quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Glicose é um dos exames mais importantes no diabetes. O nível de glicose em jejum é usado para triagem e para diagnosticar diabetes e pré-diabetes. O exame em geral é feito como parte de uma avaliação de rotina, é pedido quando alguém tem sintomas sugestivos de diabetes ou pedido como rotina quando uma pessoa se apresenta em um setor de emergência com um problema agudo.
De acordo com a American Diabetes Association, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, a glicemia em jejum, o teste de tolerância à glicose ou a dosagem de hemoglobina glicada podem ser usados para diagnosticar diabetes e pré-diabetes. Cada exame tem vantagens, desvantagens e limitações. Por exemplo, a glicemia em jejum exige um jejum de 8 horas. O teste de tolerância à glicose requer uma glicemia em jejum, seguida da ingestão de uma dose padronizada de glicose e uma nova glicemia após 2 horas. Para a hemoglobina glicada, não é necessário o jejum de 8 horas ou a coleta de diversas amostras em horas diferentes, mas o exame não é recomendado para todos. Não deve ser usado para o diagnóstico de diabetes gestacional nem em pessoas que tiveram sangramento importante ou transfusões de sangue recentes, pessoas com doenças crônicas renais ou hepáticas, ou pessoas com distúrbios sanguíneos como anemia por carência de ferro, anemia por deficiência de vitamina B12 ou hemoglobinas variantes. Por outro lado, somente métodos de dosagem de hemoglobina glicada padronizados devem ser utilizados para fins diagnósticos e de triagem. Os métodos atuais que podem ser usados no consultório do médico ou na beira do leito do paciente são muito variáveis para diagnóstico, mas podem ser empregados para monitorar o tratamento.
Se o resultado inicial de um exame for anormal, ele deve ser repetido em outro dia para confirmar o diagnóstico de diabetes. O diabetes gestacional em geral é pesquisado usando uma única dosagem de glicose uma hora após a ingestão de 50 g de glicose. Se o resultado for anormal, deve ser confirmado com uma curva glicêmica.
Algumas vezes, amostras aleatórias de urina são testadas para a presença de glicose, proteínas ou cetonas durante um exame de rotina. Se a tira reagente acusar glicose, proteínas ou cetonas na urina, o paciente tem um problema a ser considerado. Esse é um método de triagem, que não tem sensibilidade suficiente para monitoração.
Diabéticos devem monitorar seus próprios níveis de glicose, com frequência, diversas vezes por dia, para alterar sua medicação de acordo com as instruções do médico. Isso é feito colocando uma pequena gota de sangue (obtida por punção da pele com uma lanceta) em uma tira reagente, que é inserida em um glicosímetro, aparelho que fornece uma leitura digital da glicemia.
A hemoglobina glicada, (também chamada hemoglobina A1c ou glico-hemoglobina) é um exame usado para triagem e diagnóstico, pedido diversas vezes por ano para monitorar pacientes com diabetes dos tipos 1 e 2. É uma medida da quantidade média de glicose presente no sangue nos últimos 2 a 3 meses, e ajuda o médico a determinar a eficácia do tratamento.
Microalbumina, com frequência pedida como relação microalbumina/creatinina, é um teste que mede quantidades muito pequenas de proteínas na urina (microalbuminúria). A microalbuminúria é um sinal de estágios muito iniciais de doença renal. Em geral, é medida anualmente.
A pesquisa de cetonas na urina ou no sangue pode ser pedida para monitorar pacientes em um setor de emergência com sintomas sugestivos de Hiperglicemia aguda e para monitorar o tratamento de cetoacidose. Pode ocorrer um acúmulo de cetonas sempre que houver uma diminuição da quantidade ou da eficácia da insulina no corpo.
Diversos outros exames laboratoriais podem ser usados para monitorar diabetes, avaliar a função de órgãos e detectar complicações, incluindo:
Para monitorar a função renal:
Depuração da creatinina, taxa de filtração glomerular, uréia, creatinina
Para monitorar o colesterol e outros lipídios:
Colesterol, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerídeos
Para monitorar a produção de insulina:
Insulina, peptídio C

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