= estética, mastigação e fonação.

Conector maior= Une todos os componentes

Grampos= Ajudam na retenção e estabilidade da prótese.

Sela (sela metaloplástica)= parte da prótese que recupera osso perdido e entra na área chapeável fazendo o desenho da gengiva.

Apoios= Localizado na face oclusal ou cíngulo dos dentes. Tem a função de travamento/suporte para que a prótese não faça intrusão sobre a gengiva.

Princípios Fundamentais da PPR

-Fixação =>É o principio onde evitamos que o aparelho se desloque no sentido ocluso gengival. Exemplo: quando o paciente com prótese total morde, a prótese vai de encontro à mucosa? Então, na prótese parcial removível, temos componentes que impedem que essa prótese se desloque no sentido da mucosa para que ela não o traumatize.

-Retenção => Resistência do aparelho no sentido oposto da sua inserção (forças verticais ou Cervico - oclusal). Alimentos pegajosos. Ex: prótese total vocês apenas puxam no sentido oposto e terão que sentir a resistência dada pelo selado periférico.

- Reciprocidade => A uma ação percorre uma reação, reciprocidade é um princípio que vai esta presente nos grampos. Os grampos geram sobre os dentes uma determinada força e essa força precisa ser neutralizada, componente que faz uma força reciproca as forças iniciais, com isso, têm a estabilização do dente.

- Estabilidade => O aparelho deve permanecer em posição durante os movimentos excursivos (Forças oblíquas). Ex: fala, bocejo e mastigação. O aparelho resiste a forças obliquas, muitas vezes em prótese total não temos retenção, porque não tem mais rebordo e o que podemos fazer é dar estabilidade. Como é que damos estabilidade para a prótese? Resposta: Deixando a oclusão ajustada protrusiva, lateralidade.

1.Apoios

Localizam-se na face oclusal ou no cíngulo dos dentes. Fazem a transmissão de forças exercidas para os dentes ou para a mucosa. O principio da fixação evita que a prótese venha a intruir sobre os tecidos moles.

Ex: A prótese quando marca a gengiva não possui o principio da fixação. Todas as vezes que a carga incide sobre os dentes artificiais a prótese é lançada de encontro a mucosa e vai gerando essa marca, não só na gengiva, o osso também esta indo embora.

- Apoios de cíngulo: localizam-se no cíngulo, ou seja, incisivos e caninos também ficam nos nichos.

- Apoios oclusais: localizados na oclusal dos dentes posteriores, ou seja, pré-molares e molares localizados dentro de preparos denominados nichos ou descansos (transmitem cargas oclusais).

- Apoios incisais: não se utiliza mais

Questão de prova:

Quais os objetivos do exame radiográficos para a PPR?

Professora comenta que é muito importante radiografar os dentes que serão pilares da PPR, pra ver se eles não estão com prometidos periodontalmente.

Suporte=> Dental e mucoso e sempre que houver carga sobre os dentes artificiais, ela será distribuída ou para dentes ou para mucosa ou para dentes e mucosa.

Retenção indireta=> Alavancas (tende haver um balanço muito grande no suporte e uma carga é lançada nesse suporte). A retenção é colocada em dentes que não ficam diretamente no mesmo lado do espaço protético, apoio indireto e gera uma retenção indireta. Ex: principalmente paciente classe I inferior de Kennedy, a resiliência da mucosa é dez vezes maior que a resiliência do dente dentro do alvéolo. Então, todas as vezes que o paciente morder gera um balanço da prótese. Os apoios indiretos tende a ajudar na retenção da prótese.

Observação: Os apoios estabelecem o plano oclusal. Ex: Macro apoios (utilizamos para reestabelecer o plano oclusal do paciente), já os demais apoios ficam dentro de preparos cavitários chamados de nichos.

Pilar Direto=> Todo dente que estiver do mesmo lado do espaço protético.

Pilar Indireto=> Os outros dentes ou os apoios que participam e não estão diretamente ao lado do espaço protético.

Fechar pequenos diastemas=> função dos apoios, devemos fechar esses diastemas para não traumatizar o periodonto, ou seja, minimiza desta forma a impactação de alimentos, prevenindo cáries dentarias e de problemas periodontais.

2.Grampos

Relacionam-se com a coroa dos dentes que vão fazer o suporte da prótese. São os principais responsáveis pela retenção da prótese.

Podem ser classificados segundo a função.

Se eles estiverem localizados sobre um dente que seja um pilar direto, ele é um grampo de retenção direta. Se eles estiverem localizados sobre um dente que seja pilar indireto, ele é um grampo de retenção indireta. Também existem grampos que fazem apenas a oposição, que são responsáveis pela reciprocidade.

Segundo a ação retentiva:

Grampos de ação por abraçamento: o grampo abraça o dente em mais de 180 graus, toda sua estrutura entra em contato com o corpo do dente. São compostos por 3 estruturas: o apoio, o braço de retenção (vest) e o braço de reciprocidade ou de oposição (lingual). Observe o braço de reciprocidade fica acima do equador protético. O braço de retenção começa mais largo e vai estreitando.  A primeira parte é rígida, a segunda é semi-rígida e a ultima parte é flexível. Essa parte é a única parte flexível de toda a ppr. Deve ser flexível para assentar com facilidade na boca do paciente. O braço de reciprocidade é completamente rígido. O braço de oposição, que é mais largo, retangular e rígido, fica acima do equador protético. O braço de retenção, apenas o ultimo terço fica abaixo do equador protético.

No momento em que o grampo ultrapassa a superfície dentaria, ele tende a empurrar o dente pra lingual, então nesse momento entra o braço de reciprocidade, pra neutralizar essa força.

Grampos de ação de ponta: Somente a ponta dele entra em contato com a estrutura do dente. Componentes: ponta ativa e um corpo que não entra em contato com a estrutura dental. Só quem fica em contato é a ponta. Toda a ponta fica abaixo do equador protético, que é a área de maior circunferência do dente.

Sempre que tivermos um braço de retenção, devemos ter um de oposição, mas podemos ter so o de oposição, sem precisar do de retenção.

Abraçamento                                    Ação de ponta

       

API=> Apoio Placa e grampo I (é um grampo mais indicado para extremidade livre)

       

De acordo com o numero de dentes que o grampo abrange

·         Individual ou simples

·         Duplo ou gêmeo: atua sobre dois dentes

·         Múltiplos ou férulas: atuam sobre vários dentes

Professora cita o grampo continuo de Kennedy, que não é um grampo de retenção, mas sim de estabilização. Então, geralmente os pacientes que são classe I inferior fazem uso desse grampo.

Grampo contínuo de Kennedy (Grampo Múltiplo)

Grampos Segundo o tipo de material

Adaptados: Fios de ouro trefilado ou inoxidável

Fundidos: ligas áureas ou de cromo – cobalto (Cr-Co).

Princípios Básicos de (Roach)

·         Fixação: Apoio

·         Retenção: Braço de retenção (V-L)

·         Reciprocidade: Braço de oposição (L-V)

·         Estabilidade: Todas as partes do aparelho

Braço dos Grampos

A ponta ativa, delgada e flexível, tem a função de retenção. Secundariamente, o corpo do grampo, tem a função de estabilização da prótese.

Observe: Ele é afilado na ponta porque precisa de flexibilidade, com o tempo, o material sofre fadiga e ele sofre deformação plástica/elástica.  

3.Conector maior

Une direta e indiretamente, todos os outros componentes entre si, é o esqueleto da PPR. Deve ser rígido.

Observe: Os componentes maxilares ainda podem participar do suporte.

Componentes:

·         Mais finos= mais largo

·         Mais estreito= mais espesso

Conectores para a mandíbula

Para que esse conector maior se posicione, ele fica de 2 a 3 mm abaixo da gengiva marginal livre, tem uma espessura de 4 a 6 mm. No mínimo da margem gengival ao assoalho tem que ter 8 mm, quando esse espaço é reduzido, usamos o chapeado lingual. Mas em casos em que isso não ocorre usamos a barra lingual, que é a mais comum.

- Barra lingual: Posiciona-se de 2 a 3 mm abaixo da gengiva marginal livre

Tem uma espessura de 4 a 6 mm

Fica aliviado da fibromucosa cerca de 0,5 mm

- Chapeado lingual: apoia-se na estrutura dental, usa-se quando temos diminuição das inserções de gengiva, onde não temos essa distancia mínima de 8 mm pra trabalhar.

Conectores para a maxila

Podem participar de suporte, retenção e estabilidade da PPR.

Fica justaposto à mucosa, podendo transmitir cargas para a região do palato

Transmite carga, diferente do conector mandibular, que fica aliviado da mucosa.

Chapeado palatino parcial, porque recobre PARCIALMENTE o palato. Na literatura, encontramos que ele pode ser anterior, médio e posterior, mas vamos usar apenas essa nomenclatura: chapeado palatino parcial.

Chapeado palatino total

Barra palatina anterior ou em U

Barra dupla, uma barra anterior e outra posterior. A principal característica dela é deixar a abertura no centro do palato. Podemos usar pra classe I e II de Kennedy (pode usar o chapeado total também), por gerar uma boa estabilidade. Mas também pode usar nos outros casos. A professora só cita o que seria melhor.

Em classes III e IV, ela diz que podemos usar os chapeados parciais ou barra em U.

Professora ressalta o fator PACIENTE. Muitas vezes, quando vamos refazer uma PPR e mudar o conector maior, o paciente pode sentir dificuldade de se acostumar com a nova estrutura do conector, então devemos levar em consideração esse fator. Se a que ele estiver usando já esteja fornecendo uma boa biomecânica, podemos optar por permanecer com a mesma.

Largura: de 7 a 9 mm (isso pra BARRA palatina ou dupla). Os chapeados podem ter uma largura maior.

Da margem gengival ate o inicio do conector, tem de 4 a 6 mm.

(McCracken, 2012)

Deve ser rígido. Conector mais fino tem que ser mais largo. Conector mais estreito deve ser mais espesso. Esses conectores podem ser metálicos ou metaloplásticos, tendo um pequeno acréscimo de resina.

Observe: No momento da fala a placa palatina pode interferir na fonética do paciente, já o chapeado palatino total tem como contra indicação em caso de tórus palatino.

Placas proximais: na distal do ultimo dente remanescente em casos de classe I e II. Ela busca estabilizar o dente, pra evitar que ele venha a se deslocar em direção ao espaço protético. Também ajuda na orientação da inserção e remoção do aparelho. A placa proximal geralmente envolve 1/3 da face proximal do dente. Ela fica escondida pela resina e pelos dentes da PPR.

4.Sela

Possui áreas de retenção mecânica para a resina e os dentes artificiais. A essa sela de metal + resina, damos o nome de sela metaloplástica. A sela quando vem do laboratório, ela vem aliviada da mucosa, porque ainda vai ser recoberta pela resina, então quem fica em contato com a mucosa é a resina.

Existem as selas metálicas, que copiam o rebordo. São indicadas quando temos um espaço inter oclusal pequeno e quando o paciente fez extração recente, ou melhor, ainda não perdeu osso.

5.Conector menor

Une o grampo ao conector maior

Une o conector maior ou a sela

6.Dentes

Não se esquecer de colocar os dentes nos componentes da PPR. É a parte estética. São os mesmos utilizados na PT.

Encaixes: usados quando temos PPR e PPF. É um encaixe do tipo macho e fêmea.

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