terça-feira, 13 de dezembro de 2022

sifilis

 A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode apresentar várias manifestações clínicas em diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). As manifestações orais da sífilis podem apresentar características diversas, o que torna o diagnóstico complexo. Sendo assim, é fundamental que o profissional conheça as manifestações mais comuns da doença e os possíveis diagnósticos diferenciais.

Este recurso abordará a epidemiologia, as formas de contágio, os estágios, o diagnóstico e o tratamento da sífilis, com ênfase nas manifestações bucais da doença.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) sistêmica exclusiva do ser humano. Causada pela bactéria Treponema pallidum, a doença pode ficar incubada por cerca de 10 a 90 dias sem causar sintomas.

Com o surgimento da penicilina em 1940, houve a diminuição da prevalência dos casos de sífilis no mundo, porém nos últimos anos o Brasil vem passando pelo aumento de novos casos da doença. Em 2016, essa doença foi declarada como um grave problema de saúde pública em nosso pais.


Epidemiologia

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2016 cerca de 12 milhões de pessoas foram acometidas pela sífilis no mundo. Durante o ano de 2017 foram notificados no Brasil pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): 119.800 mil casos de sífilis adquirida, 49.013 casos de sífilis em gestantes, 24.666 casos de sífilis congênita e 206 óbitos por sífilis congênita2.

Em todo território brasileiro a sífilis deve ser notificada, pois é uma doença de notificação compulsória. A comunicação da sífilis congênita enquanto normal legal foi instituída por meio da Portaria nº 542, de 22 de dezembro de 1986; a notificação compulsória da sífilis em gestantes, mediante a Portaria nº 33, de 14 de julho de 2005 e a da sífilis adquirida, por intermédio da Portaria nº 2.472, de 31 de agosto de 20102.

Diagnóstico

O diagnóstico de sífilis exige uma correlação entre dados coletados no exame clínico, os resultados de testes laboratoriais e, se necessário, a biópsia do local. Cada fase requer um tipo de teste diagnóstico.

Existem duas categorias de exames para o diagnóstico da sífilis: os exames diretos e os testes imunológicos. Os exames diretos são os que coletam o Treponema pallidum diretamente da lesão. Os testes imunológicos são os mais utilizados na prática clínica e são subdivididos em testes trepônemicos, que se baseiam na detecção de anticorpos específicos contra os antígenos de Treponema pallidum, e os não treponêmicos, que detectam anticorpos não específicos para os antígenos do Treponema pallidum.


SANTOS, Renan; ORTEGA, Karem Lopes. Manifestações bucais da sífilis adquirida e congênita. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Saúde bucal na Atenção Primária à Saúde: urgências, doenças transmissíveis, gestantes, puérperas e pessoas com deficiência. Cuidado em Saúde Bucal para pacientes com doenças infecciosas transmissíveis. São Luís: UNA- SUS; UFMA, 2021.

Conheça os testes utilizados no Brasil para o diagnóstico da sífilis:1,3,4,5

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